Personal branding para freelancers: como desenvolver uma marca de sucesso

Inês Tito
Copywriter

Cada vez mais profissionais, das mais diversas áreas, decidem transformar a sua carreira e dedicar-se ao trabalho freelance. A flexibilidade de horários, o equilíbrio saudável entre a vida profissional e a família e a possibilidade de trabalhar no que realmente os apaixona são apenas alguns dos motivos que impulsionam esta mudança.

Inês Tito
Copywriter

Cada vez mais profissionais, das mais diversas áreas, decidem transformar a sua carreira e dedicar-se ao trabalho freelance. A flexibilidade de horários, o equilíbrio saudável entre a vida profissional e a família e a possibilidade de trabalhar no que realmente os apaixona são apenas alguns dos motivos que impulsionam esta mudança.

Atualmente, quase metade da força de trabalho global é freelancer, e a tendência é de crescimento contínuo. 

Por este motivo, os freelancers são confrontados com um nível de competitividade, sem precedentes, à escala global. Para se destacar da multidão, a solução é o personal branding.

Fonte: Freepik

O que é o Personal Branding?

Quando falamos em branding, é natural pensarmos nas grandes marcas globais como a Nike ou a Coca-Cola. São marcas estabelecidas, reputadas e que transmitem um inabalável sentido de confiança e autoridade.

No personal branding, ou marca pessoal, acontece o mesmo! Enquanto freelancers, somos a cara do negócio. É a nossa personalidade que transparece. É como nos apresentamos aos outros. É o sentimento que transmitimos a quem procura os nossos serviços.

Por este motivo, o personal branding vai muito além da criação do logótipo ou da escolha do esquema de cores. A comunicação com os clientes e a imagem que transmitimos é igualmente importante.

A importância de uma marca pessoal forte

A concorrência no mercado freelance é feroz e existem milhares de profissionais de qualidade em todo o mundo. Por isso, o personal branding não é um acessório; é uma necessidade!

É assim tão vantajoso? Claro que sim!

Ao criar uma marca pessoal, o freelancer alcança o seu público-alvo com muito mais facilidade. As pessoas tendem a estabelecer uma ligação emocional com outras pessoas, não com empresas. Daí a importância de o freelancer dar a conhecer a sua personalidade e clarificar que valores defende.

Além disso, o personal branding permite criar uma relação de confiança entre o freelancer e os seus clientes. Ao posicionar-se como uma autoridade em determinado assunto, o freelancer conseguirá angariar facilmente novos clientes, bem como obter recomendações e comentários positivos sobre o seu trabalho. Isto é particularmente importante, se considerarmos que, nos dias de hoje, o cliente procura informação online antes de adquirir qualquer tipo de produto ou serviço.

Outra grande vantagem de uma marca pessoal forte é a possibilidade de cobrar mais pelos mesmos serviços. Ou seja, um freelancer bem reputado, consegue justificar preços mais elevados e encontrar possíveis clientes dispostos a pagá-los.

Como desenvolver uma marca pessoal forte?

Construir uma marca pessoal não acontece da noite para o dia. É necessário tempo, persistência e consistência. Quer saber como desenvolver uma marca pessoal forte? Continue a ler!

  • Apostar na autenticidade

A personalidade de um freelancer é a base da sua marca pessoal. De pouco adianta reinventar quem somos para ir ao encontro das expectativas dos outros. O cliente quer autenticidade

Por isso, o melhor é deixar os valores morais e profissionais falarem mais alto. A comunicação com o cliente, a tomada de decisões e o próprio processo de criação tornam-se mais fluidos. No final do dia, acabará por estabelecer uma relação mais próxima com os seus clientes.

  • Contar a própria história

Enquanto freelancer, este será um dos maiores desafios que enfrentará. Como descrever a sua personalidade, crenças e gostos pessoais, em poucas palavras, e de forma envolvente?

Quando escrevemos sobre outras pessoas, temos uma visão global e simplificada. Porém, quando escrevemos sobre nós, as coisas complicam-se. Por isso, o melhor é escrever várias versões até encontrar aquela que melhor o representa. 

Outra dica é escrever como se estivesse a falar com um potencial cliente. Um texto simples e próximo da oralidade facilita a leitura, capta a atenção do leitor e cria uma ligação emocional mais forte.

  • Escolher o nome do negócio

Esta é outra dúvida frequente. Muitos freelancers decidem utilizar o próprio nome, seguido do serviço que prestam. É uma excelente forma de começar, principalmente se trabalha sozinho e é a cara do negócio.

No entanto, se tem um nome comum, ou se pretende expandir o negócio futuramente, o melhor é apostar num nome que perdure no tempo. Se lhe faltam ideias para um nome marcante, pode sempre utilizar um gerador de nomes de empresa.

  • Criar a imagem da marca

A imagem de uma marca é a forma de construir associações mentais memoráveis junto dos clientes. Por isso, é importante escolher uma imagem que represente os serviços prestados, os valores da marca e que seja facilmente reconhecida.

A psicologia das cores assume aqui um papel-chave. Cada cor está associada a diferentes emoções. Assim, é de evitar escolher qualquer cor, apenas por ser a sua favorita. Podemos gostar muito de preto, mas se queremos transmitir uma imagem de calma e tranquilidade, talvez seja melhor escolher outra.

Em suma, queremos transmitir as emoções certas. Por isso, é importante analisar quais as cores que melhor transmitem o sentimento, ou emoção, desejados. 

Fonte: howtoartist.com

 

Na internet existem várias plataformas, como o Canva, que facilitam a criação de logótipos. Essa é uma opção. Contudo, no que respeita ao desenvolvimento de uma marca, o melhor é deixar esta parte para um designer especializado. 

  • Investir em fotografia profissional

Por esta altura, já deve ter reparado na importância da imagem. Além de investir na imagem do negócio, é vital investir em fotos de perfil profissionais. 

Vários estudos indicam que uma fotografia de perfil de uma cara sorridente tem maior probabilidade de gerar resultados positivos. Um deles é demonstrar abertura para estabelecer contacto. Além disso, pode incluir as cores da marca na foto, quer seja através da roupa escolhida ou do pano de fundo.

Para transmitir uma imagem profissional e consistente, é essencial utilizar a mesma fotografia em todas as redes sociais e websites pessoais.

  • Desenvolver uma página pessoal

É a melhor forma de mostrar ao mundo quem é, o que faz e o que o motiva. É a sua casa no mundo digital. 

Atualmente, é possível desenvolver uma página pessoal em poucos minutos, sem gastar uma fortuna. Plataformas, como o WordPress ou Wix, fornecem templates gratuitos prontos a usar. Basta escolher o que melhor se adapta ao seu objetivo e avançar.

Ao longo do tempo, é importante atualizar o conteúdo do website, principalmente se o utiliza como portefólio. Desta forma, potenciais clientes têm a oportunidade de ver o seu trabalho antes de o contratar.

  • Estar presente nas redes sociais

As redes sociais são uma poderosa ferramenta na construção de uma marca pessoal forte. Entre as mais utilizadas por freelancers em todo o mundo está o LinkedIn e o Facebook. Contudo, dependendo o tipo de trabalho que desenvolve e do seu público-alvo, também poderá utilizar o Instagram, Youtube ou TikTok.

Fonte: Freepik

 

Além de poder interagir com os seus clientes, as redes sociais são um dos métodos mais eficazes para atrair novos clientes, promover o seu trabalho e apresentar o testemunho de quem já o contratou. 

Contudo, as relações de um freelancer não se ficam por aqui. Uma forte presença online permite criar uma rede de contactos com profissionais da mesma área. A probabilidade de encontrar novas oportunidades cresce exponencialmente.

Ser freelancer

Especialmente quando estamos a começar, promover os nossos serviços é a tarefa que nos consome mais tempo. Passamos várias horas à procura de oportunidades, a enviar propostas e a partilhar o nosso melhor produto com potenciais clientes. Pelo meio, também trabalhamos um pouco. 

Por mais difícil que seja esta fase inicial, o trabalho desenvolvido na criação de uma marca pessoal é fundamental. É o que define o futuro como freelancer. Por isso, ser freelancer implica disciplina e comprometimento ao ofício que escolhemos. Isso significa dedicarmo-nos também a construir uma marca pessoal forte que seja facilmente reconhecida.

E, por aí? Já sabe qual será o seu próximo passo?

O impacto das avaliações online na reputação de marcas

Pauliny Zito
Planner, copywriter e copydesk

Se, por definição, reputação é um conceito, a opinião pública favorável ou desfavorável sobre algo, a reputação da marca é a opinião geral que o público partilha sobre ela.

Todos nós, como profissionais de comunicação e marketing, somos (ou deveríamos ser) gestores de reputação, com a missão essencial de cuidar e proteger a imagem da marca, dos seus líderes e de tudo o que a cerca. No fundo, devemos ser verdadeiros guardiões da marca.

Em tempos de Internet, onde todos têm vez e voz, é preciso definir posicionamentos, comunicar com clareza e em todas as plataformas os valores e o propósito da marca.

Pauliny Zito
Planner, copywriter e copydesk

Se, por definição, reputação é um conceito, a opinião pública favorável ou desfavorável sobre algo, a reputação da marca é a opinião geral que o público partilha sobre ela.

Todos nós, como profissionais de comunicação e marketing, somos (ou deveríamos ser) gestores de reputação, com a missão essencial de cuidar e proteger a imagem da marca, dos seus líderes e de tudo o que a cerca. No fundo, devemos ser verdadeiros guardiões da marca.

Em tempos de Internet, onde todos têm vez e voz, é preciso definir posicionamentos, comunicar com clareza e em todas as plataformas os valores e o propósito da marca.

Um artigo da Minc Law sobre a importância da reputação da marca enumera cinco componentes principais que contribuem para a reputação de uma empresa:

  1. Qualidade
  2. Desempenho financeiro
  3. Atendimento ao cliente
  4. Cultura do local de trabalho e
  5. Reputação do CEO
Fonte: Freepik

“A reputação é responsável pelo soft power e pela licença social para operação das organizações com e sem fins lucrativos.” – Tatiana Maia Lins Consultora em Reputação Corporativa da Makemake

Reviews ou avaliações online

As avaliações online são uma das maneiras de medir a reputação de uma marca.

Estudo da Ogilvy Cannes aponta que, ainda hoje, quase 75% dos clientes citam o marketing boca a boca como um fator crítico nas suas decisões de compra.

No que toca às avaliações online, 92% dos tomadores de decisão business-to-business (B2B) têm maior probabilidade de fazer uma compra depois de ler uma avaliação confiável, segundo Kristen McCabe – Comentários do consumidor – Relatório de vendas e marketing B2B. G2 (2018).

Reviews negativos afetam diretamente as vendas e a capacidade de atrair e reter talentos. Está mais do que claro que a percepção da marca e o sentimento do público sobre ela impactam o processo de tomada de decisão dos consumidores.

E não só. Avaliações online negativas também têm um impacto direto nos resultados da empresa, pois 25% do valor de mercado de uma empresa podem estar relacionados à sua reputação, de acordo com uma pesquisa de 2015 da Deloitte.

Mais do que monitorar as avaliações online e responder às demandas no menor tempo possível, é crucial aplicar boas práticas para manter a saúde da marca.

Boas práticas na gestão da reputação da marca

A gestão da reputação da marca é a arte de a manter positiva.

Não há estratégia que vença um produto ou serviço ruim, de má qualidade.

Considerando que o produto é bom, a regra de ouro para gerir a reputação da marca é estar sempre atento e escutar as pessoas.

A Hootsuite partilha estratégias importantes para evitar danos na gestão da reputação da marca. Essas práticas também ajudam a melhorar a sua reputação online.

Reconhecimento de marca

Aumente o reconhecimento da sua marca, com estética e voz próprias.

Consistência de marca

Mantenha a sua marca consistente através do fornecimento de um produto ou serviço e conteúdo excelentes e envolventes.

Diretrizes sociais e plano de gestão de crise

Crie diretrizes sociais e um plano de gestão de crise para saber como se comportar no pior cenário.  

Senso de comunidade

Contribua com a sua comunidade, oferecendo valor genuíno e cultivando conexões.

Parcerias alinhadas à marca

Aborde as parcerias com cautela, certificando-se de que os valores de marcas, influenciadores ou embaixadores parceiros estejam alinhados com os valores da sua marca.

Social Listening e monitorização de marca

Pratique a escuta social, interagindo com comentários e reações. Para isso, monitore menções à sua marca e produtos, e analise também a reputação dos seus concorrentes.

O Social Listening (Escuta Social) serve para obter insights relevantes sobre:

  • O comportamento do público;
  • Novas oportunidades de negócio para a empresa;
  • O nível de satisfação dos clientes;
  • Possíveis crises de marca (prevenir crises de reputação de marca);
  • A evolução da presença digital da marca.

É um ciclo de melhoria contínua da experiência do utilizador, composto por quatro etapas: 1. Monitoramento, 2. Escuta, 3. Análise e 4. Novas Ações.

Responsividade

Seja responsivo. Nada pior para uma má reputação do que um mau atendimento ao cliente.

Sentimento social

Acompanhe o sentimento social, monitorando as palavras mais comuns usadas para falar sobre a sua marca.

Programa de defesa social 

Crie um programa de defesa social, que recompensa as pessoas que elogiam a sua marca no meio digital. Isso porque os defensores da marca a ajudam a se conectar com clientes em potencial e a reduzir o ruído online, podendo aumentar a visibilidade por meio de demonstração de seus produtos nas redes sociais, de avaliações online positivas e de direcionamento de mais tráfego para os seus produtos.

Conteúdo Gerado pelo Utilizador (User Generated Content – UGC)

Partilhe conteúdo gerado pelo utilizador. O conteúdo original e específico da marca criado por clientes e partilhado online influencia na formação de perceção da marca e atua como um sinal de confiança.

Segurança da marca

Pratique a segurança da marca, garantindo que os anúncios não sejam associados a conteúdo impróprio que possa prejudicar a reputação da marca.

Como gerir e responder às avaliações de clientes em plataformas como Google e TripAdvisor

Segundo o próprio Google, as críticas dos seus clientes podem fornecer feedbacks valiosos para a sua empresa.

E as suas respostas podem ajudar a ganhar a confiança dos seus clientes, que, depois de as ler, podem inclusivamente atualizar a crítica que fizeram.

Considere as críticas como uma oportunidade de melhoria, quer do produto ou serviço, quer da experiência do cliente. E não como um problema a ser resolvido.

Responda atempadamente

Essa é a recomendação número um relativamente às avaliações online, pois demonstra que a empresa está atenta e se importa com a experiência do seu cliente. 

Mostre que é uma pessoa real

Assine com o seu nome ou as suas iniciais, pois isso ajuda a transmitir uma imagem de maior autenticidade.

Analise os temas comuns nas reclamações

Ao notar padrões nas avaliações negativas, é possível identificar o problema e agir para o solucionar.

Se cometeu um erro, assuma-o e peça desculpas

Não é vergonhoso nem sinal de fraqueza assumir a responsabilidade pelos erros cometidos e desculpar-se. Ao fazer isso, demonstre compaixão e empatia. Seja honesto, explique o que pode e o que não pode fazer na situação.

Responda as avaliações online negativas, evitando ataques e discussões online com os clientes e promessas que não pode cumprir

Concentre-se em perceber e resolver o problema. E agradeça ao cliente por chamar a sua atenção para o caso em questão.

Fonte: Freepik

Escreva uma resposta útil, breve e simples 

Não há espaço para floreios. Seja objetivo. Escreva respostas úteis, legíveis e educadas.

Agradeça aos comentadores

O Google sugere responder a comentários positivos quando tiver novidades ou informações relevantes para partilhar. Não tem de agradecer publicamente a cada comentador, uma vez que cada resposta alcança vários clientes.

Não seja um vendedor

Não ofereça incentivos nem faça publicidade. O que pode fazer é contar aos comentadores algo novo sobre a sua empresa ou partilhar algo que possam não ter ficado a saber na primeira visita.

Nunca partilhe dados pessoais

Sugira ao comentador que entre em contacto consigo pessoalmente por email ou telefone para resolver o problema.

Investigue as razões por detrás da impressão negativa

Verifique os seus registos relativos ao comentador e a experiência que teve com a sua empresa.

Contrate um advogado de marca ou de difamação na Internet

Se for o caso, considere entrar em contacto com um advogado experiente e especializado para remoção de conteúdo negativo difamatório e mitigação dos danos.

A importância de dar a palavra aos clientes

Não ter uma forte presença online NÃO é opção para a marca que deseja ter sucesso e crescimento.

Ocultar, eliminar, ignorar ou responder a comentários de clientes com frases prontas e “frias” têm uma única consequência: irritar e afastar os clientes da sua marca.

Um cliente irritado impacta exponencialmente muitos mais clientes e também não clientes, estes que possivelmente não tornar-se-ão clientes da sua marca. 

Mas, ao focar nas necessidades, desejos, valores e opiniões dos clientes, você alinha as experiências da marca com esses fatores e, assim, ajuda a moldar a percepção do cliente em relação à sua marca.

Percebeu como é um ciclo sem fim que se retroalimenta?

Mantenha uma boa reputação de marca para obter avaliações online positivas

A reputação positiva de uma marca é um dos seus ativos intangíveis mais desejáveis ​​e valiosos. 

No contexto atual, a reputação pode mudar rapidamente como consequência de mudanças nas expectativas dos clientes ou publicidade negativa.

Avaliações online positivas geram reputação de marca positiva e vice-versa.

Comece por ter sempre um comportamento ético e envolvente com os seus clientes e a comunidade em geral.

Faça o certo e seja atencioso com colaboradores, clientes, fãs, seguidores, investidores, fornecedores e demais stakeholders.

Priorize a escuta social para detectar problemas e reclamações antes que virem uma bola de neve, prejudicando demais a marca e, consequentemente, a sua reputação. A social listening também serve para antecipar problemas.

Uma boa reputação gera confiança. E confiança é a base para qualquer relacionamento saudável.

Funil de Marketing de Conteúdos: um mini-guia definitivo

Catarina Alves de Sousa
Social Media Manager & Content Writer

O marketing de conteúdos é uma estratégia de marketing que diz respeito à criação, publicação e distribuição de conteúdo relevante, útil e consistente para atrair e reter um público-alvo claramente definido, com o objetivo final de impulsionar ações por parte dos leitores.

No caso deste artigo, o nosso objetivo é que o leia até ao fim e que ponha em prática o que aqui aprender de forma a potenciar a sua marca ou negócio.

Catarina Alves de Sousa
Social Media Manager & Content Writer

O marketing de conteúdos é uma estratégia de marketing que diz respeito à criação, publicação e distribuição de conteúdo relevante, útil e consistente para atrair e reter um público-alvo claramente definido, com o objetivo final de impulsionar ações por parte dos leitores.

No caso deste artigo, o nosso objetivo é que o leia até ao fim e que ponha em prática o que aqui aprender de forma a potenciar a sua marca ou negócio.

Diga-se o que se disser acerca da diminuição do tempo de atenção dos cibernautas e do interesse em conteúdo de longo formato, a verdade é que o marketing de conteúdos ainda é uma das mais poderosas ferramentas de marketing.

Entre as principais funções do marketing de conteúdos, destacam-se as seguintes:

  1. Atrair e reter a atenção do público: através da partilha de informações valiosas ao público-alvo;
  2. Construir confiança e autoridade: ao fornecer conteúdo de alta qualidade;
  3. Melhorar o SEO: conteúdo de qualidade pode ajudar a melhorar o ranking de uma empresa nos motores de pesquisa, tornando-a mais visível para potenciais clientes;
  4. Gerar leads e vendas: o marketing de conteúdos pode ser usado para captar informações de contato de potenciais clientes (leads) ou para incentivar compras diretas;
  5. Nutrir relações com clientes: o marketing de conteúdos não termina com a venda. Ele pode ser utilizado para continuar a fornecer valor aos clientes, mantendo-os engajados e incentivando a lealdade à marca e a vendas repetidas.
  6. Educar o público: o marketing de conteúdos também pode ser usado para educar o público sobre os produtos ou serviços de uma empresa, ajudando-os a entender porque são a melhor escolha.
Fonte:  Doutor Finanças

 

A fintech portuguesa Doutor Finanças disponibiliza vários conteúdos que visam apenas informar os leitores, ou seja, acrescentam valor sem intenção de compra ou captação de leads. Já noutros artigos sobre temas mais em linha com os serviços que disponibilizam, colocam formulários de contacto. Diferentes conteúdos para diferentes intenções e etapas do funil (já lá iremos, mais para a frente).

Abordada a importância que o Marketing de Conteúdos tem para as empresas, há que explorar agora o seu funil.

O que é um Funil de Marketing de Conteúdos?

Um Funil de Marketing de Conteúdos é uma representação visual da jornada do cliente, desde o primeiro ponto de contato com a sua marca até à conversão final. Esta jornada é geralmente dividida em três etapas: topo do funil (ToFu), meio do funil (MoFu) e fundo do funil (BoFu). Cada etapa requer diferentes tipos de conteúdo para mover os potenciais clientes através do funil em direção à ação desejada.

Fonte: Search Engine Journal

Como começar a mapear o seu Funil de Marketing de Conteúdos?

Mapear o seu Funil de Marketing de Conteúdos pode parecer uma tarefa assustadora, mas não precisa de ser. Aqui estão alguns passos para começar de forma simples:

  1. Identifique o seu público-alvo: antes de mais nada, é preciso entender quem é o seu público-alvo. Quais são as suas necessidades, desejos e desafios? Que tipo de conteúdo considera valioso?
  2. Defina as etapas do seu funil: como mencionado anteriormente, um funil de marketing de conteúdos é geralmente dividido em ToFu, MoFu e BoFu. No entanto, o seu funil pode ter mais ou menos etapas, dependendo do seu negócio e do seu público-alvo. Use este guia como inspiração, mas sinta-se livre de personalizar o seu funil!
  3. Mapeie o conteúdo para cada etapa: uma vez que as etapas do funil estejam definidas, é hora de mapear o conteúdo para cada uma delas. Que tipo de conteúdo irá atrair o seu público-alvo para o funil? Que tipo de conteúdo irá levá-lo para a próxima etapa?

O que fazer após mapear todas as etapas do Funil?

Depois de mapear todas as etapas do seu Funil de Marketing de Conteúdos, o trabalho ainda não acabou. Eis as ações que deverá pôr em prática na etapa seguinte:

  1. Produza e distribua o conteúdo: agora que tem um plano, é hora de criar e distribuir o conteúdo. Lembre-se de que a qualidade é mais importante do que a quantidade.
  2. Monitorize e ajuste: use ferramentas de análise para monitorizar o desempenho do seu conteúdo. Está a atrair e a mover o público através do funil como esperado? Se não, pode ser necessário ajustar o seu conteúdo ou a sua estratégia.

Quais os melhores Conteúdos para cada etapa do Funil?

Para respondermos a esta questão, teríamos que analisar a sua empresa (e podemos fazê-lo, se assim o desejar!). O tipo de conteúdo que funciona melhor varia dependendo do seu público-alvo e da sua indústria, mas aqui estão algumas sugestões gerais:

Topo do Funil – ToFu: gerar interesse e captar atenção

O topo do funil é o ponto de partida da jornada do comprador e é o estágio mais populoso. Aqui, as pessoas ainda não estão prontas para comprar e provavelmente nunca ouviram falar da sua empresa. 

O objetivo nesta etapa é, portanto, atrair o público. Segundo um estudo da SEMRUSH, os tipos de conteúdo mais eficazes para esta etapa tendem a ser mais educativos e acrescentam valor, o que ajuda a direcionar utilizadores e leitores para o seu site.

O ToFu geralmente é medido pelas seguintes métricas:

  • Tráfego orgânico, tráfego de referência e tráfego total;
  • Engagement nas redes sociais (partilhas, comentários, gostos);
  • Menções de influenciadores e media;
  • Métricas de engagement no site (taxa de rejeição, tempo gasto na página);
  • Assinaturas de newsletters.

Com base no mesmo estudo, estes são os cinco principais tipos de conteúdo que funcionam melhor no topo do funil:

  1. Guias de “como fazer”
  2. Landing pages
  3. Infográficos
  4. Checklists
  5. E-books
Fonte: SEMRUSH

 

Meio do funil – MoFu: guiar e educar

Nesta etapa, o objetivo é nutrir as leads e movê-las para o próximo estado. O conteúdo deve ser mais aprofundado e específico. Aqui, o objetivo é converter as leads em clientes. O conteúdo deve ser altamente personalizado e focado em demonstrar o valor do seu produto ou serviço. 

O conteúdo do MoFu é geralmente  medido pelas taxas de conversão e pelo número de leads. Normalmente, o conteúdo do meio do funil ainda gera mais tráfego de pesquisa orgânica.

Nesta fase, os cinco principais tipos de conteúdo comumente usados incluem:

  1. Guias de “como fazer”
  2. Visão geral do produto
  3. Estudos de caso
  4. Landing pages
  5. Webinars
Fonte: SEMRUSH

Fundo do Funil – BoFu

O estágio do fundo do funil é a linha da meta, onde o conteúdo pode ajudar a posicionar a sua marca como superior aos concorrentes, criar confiança e acelerar a compra.

O conteúdo que cria nesta fase deve responder a questões muito específicas sobre o seu produto ou serviço (por exemplo, como é que ele realmente funciona ou que competências são necessárias para lidar com ele).

Os três principais tipos de conteúdo para o estágio BOFU são:

  1. Visão geral do produto
  2. Avaliações de Clientes
  3. Histórias de sucesso
Fonte: SEMRUSH

Dicas e Boas Práticas

Para concluir, aqui estão algumas dicas e boas práticas para o seu Funil de Marketing de Conteúdos:

  • Conheça o seu público: a chave para um marketing de conteúdo eficaz é entender o seu público. Quanto mais souber sobre ele, mais eficaz será o seu conteúdo.
  • Seja consistente: a consistência é fundamental quando se trata de marketing de conteúdos. Isto não significa apenas ser consistente na publicação de conteúdo, mas também na manutenção de uma voz e estilo de marca consistentes.
  • Use vários formatos de conteúdo: não se limite a um tipo de conteúdo. Experimente diferentes formatos para ver o que funciona melhor com o seu público.
  • Otimize para SEO: o SEO é crucial para atrair tráfego para o seu conteúdo. Certifique-se de que o seu conteúdo está otimizado para os motores de pesquisa.
  • Meça e ajuste: Por fim, lembre-se de que o marketing de conteúdo é um processo contínuo. Meça frequentemente o desempenho do seu conteúdo e ajuste-o à sua estratégia conforme necessário.
Fonte: Airbnb Magazine, um exemplo de diversificação na produção de conteúdos

 

Um Funil de Marketing de Conteúdo é uma ferramenta poderosa para atrair, envolver e converter o seu público. Com um planeamento cuidadoso e uma execução estratégica, poderá usar o marketing de conteúdo para impulsionar o crescimento do seu negócio.

Se precisar de ajuda para desenvolver uma estratégia de conteúdos 100% personalizada e adaptada ao seu público e às características do seu negócio, fale connosco.

A importância da segmentação em inbound marketing

Inês Tito
Copywriter

Diariamente, somos bombardeados com publicidade não solicitada a produtos e serviços que não nos interessam. As marcas que adotam uma estratégia tão intrusiva fazem-nos sentir que somos apenas um número.

Eventualmente, acabamos nos afastar e procurar marcas que nos façam sentir únicos. Afinal de contas, quem não gosta de se sentir especial?

Inês Tito
Copywriter

Diariamente, somos bombardeados com publicidade não solicitada a produtos e serviços que não nos interessam. As marcas que adotam uma estratégia tão intrusiva fazem-nos sentir que somos apenas um número.

Eventualmente, acabamos nos afastar e procurar marcas que nos façam sentir únicos. Afinal de contas, quem não gosta de se sentir especial?

Diferenciar o público-alvo para conhecer melhor os clientes, tem-se revelado uma estratégia de sucesso. Por isso, questões como a segmentação e personalização das campanhas de marketing assumem um papel primordial. 

Pretende fidelizar os seus clientes? Vejamos como a segmentação em inbound marketing pode ajudá-lo.

Inbound vs. Outbound marketing

Nos últimos cem anos, a sociedade passou por mudanças drásticas que afetaram a nossa perceção do mundo. O mesmo aconteceu com o marketing.

À medida que a sociedade evoluiu, surgiram novos métodos para promover produtos e serviços. Originalmente, as marcas contavam com estratégias tradicionais de outbound marketing que consistiam em anúncios em jornais e rádio ou do contacto direto com o cliente.

Fonte: Georgia Exhibits, Anúncio da Coca-Cola publicado em jornal no início do século XX.

 

Contudo, esta procura pelo cliente perdeu eficácia. A vasta oferta de produtos e serviços, bem como a promoção desmesurada dos mesmos, alterou a perceção do cliente. Por isso, tornou-se imperativo encontrar novas formas de atrair o cliente, sem o assediar.

Assim, surgem as estratégias de inbound marketing. O objetivo é atrair e envolver o cliente através de conteúdos do seu interesse, que promovam a descoberta da marca. Os métodos são variados e, nos dias que correm, a internet é o lugar onde todos querem estar.

Como atrair clientes no mundo digital? Através da segmentação de clientes e de uma estratégia de conteúdo eficaz!

“Dividir e conquistar”

Júlio César desconhecia a existência do marketing. No entanto, a sua premissa assenta que nem uma luva!

A segmentação de clientes é uma forma de dividir o público-alvo em pequenos grupos que apresentam características comuns como a idade, género, comportamento ou interesses. Desta forma, os profissionais de marketing desenvolvem campanhas mais relevantes e eficazes.

Através da segmentação de clientes, as marcas conseguem melhorar a eficácia da sua mensagem, promover a personalização das suas campanhas e elevar a qualidade do serviço ao cliente.

Fonte: Freepik

Isto não significa que estamos a rotular clientes. O que se pretende é aprender mais sobre as suas preferências para apresentar conteúdos do seu interesse. Esta abordagem de personalização oferece vantagem competitiva às empresas e permite gerar leads de melhor qualidade. 

Por isso, as marcas habitualmente utilizam um (ou mais) métodos de segmentação do público-alvo, com base em características comuns:

  • Demografia – idade, género, rendimentos, nível de escolaridade, nacionalidade ou estado civil;
  • Geografia – localização por país, região ou cidade;
  • Psicologia – personalidade, valores ou interesses;
  • Tecnologia – dispositivos móveis, computadores, aplicações ou software; 
  • Comportamento – tendências e comportamentos frequentes, conhecimento sobre a marca e produtos ou serviços;
  • Posicionamento na jornada do cliente – descoberta, consideração, decisão.

Uma vez concluído este processo, será mais fácil desenvolver mensagens focadas nas necessidades e desejos de cada segmento.

O impacto da segmentação na estratégia de inbound marketing

Em teoria, o conceito de “dividir e conquistar” parece ser a melhor estratégia. Mas, será que a segmentação é a escolha mais acertada?

Ora vejamos…

Resumindo, as estratégias de segmentação permitem personalizar o contacto com o cliente, apresentar-lhe o que procura e levá-lo a adquirir os produtos e serviços que deseja. Em última instância, as marcas conseguem desenvolver produtos focados no cliente, diferenciar-se da concorrência e melhorar o serviço ao cliente, promovendo a sua fidelização. 

Agora coloca-se outra questão… Qual a melhor forma de alcançar estes benefícios?

O papel da inteligência artificial na segmentação de clientes

Atualmente, a inteligência artificial (IA) está presente por todo o lado, desde o atendimento ao cliente até carros ou tradutores automáticos. Quase toda a tecnologia que utilizamos apresenta algoritmos de IA.

Como seria de esperar, os profissionais de marketing não perderam tempo ao identificar as potencialidades desta ferramenta.

A IA na segmentação de clientes

O volume de informação online cresce exponencialmente a cada segundo. Por esse motivo, é impossível para o comum mortal monitorizar tudo.

Fonte: Freepik

Por este motivo, mais de 61% dos profissionais de marketing assumem recorrer à inteligência artificial nas suas atividades diárias. Além disso, 44% utilizam a IA na criação de conteúdo. Ainda assim, não escondem a crença de que a inteligência artificial poderá superar o seu desempenho. 

Um paradoxo intrigante, não?

Este comportamento dos profissionais deve-se essencialmente às vantagens que a inteligência artificial oferece no curto prazo:

  • Permite segmentar o público-alvo 100 vezes mais depressa do que um humano.
  • Prevê com 90% mais precisão os clientes que abandonam a marca.
  • Assegura a personalização de campanhas de marketing 80% mais exatas.
  • Aumenta o ciclo de vida do cliente em 25%.
  • Reduz os custos com estratégias de marketing em 30%.

Em termos gerais, a segmentação através de ferramentas de inteligência artificial permite melhorar as campanhas de marketing. Como?

A IA consegue gerir volumes colossais de dados, identificar padrões e tendências e estabelecer correlações que passariam facilmente despercebidas aos humanos. Assim, os profissionais conseguem aprofundar o conhecimento sobre os seus clientes.

Além disso, a IA permite a automatização da segmentação de clientes através da análise de dados em tempo real. Para os profissionais, isto significa que conseguem acompanhar, a todo o momento, as alterações nos padrões de comportamento dos clientes. Desta forma, é possível adaptar a estratégia de marketing em função das alterações percebidas.

Ferramentas de IA úteis na segmentação de clientes

O investimento na inteligência artificial tem aumentado nos últimos anos. Não só pela sua aplicação nas mais variadas áreas de negócio, mas também devido à especificidade de cada uma.

Fonte: HubSpot, 20 Artificial Intelligence Statistics that Marketers Need to Know in 2023

 

Assim, surgem ferramentas de IA (algumas novas e outras melhoradas) que visam facilitar o quotidiano dos profissionais de marketing. 

Google Analytics 

Esta é considerada por alguns como a melhor ferramenta para a segmentação de clientes

Fonte: Google Analytics

 

O Google Analytics é uma plataforma gratuita desenvolvida pela Google para recolher dados em websites e aplicações. Através dos dados recolhidos, as marcas obtêm informação sobre o número de visitantes, o seu comportamento na página ou o tipo de dispositivo utilizado. 

O Google Analytics apresenta algumas sugestões segmentar o público-alvo rapidamente. No entanto, é sempre possível personalizar cada grupo segundo as suas necessidades. 

Além disso, permite filtrar dados para focar toda a atenção em utilizadores específicos. Assim, torna-se possível compreender por que motivo algumas páginas apresentam taxas de rejeição mais elevadas que outras.

Mas as vantagens desta ferramenta não se ficam por aqui. A sua interface é intuitiva e todas as funcionalidades podem ser aprendidas através do Google Analytics Academy. Além disso, pode ser facilmente integrado com outras plataformas, como o WordPress, por exemplo. 

Porém, esta poderosa ferramenta pode tornar-se incompreensível para aqueles que não têm o conhecimento técnico necessário. Além disso, o grande volume de dados recolhidos podem gerar confusão quando não são devidamente tratados.

HubSpot

No mundo do marketing, a HubSpot dispensa apresentações. Esta empresa de inbound marketing e software, desenvolveu uma ferramenta imprescindível para os profissionais desta área.

Fonte: HubSpot

 

A sua plataforma de CRM (Customer Relationship Management, ou em português, Gestão de Relacionamento com o Cliente), procura unir marcas e clientes. Assim, a HubSpot permite segmentar clientes através da classificação de listas de contacto. Outra opção é a segmentação baseada em eventos, o que permite localizar clientes-chave em áreas específicas.

Para utilizar esta ferramenta, basta selecionar os critérios de segmentação, recolher dados de contacto e criar listas segmentadas de clientes. A partir daqui, é possível criar conteúdos personalizados para alcançar os clientes no momento exato da sua jornada.

Neste sentido, as principais vantagens do software da HubSpot são a capacidade de gerar campanhas focadas em cada segmento e de aumentar a satisfação e fidelização dos clientes. Contudo, este software é pouco flexível e a sua implementação é desafiante.

A não esquecer…

A segmentação de clientes é uma das melhores opções para reforçar a estratégia de inbound marketing. 

Ao apresentar conteúdos dirigidos ao cliente certo, melhorará a experiência do cliente e a aumentará as conversões. Por isso, deixamos algumas dicas importantes:

  • Segmentar sem exageros – ao segmentar o público-alvo corremos o risco de focar em demasiados detalhes e criar grupos demasiado restritivos. Por isso, é importante criar segmentos pequenos e, simultaneamente, abrangentes.
  • Melhoria contínua – como vimos, a informação recolhida está em constante alteração. Assim, é essencial monitorizar os critérios de segmentação e ajustar conforme necessário.
  • Definir objetivos claros – o mesmo acontece com os objetivos que fundamentam toda a estratégia. Testar e analisar os resultados é o melhor método para segmentar clientes segundo as necessidades da marca.

Cumprir todos estes requisitos é um verdadeiro desafio. Daí a importância da inteligência artificial. A tecnologia existe e está aqui para ser utilizada. Quem não o faz, estará a perder tempo e dinheiro.

CRM: como a relação com o cliente conduz as marcas ao sucesso

Inês Tito
Copywriter

Somos seres sociais. Nascemos programados para nos relacionarmos. 

Na verdade, temos mais sucesso quando nós interagimos com quem nos rodeia. É a nossa receita para dar significado a um mundo cheio de incertezas. Sem as relações que nutrimos desde o nascimento, estaríamos condenados à extinção.

O mesmo acontece no mundo dos negócios.

Inês Tito
Copywriter

Somos seres sociais. Nascemos programados para nos relacionarmos. 

Na verdade, temos mais sucesso quando nós interagimos com quem nos rodeia. É a nossa receita para dar significado a um mundo cheio de incertezas. Sem as relações que nutrimos desde o nascimento, estaríamos condenados à extinção.

O mesmo acontece no mundo dos negócios.

As marcas que desenvolvem um vínculo especial com os clientes têm mais hipóteses de alcançar o sucesso. Na era digital, quem gere relacionamentos está um passo à frente da concorrência. Afinal de contas, sem clientes não há negócio!

Gestão de relacionamento com o cliente

A evolução do marketing conduziu-nos até um modelo focado na experiência do cliente. Esta mudança de paradigma foi impulsionada pelo interesse em compreender as necessidades dos clientes e a estabelecer uma relação próxima.

As lojas de rua e outros pequenos negócios conhecem os seus clientes habituais pelo primeiro nome. As grandes marcas mundiais também querem essa cumplicidade. A gestão de relacionamento com o cliente, ou Customer Relationship Management (CRM), é a fórmula para concretizar esse objetivo. 

CRM refere-se ao conjunto de estratégias e técnicas utilizadas para gerir e analisar o comportamento do cliente. Mediante um software CRM, as marcas armazenam e categorizam informação sobre os seus clientes e potenciais interessados. A gestão de contactos, o acompanhamento de interações com a marca e o agendamento de lembretes são algumas das funções mais utilizadas.

Fonte: Super Office, 2022

Mas é possível ir mais além…

Qual o impacto do CRM nas marcas?

Estudos recentes demonstram que 43% das empresas ainda usam folhas de cálculo para registar e monitorizar a informação dos clientes. 

O CRM permite descartar este tipo de procedimentos manuais obsoletos, automatizando-os. Na verdade, mais de 80% das empresas usam software CRM para obter relatórios de vendas e automatizar processos. 

Esta ferramenta também permite aumentar receitas, gerir o funil de vendas e captar leads. Desta forma, a análise de dados será o alicerce para desenvolver campanhas de marketing e definir objetivos de vendas e de atendimento ao cliente.

A recolha de informação, em todos os pontos de contacto da jornada, proporciona uma visão holística do cliente. Para os funcionários da empresa é a oportunidade para personalizar o atendimento e aumentar a sua produtividade e autonomia.

Por outro lado, os clientes favorecem marcas com as quais já estão familiarizados ou que oferecem uma experiência personalizada. Assim, utilizar um software CRM permite aumentar a satisfação do cliente em 45% e elevar a receita gerada em 37%.

Implementar uma estratégia CRM 

Desenvolver e implementar uma estratégia de gestão do relacionamento ao cliente exige alguma ponderação. Vejamos quais os passos mais importantes.

1. Auditoria

A análise SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats, ou em português Pontos Fortes, Pontos Fracos, Oportunidades e Ameaças) permite estudar o mercado e avaliar a concorrência e determinar se a empresa dispõe dos recursos necessários. Assim, é mais fácil identificar o caminho a seguir.

2. Definir objetivos SMART

Sem objetivos, um negócio navega à deriva, mantendo-se à tona até eventualmente afundar. Por isso, é fundamental formular objetivos SMART (Specific, Measurable, Achievable, Realistic, Time-Bound). Estes devem ser específicos, mensuráveis, alcançáveis, realistas e temporais. Através desta técnica, é mais fácil monitorizar e ajustar a estratégia CRM.

3. Mapear a jornada do cliente

Saber quem contacta a marca, como e quando o faz, permite identificar as etapas do funil de vendas. 

Além disso, criar um buyer persona ajuda a compreender quem comprou os produtos ou serviços. Dados como idade, género, localização, estatuto socioeconómico, ou qual a plataforma de contacto preferencial, constituem o arquétipo do cliente ideal. Daqui à personalização das campanhas de marketing é um passo.

4. Mapear o funil de vendas

Esta etapa permite visualizar os pontos de contacto do cliente com a marca. Alinhar a estratégia CRM com o funil de vendas ajuda a determinar quando é necessário agir para converter o cliente.

Fonte: Asana, 2023

5. Partilhar informação

O software CRM recolhe informação a partir de várias fontes para apresentá-la de forma organizada aos vários departamentos da empresa. Deste modo, os funcionários poupam tempo e são mais autónomos nas suas tarefas diárias.

Para que este circuito funcione, é necessário garantir canais de comunicação internos adequados e uma estratégia de comunicação transparente. Ao partilhar a informação, cada departamento evitar repetir as questões colocadas ao cliente. 

6. Personalizar a experiência do cliente

O software CRM organiza os detalhes dos clientes e facilita a compreensão dos objetivos estratégicos. Assim sendo, os funcionários conseguem personalizar o contacto com o cliente e melhorar a sua experiência em toda a jornada.

7. Automatizar

Tarefas como integrar dados de novos clientes ou enviar newsletters eram feitas manualmente, ocupando grandes períodos de tempo. Através da automatização, é possível reduzir custos e alocar recursos noutras tarefas. 

8. Monitorizar o desempenho da estratégia

É importante definir objetivos para alcançar o nosso destino. Contudo, é igualmente importante analisar se estamos no caminho certo. O software CRM permite avaliar o desempenho das equipas para garantir que todos cumprem os objetivos definidos. Assim, é possível analisar os aspetos positivos e identificar os pontos a melhorar.

Estratégias de CRM para impulsionar os negócios

Os motivos que levam as marcas a adotar uma estratégia CRM são muitos. Contudo, grande parte das estratégias são transversais a qualquer negócio. Aqui ficam alguns exemplos:

  • Personalizar a experiência do cliente
  • Criar campanhas de marketing personalizadas
  • Reduzir custos com a automatização
  • Analisar KPI’s
  • Gerir conteúdos

Para onde nos leva o CRM do futuro?

A evolução da indústria CRM tem sido galopante. Não é de admirar que, em 2023, esta indústria valha cerca de 65 biliões de dólares. Até 2029, as previsões indicam um crescimento para 145 biliões de dólares.

Fonte: Abdalslam, 2023

O que alimenta um crescimento tão acentuado? As empresas adotam estratégias CRM para manter a competitividade perante a evolução tecnológica e a mudança no comportamento do consumidor.

Assim, o que devemos esperar nos próximos anos?

Inteligência artificial (IA)

Diariamente, ouvimos falar de inteligência artificial e da sua aplicação nos mais diversos sectores. No caso do CRM, a IA é uma poderosa ferramenta para melhorar a relação com o cliente, através da automatização de tarefas e personalização do atendimento.

Internet of Things 

A Internet das Coisas refere-se à rede que conecta biliões de dispositivos ligados à internet. Estamos a falar de objetos do dia a dia, como um frigorífico, um smartphone ou um sistema de segurança inteligente.

Estes dispositivos recolhem e armazenam dados sobre o nosso dia-a-dia. Ao integrar esta informação num software CRM, é possível obter informação detalhada sobre o comportamento do consumidor. Assim, as marcas conseguem fornecer um serviço altamente personalizado.

Mobile CRM 

A pandemia acelerou a aceitação do trabalho remoto. Isto significa a dispersão das equipas de trabalho por todo o mundo. Apesar disso, continua a ser necessário acederem à informação contida no CRM. Através de um tablet ou smartphone, os profissionais conseguem aceder à informação dos seus clientes em qualquer lugar e a qualquer hora.

CRM Social

A integração das redes sociais com o software CRM é uma tendência em crescimento. Mais do que nunca, os clientes podem comentar a sua satisfação (ou desagrado) em qualquer plataforma digital. Para as marcas, é a oportunidade de ouvir os seus clientes e manter um contacto próximo em tempo real.

CRM Self-Service

Na gestão de relacionamento com o cliente, a automatização é sinónimo de bots que executam tarefas e poupam tempo aos funcionários. Numa lógica de self-service, é o próprio cliente quem procura as respostas de que necessita.

Para as empresas, o CRM self-service permite poupar dinheiro ao recorrer a software simples sem necessidade de suporte informático especializado.

Interface de voz

A evolução tecnológica é acompanhada por interfaces cada vez mais simples para o utilizador. Os assistentes virtuais ativados por voz, como a Siri ou Alexa, estão a ganhar terreno na indústria CRM. Esta tecnologia oferece uma experiência mais envolvente e simples para o utilizador. Basta utilizar a linguagem natural para interagir com o software e, consequentemente, construir uma relação personalizada com o cliente.

A relação com o cliente é um investimento a longo prazo

As relações pessoais são o resultado da nossa entrega e dedicação. São o resultado daquilo que damos e do que recebemos. São o pilar da nossa felicidade e bem-estar. 

Nos negócios, as marcas que oferecem uma experiência envolvente e dedicada são aquelas que prosperam. Por isso, uma estratégia CRM não é um sprint. É uma maratona! Os resultados surgirão a longo prazo, através de consistência e dedicação. 

Por isso, e também devido à evolução tecnológica, é difícil prever em que direção a gestão de relacionamento com o cliente seguirá. Em qualquer caso, podemos afirmar que desenvolver uma estratégia CRM sólida é fundamental para superar os desafios do relacionamento com o cliente.

Como descolar o seu negócio através de um plano de marketing

Pauliny Zito
Planner, copywriter e copydesk

O Plano de Marketing é um documento detalhado das estratégias e ações para alcançar objetivos pré-definidos orientados para resultados e alinhados com o propósito da empresa, a curto e longo prazos.

Pode ser específico para uma marca, para uma campanha, para um produto ou serviço, ou ainda para linhas de produtos.

Pauliny Zito
Planner, copywriter e copydesk

O Plano de Marketing é um documento detalhado das estratégias e ações para alcançar objetivos pré-definidos orientados para resultados e alinhados com o propósito da empresa, a curto e longo prazos.

Pode ser específico para uma marca, para uma campanha, para um produto ou serviço, ou ainda para linhas de produtos.

Entretanto, antes de tudo, o empreendedor que quer desenvolver o seu negócio, precisa pensar num Plano de Marketing para o seu Negócio.

Nesse artigo, partilho consigo a estrutura de um Plano de Marketing para o seu negócio descolar. 

Fonte: Freepik

Por que é tão importante ter um Plano de Marketing

O Plano de Marketing auxilia o gestor a identificar, antecipar, implementar e a tomar as decisões mais importantes do seu negócio.

Contribui para a organização do trabalho

Com um bom Plano de Marketing, é possível alinhar a sua equipa, determinar todas as etapas das suas ações de marketing online e offline, indicar as ferramentas a usar e os prazos a cumprir, melhorando as práticas da sua empresa consoante aos objetivos traçados.

Ajuda a definir e a atingir objetivos

Porque permite traçar metas e definir objetivos estratégicos, orientando a tomada de decisão através de dados reais e concretos e melhorando os resultados da empresa, para além da satisfação dos clientes e motivação dos colaboradores.

Melhora o posicionamento, a notoriedade e a competitividade da marca

Estabelece uma presença sólida da empresa online e offline, por meio de decisões de marketing bem-sucedidas, aumentando a satisfação dos clientes e posicionando bem os seus produtos ou serviços no mercado. 

Aumenta as vendas

A empresa torna-se mais competitiva através de uma comunicação mais assertiva e estratégias de marketing mais eficazes. 

Otimiza recursos

Porque você e toda a sua equipa sabem qual o caminho a seguir para minimizar as fraquezas e maximizar as potencialidades da empresa e, assim, aumentar a rentabilidade do negócio.

Reduz erros estratégicos

Um bom Plano de Marketing melhora a tomada de decisão dos gestores e ajuda a reduzir erros estratégicos, porque fornece dados detalhados sobre variantes internas e externas.

Proporciona maior controlo financeiro

Permite planear os investimentos (quanto, quando e onde investir) bem como ajustá-los à medida que os objetivos são alcançados. E permite também saber, ou pelo menos ter uma projeção, do Return On Investment (ROI) para cada ação de marketing do seu negócio.

Antecipa e/ou previne crises

Um bom Plano de Marketing conhece as necessidades e os desejos dos seus clientes bem como o mercado e a situação financeira da empresa, por isso pode prever ou indicar mudanças ou problemas, atuando atempadamente para evitar maus resultados.

Fonte: Freepik

Como criar um Plano de Marketing para o seu Negócio

Introdução

Primeiro, escreva uma breve introdução sobre o que pretende para o Plano de Marketing do seu negócio, sempre orientado para resultados.

Visão Estratégica

Em segundo lugar, perceba o seu negócio: inclua e descreva a visão estratégica do seu negócio bem como os seus pontos fortes e pontos a melhorar (Forças/Strengths e Fraquezas/Weaknesses da análise SWOT).

“People don’t buy what you do. They buy why you do it.” – Simon Sinek

Ativos (produtos, canais e público-alvo)

Depois, descreva os ativos da empresa, considerando o trio produtos, canais e consumidores, tanto os atuais quanto os potenciais.

Contexto do Negócio

Analise o contexto do negócio: os seus concorrentes, para além das oportunidades e ameaças (Oportunidades/Opportunities e Ameaças/Threats da análise SWOT).

Fonte: Rock Content

 

Matriz BCG

A Matriz BCG é uma ferramenta desenvolvida por Bruce Henderson para a empresa de consultoria empresarial americana Boston Consulting Group. 

O objetivo da Matriz BCG é avaliar o portfólio de produtos ou de unidades de negócio em função do ciclo de vida em que se encontram. 

Por isso, ela é utilizada para alocar recursos em atividades de gestão de marcas e produtos (marketing), planeamento estratégico e análise de portfólio. 

A Matriz BCG é uma das formas mais usadas de representação da integração da empresa nas envolventes externas e internas, apresentando uma vantagem competitiva para a empresa à medida que possibilita perceber melhor os seus produtos e onde investir.

Fonte: SEMRUSH

 

São quatro os quadrantes presentes na Matriz BCG:

  • Estrela: alta participação e alto crescimento do mercado;
  • Dúvida: baixa participação e alto crescimento do mercado;
  • Vaca leiteira: alta participação e baixo crescimento do mercado;
  • Ananás: baixa participação e baixo crescimento do mercado.

De modo geral, essa é a relação entre a Matriz BCG e o Ciclo de Vida do Produto:

Fonte: SEMRUSH

Objetivos de Marketing

Delimite os seus objetivos utilizando a técnica SMART: Specific, Measurable, Attainable, Relevant, Timely.

Cronograma

Crie um cronograma de atividades.

Ao preencher esses itens do Plano de Marketing para o seu negócio, será capaz de avaliar o ponto de situação da marca.

Como definir os Objetivos de Marketing

Defina e descreva vários tipos de objetivos alinhados com a realidade e estratégia atual do seu negócio.

Top-level

Objetivos top-level são mais abrangentes para perceber como o seu negócio pode beneficiar o mercado.

Mid-long

Objetivos mid-long ajudam a comunicar a transformação necessária numa grande organização.

Específicos

Para os objetivos específicos, use a técnica SMART, termo creditado a Peter Drucker em seu livro de 1954, The Practice of Management.

Specific – Específico: especifique de forma clara o que deseja fazer.

Measurable – Mensurável: quantifique o que pretende.

Attainable – Alcançável: seja realista, estabeleça metas onde seja possível chegar na atual conjuntura.

Realistic – Realista: estabeleça objetivos realistas em função dos recursos que dispõe.

Timely – Definido no Tempo: defina o intervalo temporal para cada objetivo.

Como medir o desempenho das Tácticas

Os Key Performance Indicators (KPIs) são indicadores que ajudam a medir os resultados.

Os KPIs possibilitam o acompanhamento e a melhor gestão do nível de desempenho e sucesso das estratégias da sua empresa porque:

  • Monitoram a saúde do negócio;
  • Medem o progresso;
  • Analisam padrões ao longo do tempo;
  • Auxiliam o gestor a fazer ajustes e a manter-se no caminho certo;
  • Auxiliam a resolver problemas e a aproveitar oportunidades.

Para medir o desempenho das tácticas, associe o orçamento aos indicadores e ao tempo previsto. 

Os indicadores têm de ter visão gerencial, ser fácil de perceber, para a tomada de decisão.

Resumo Executivo

Escreva um resumo de uma página do seu Plano de Marketing e dê a ler à sua equipa para obter feedbacks.

Esse resumo executivo do Plano de Marketing deve conter a análise, os objetivos, as estratégias, as ferramentas, o orçamento, os recursos e outros elementos que julgar importantes.  

Não existe Plano de Marketing perfeito

O Plano de Marketing é uma poderosa ferramenta de gestão que mantém a competitividade da empresa no seu mercado de atuação.

Não espere pelo plano perfeito, pois ele não existe.

Faça agora o que for capaz e implemente.

Aprenda e corrija rapidamente, ajustando o Plano de Marketing de acordo com a sua realidade.

Aterre, revise e comece de novo.

Esteja preparado para atualizar o Plano de Marketing sempre que necessário.

A importância do Google My Business na sua empresa

Sandra Caravana
Copywriter

Para fins educativos, vamos imaginar que temos um pequeno negócio. 

Pratica algum desporto? Sim? Boa. Acabou de criar uma marca de sportswear

A sua buyer persona é a Ana, mulher de 25 anos, account manager num escritório no Parque das Nações, que vai ao ginásio às 7 am. 

Qual é a dor da Ana? Precisa de roupa de desporto respirável e leve, que não se estrague com as lavagens diárias. Ana anda o dia todo com a mochila às contas. 

E assim acabamos de criar a Super Legging.

Sandra Caravana
Copywriter

Para fins educativos, vamos imaginar que temos um pequeno negócio. 

Pratica algum desporto? Sim? Boa. Acabou de criar uma marca de sportswear

A sua buyer persona é a Ana, mulher de 25 anos, account manager num escritório no Parque das Nações, que vai ao ginásio às 7 am. 

Qual é a dor da Ana? Precisa de roupa de desporto respirável e leve, que não se estrague com as lavagens diárias. Ana anda o dia todo com a mochila às contas. 

E assim acabamos de criar a Super Legging.

Decidimos que vamos criar uma loja online, contratamos uma agência de publicidade e marketing digital e… estamos no ar!

Na web. Na rede. Nas redes sociais.

Agora é só esperar que entrem na nossa loja online.

E esperamos. 

Entra o nosso primo web designer. Não vai comprar. Só quer ver se o nosso site está otimizado para mobile

Fonte: Foto de Fauxels, Pexels

Entra a nossa tia. Várias vezes em pouco tempo. Alguém lhe disse que teríamos mais sucesso com várias visitas ao site. 

Onde estão os nossos clientes?

Eles e elas existem e também estão na web à nossa procura. Estão neste momento no motor de pesquisa Google a escrever ‘leggings para ginásio’. 

Mas a Super Legging está sem perfil no Google My Business. Ainda. 

O que é o Google My Business?

O Google My Business permite que o seu negócio chegue ao local onde os seus clientes estão. 

É mais uma plataforma gratuita do Google. 

Com o Google My Business, as empresas podem criar perfis informativos com:

  • Localização
  • Horário de funcionamento
  • Contacto telefónico e e-mail
  • Promoções pontuais
  • Fotografias 

Esta é a ajuda que o Google vai dar à nossa empresa para aumentar a visibilidade online

Quando os utilizadores procuram por empresas ou serviços locais no Google, as empresas que estão registadas no Google My Business aparecem nas SERP’s (resultados de pesquisa), fornecendo informações importantes sobre a empresa e seus serviços. 

Pausa para…

Porquê aparecer no Google?

O Google domina com 94% de todo o tráfego orgânico na internet. É capaz de fornecer 22 recursos além da palavra original. Está no topo da lista – sem grande concorrência – de mecanismos de pesquisa, seguindo-se Amazon e Yahoo!. 

Há mais motores de pesquisa? Claro que sim. Pode e deve usá-los. O DuckDuckGo, por exemplo, é reconhecido por priorizar a privacidade do utilizador.

Fonte: Wikipédia

No caso da nossa empresa, a Super Legging, não procuramos privacidade, mas sim alcance. E clientes. E vendas. 

E por isso voltamos ao Google My Business. 

O que preciso para ter a minha loja online no Google My Business?

  1. Ter conta Google: aspecto, obviamente, obrigatório em qualquer ferramenta do Google. 
  2. Terá de fornecer algumas informações básicas sobre sua empresa, incluindo o nome da empresa, endereço e número de telefone.
  3. Passará pela cada vez mais importante verificação de conta. Existem várias opções para fazer isto, como receber um código de verificação no seu e-mail ou telemóvel. Nunca ignore o passo 3.
  4. Feito. Pode aceder e gerir o seu perfil no Google My Business.
Fonte: Google Support

 

Nunca se esqueça de manter todas as informações atualizadas! Ajudará a melhorar a visibilidade da sua empresa nas pesquisas do Google. Imagine o que é pensar que o seu restaurante preferido está aberto no feriado de 1 de maio. Dirige-se lá e… restaurante fechado. Por saber que muitas das vezes os empresários não comunicam as exceções à regra, o Google já lança um aviso, com direito a lettering encarnado, que existe a possibilidade de os resultados da sua pesquisa de ‘Restaurantes em Braga’ estarem fechados a 1 de maio. 

Como optimizar o perfil no Google My Business em 6 passos:

  1. Adicione informações completas e precisas. Certifique-se de que todas as informações sobre a sua empresa, incluindo o nome da empresa, endereço, número de telefone e horário de funcionamento, estejam corretas e atualizadas. Inclua também informações detalhadas sobre seus produtos e serviços.
  2. Adicione fotos de alta qualidade. As fotografias são uma ótima forma de destacar a personalidade da sua empresa e mostrar aos clientes o que eles podem esperar quando visitam sua empresa. Uma boa fotografia (de qualidade e bem construída) atrai o público. É um investimento com retorno para empresas como a Super Legging, que vende produtos. 
  3. Responda às avaliações dos clientes. Podem afetar significativamente a reputação da sua empresa. Não devem ser ignoradas ou apagadas. É um fator de comunicação. 
  4. Utilize as categorias de negócios corretas. Ajudará a garantir que sua empresa apareça nos resultados de pesquisa corretos. 
  5. Adicione um link para o site da sua empresa. É bom ter a informação na primeira página do Google, mas o grande objetivo é ter tráfego para o seu site. 
  6. Adicione informações sobre eventos e promoções. Partilhe essas informações com o Tio Google. 
Fonte: Pixabay

Estou a perceber que apresenta alguma resistência em criar perfil no Google My Business pelo anterior ponto 3: as avaliações (públicas) dos clientes/utilizadores. As críticas dos seus clientes podem fornecer feedback valioso para a sua empresa. Pode responder às críticas, o que pode ajudar a ganhar a confiança dos clientes.

Não sejamos pessimistas: não serão sempre reclamações. Uma avaliação 5 estrelas, um comentário positivo e com recomendação para os utilizadores Google, pode causar a diferença na sua empresa. As avaliações e reviews influenciam a decisão dos clientes, aumentam a visibilidade e são um feedback útil. Incentive os seus clientes/utilizadores a deixar avaliações e reviews na sua página do Google My Business. Quando receber notificações de avaliações publicadas no seu perfil, não entre em pânico!

  1. Responda a todas as avaliações. Positivas ou não. Mostre ao seu cliente que o escuta. Agradeça sempre pelas reviews positivas, mesmo que não tenha nada a acrescentar. 
  2. Mantenha uma comunicação profissional, nunca levando as críticas para o lado pessoal. 
  3. Ofereça soluções. Esteja disponível para opções mais criativas. 
  4. Acompanhe as avaliações regularmente. Tenha espírito empreendedor e tire um curso de gestão de conflitos e comunicação de crise. 

Aproveite todo o pacote Google, aliando o Google My Business com o novo Google Analytics 4 (GA4). Lembre-se sempre de se manter atualizado face às alterações que estas ferramentas vão sofrendo: todas as alterações existem com o objetivo de melhor promover o seu negócio. Algumas destas alterações são responsáveis por uma maior lista de categorias onde pode incluir o seu negócio – algo que já vimos neste artigo como é importante, principalmente quando estamos a falar de um serviço local, como pet care, serviços de canalização e electricidade e até serviços de pintura. 

“Home service providers can earn a Google Guarantee badge, while non-home providers can earn a Google Screened or License Verified by Google badge to display on their ads. These badges help potential customers feel confident booking your services, knowing you’re a fully licensed and vetted, Google-backed business.” – Social Media Today, march 7, 2023. 

 

São os chamados Anúncios de Serviços Locais que aparecem em destaque para os seus serviços na parte superior das SERP’s, com o objetivo de direcionar chamadas telefónicas, mensagens e agendamentos diretos para o serviço em questão. Enquanto empresa, só paga se o utilizador efetivar um contacto a partir desse anúncio. 

Fonte: Pixabay

O Google My Business é uma ferramenta poderosa para empresas locais que desejam aumentar sua visibilidade online e alcançar mais clientes. Ter um perfil no Google My Business não é o suficiente para se destacar num mercado cada vez mais competitivo. É necessário otimizar o perfil para garantir que ele seja exibido nas pesquisas relevantes e atrair a atenção dos utilizadores.

Como adaptar a sua escrita para alcançar o público certo em diferentes plataformas de comunicação

Catarina Alves de Sousa
Social Media Manager & Content Writer

Se, num post que encontramos nas redes sociais, a imagem correspondesse a um rosto humano, o copy corresponderia à sua voz. Cada copy – tal como cada voz humana – é único e uma arte composta por 50% de storytelling, 50% de capacidade de venda. E como se costuma dizer, “cada macaco no seu galho”, para cada plataforma, uma estratégia diferente. Vejamos como adaptar o copy a cada canal de marketing.

Catarina Alves de Sousa
Social Media Manager & Content Writer

Se, num post que encontramos nas redes sociais, a imagem correspondesse a um rosto humano, o copy corresponderia à sua voz. Cada copy – tal como cada voz humana – é único e uma arte composta por 50% de storytelling, 50% de capacidade de venda. E como se costuma dizer, “cada macaco no seu galho”, para cada plataforma, uma estratégia diferente. Vejamos como adaptar o copy a cada canal de marketing.

De uma forma romântica, podemos descrever o copywriting como a arte de tecer palavras com mestria, transformando-as em mensagens envolventes e persuasivas que captam a atenção do público, evocando emoções, despertando desejos e conduzindo os leitores a uma ação específica. O copywriter é um artesão das letras, habilmente moldando frases para contar histórias, vender ideias e criar conexões duradouras entre marcas e seus consumidores.

De uma forma mais objetiva, o copywriting é a habilidade de criar textos persuasivos que visam convencer o leitor a tomar uma ação específica, como comprar um produto, inscrever-se numa mailing list ou descarregar uma aplicação. É uma forma de escrita voltada para a venda, mas idealmente sem ser demasiado óbvio.

“Copywriting is the art and science of writing words that sell.” – Joseph Sugarman

 

Uma das chaves para o sucesso do copywriting é adaptar o tom e o estilo do discurso para diferentes meios. O que funciona bem numa campanha de email marketing pode não ser tão eficaz num anúncio do Facebook, por exemplo. Vamos, de seguida, explorar algumas técnicas de copywriting para diferentes plataformas.

Copywriting para Redes Sociais

As redes sociais são um dos principais canais de comunicação utilizados pelas marcas para criarem conexão com os seus clientes e potenciais consumidores. É por isso que as técnicas de copywriting são tão importantes neste meio. Aqui estão algumas dicas para criar conteúdo persuasivo e envolvente para as redes sociais:

  • Conhecer o público-alvo: antes de começar a criar conteúdo para as redes sociais, é importante saber quem é o seu público-alvo. Pesquise e entenda os interesses, hábitos e necessidades dos seus seguidores para criar conteúdo que ressoe com eles.
  • Respeitar o tom de voz da marca: o tom de voz de uma marca é um componente essencial da sua identidade e personalidade, pois reforça a personalidade da marca, ajudando a comunicar seus valores, missão e propósito de forma mais eficaz. Algumas marcas terão um tom de voz mais divertido e casual, enquanto outras terão um tom mais formal e distante. Entender o tom de voz da marca para a qual se está a criar o copy, é essencial para escrevê-lo de forma bem sucedida.
  • Usar uma linguagem clara e direta: nas redes sociais (como em quase tudo hoje em dia, na verdade), as pessoas têm pouco tempo e muitas distrações, pelo que é importante usar uma linguagem clara e direta, que vá direto ao ponto e capte a atenção do leitor. Copies concisos, pouco extensos são os que funcionam melhor, especialmente nas redes sociais.
  • Contar histórias: as pessoas adoram histórias, pelo que deve usar o poder do storytelling para envolver os seguidores e estabelecer uma conexão emocional entre eles e a marca. Conte histórias que ilustrem como o produto ou serviço em questão pode ajudar a resolver os problemas do seu público-alvo.
  • Ser criativo: um copywriting criativo permite que a marca mostre sua personalidade, o que ajuda a humanizá-la e a estabelecer ligações emocionais com o público-alvo. Além disso, o copy extremamente criativo favorece o engagement e partilhas das publicações.

Fonte: Instagram Control Portugal, Instagram Super Bock

 

As imagens acima são dois bons exemplos da importância do copywriting em publicações nas redes sociais. Neste caso, ambas as marcas possuem um tom de voz bastante jovem, descontraído e humorístico, pelo que recorrem a brincadeiras e trocadilhos com frequência. Nestes dois casos, sem o copy, seriam apenas duas imagens banais. Com copy… a história é outra, mas o final feliz envolveu milhares de interações.

As redes sociais são um terreno fértil para o copywriting. O segredo é entender o público de cada conta ou marca e adaptar o discurso em conformidade.
E por falar em entender o público, não podemos esquecer que cada rede social tem um público e uma identidade diferentes.

No LinkedIn, por exemplo, o público é mais profissional e espera conteúdo mais sério e informativo. Os utilizadores do Instagram, por outro lado, são mais orientados para o visual e esperam um conteúdo mais criativo e envolvente.

Algumas diferenças entre copywriting para Instagram e para LinkedIn:

  • Audiência: a audiência do Instagram é mais jovem e mais visualmente orientada do que a audiência do LinkedIn, que é mais profissional e orientada a negócios.
  • Linguagem: o copywriting para o LinkedIn deve ser mais formal e profissional do que o copywriting para o Instagram, que pode ser mais informal e pessoal.
  • Conteúdo: o conteúdo do LinkedIn deve ser informativo e educacional, enquanto o conteúdo do Instagram pode ser mais inspirador e emocional. No Linkedin, é também mais usual as marcas e empresas fazerem publicações que não falam dos seus produtos e serviços, mas que são mais orientadas para conteúdo de empresa e de equipa.
  • Formato: o Instagram é uma plataforma visual, o que significa que o copywriting para o Instagram deve ser adaptado para acompanhar imagens e vídeos, enquanto o copywriting para o LinkedIn pode ser mais focado em texto.
  • Call to Action: os CTAs para o LinkedIn devem ser mais orientados para negócios (“candidate-se à nossa vaga de emprego”, “conheça as nossas posições em aberto”, enquanto as chamadas para ação para o Instagram podem ser mais informais e pessoais.
  • Hashtags: as hashtags são importantes tanto para o Instagram quanto para o LinkedIn, mas as hashtags para o LinkedIn devem ser mais voltadas para negócios, enquanto as hashtags para o Instagram podem ser mais amplas e gerais.
  • Objetivos: O objetivo do copywriting para o LinkedIn é geralmente gerar leads, enquanto o objetivo do copywriting para o Instagram pode ser construir a marca e envolver os seguidores.

Para resumir, o copywriting nas redes sociais tem tudo a ver com entender quem queremos alcançar e impactar, “falando” de forma simples e objetiva, soltando a criatividade, contando histórias interessantes e sempre testando e ajustando a nossa abordagem ao público-alvo e à audiência predominante naquela rede social.

Email Marketing

O email marketing é uma das ferramentas de Marketing mais poderosas. Aqui também, a chave é captar a atenção do leitor logo de cara. Isso pode ser feito com um assunto atrativo e um primeiro parágrafo cativante. A partir daí, o conteúdo deve ser conciso e direto ao assunto, com um CTA claro para a ação no final.

Aqui listamos algumas técnicas de copywriting que pode pôr em prática para criar campanhas de email marketing eficazes:

  • Crie um assunto interessante: o truque para aumentar a taxa de abertura de um email é escrever um assunto que dê vontade de clicar.
    Tenha em mente alguns fatores ao escolher o assunto de uma campanha de email:
  1. Comprimento: A investigação indica que as linhas de assunto curtas têm a melhor taxa de abertura. Isto acontece provavelmente porque a maioria das pessoas lê e-mails nos seus dispositivos móveis. Se a linha de assunto do seu e-mail for longa, pode parecer excelente num computador, mas os utilizadores de dispositivos móveis não vão ver a história toda – e muito provavelmente não vão clicar nela.
  2. Escolha de palavras: Utilize verbos de ação na sua linha de assunto. Isto vai ajudar os subscritores a perceber o que devem fazer mesmo antes de abrirem o e-mail.
  3. Mantenha-o pessoal: ao utilizar nomes de pessoas reais nos campos “para” e “de”, terá taxas de abertura mais elevadas. O e-mail é um meio pessoal, por isso, trate-o dessa forma. É mais agradável para os leitores verem um e-mail na sua caixa de entrada com o seu nome e há formas automáticas de incluir o nome dos seus subscritores em cada email ou campanha.
  • Não se esqueça da pré-visualização de texto: no que diz respeito à escrita de e-mails, a pré-visualização de texto é muito semelhante a um tweet antes do Twitter aumentar o limite de caracteres. Tinha apenas alguns caracteres para despertar o interesse dos utilizadores e fazê-los ler para além da linha de assunto.
    Para os utilizadores de dispositivos móveis, este texto de pré-visualização ajuda-os a decidir se vale ou não a pena abrir o e-mail. Eis como ficam alguns emails num típico dispositivo móvel, apresentando trechos de alguns especialistas de destaque, incluindo Talia Wolf, uma especialista líder em conversão:

    Fonte: Campaign Monitor


  • Faça do copy uma conversa com o utilizador: a escrita de e-mails precisa ser pessoal se quiser que converta. Essa é a conclusão final. Em vez de escrever para centenas, milhares ou milhões de pessoas, imagine que está a escrever o e-mail para uma única pessoa. Finja que está a falar diretamente com um amigo ou com um cliente. Informe-o sobre as coisas emocionantes que deseja contar e explique o que quer que faça. Mantenha uma conversa.

    Este e-mail da The Royal Children’s Hospital Foundation usa as palavras “eu” e “tu” para ajudar o e-mail a parecer uma conversa pessoal entre dois amigos. Deixa claramente o leitor saber como pode ajudar e agir.

    Fonte: Campaign Monitor

     

    • Mantenha o corpo do email o mais conciso possível: Se estiver a escrever centenas de palavras no seu e-mail, não estará a seguir a melhor estratégia. Vá direto ao assunto: informe os seus subscritores sobre o que se passa e o que quer que eles façam.
      Parta o seu texto com muito espaço em branco: blocos enormes de texto farão com que os leitores cliquem no botão “voltar atrás”. Use listas com marcadores, frases curtas e perguntas conforme necessário para transmitir a sua mensagem.
Fonte: Mint

 

  • Certifique-se de que o conteúdo é relevante:

Da mesma saga “reuniões que podiam ser emails”, também existem emails que podiam ser posts de redes sociais ou artigos de blog. Sempre que considerar montar uma campanha de email marketing, certifique-se de que o tema é relavante para quem o vai receber, tendo sempre em conta que o email é, na verdade, uma caixa de correr, embora digital, e ninguém gosta de receber publicidade na caixa de correio sem que, com ela, venha algum benefício claro.

“Copy is a direct conversation with the consumer.” – Shirley Polykoff

Copywriting para Anúncios

Os anúncios são outra área onde o copywriting pode fazer uma grande diferença. O segredo é tornar o discurso relevante para o público-alvo. Isso pode ser feito com mensagens personalizadas que se conectam com os desejos e necessidades do consumidor. A utilização de técnicas de storytelling também pode ser eficaz para prender a atenção do usuário e fazer com que ele queira saber mais.

  • Conheça o seu público-alvo: antes de criar um anúncio, é importante conhecer o seu público-alvo. Entenda os seus desejos, as suas “dores”, necessidades e problemas para criar uma mensagem que ressoe com eles.
  • Crie uma mensagem clara e direta: os anúncios online têm pouco tempo para captar a atenção do público, por isso é importante criar uma mensagem clara e direta, que vá direta ao ponto e mostre os benefícios do seu produto ou serviço.
  • Use palavras que evoquem ação: use palavras de ação no seu anúncio para incentivar o público a agir. No entanto, tente focar-se em CTAs que reflitam mais a necessidade dos utilizadores e menos ações demasiado diretas no sentido comercial.
  • Ofereça um benefício: os consumidores querem saber o que há de bom para eles, então é importante destacar os benefícios do seu produto ou serviço. Use palavras que destaquem o valor que você está oferecendo.

O exemplo abaixo é um anúncio do Doutor Finanças no qual optaram por colocar uma questão comum a vários portugueses com a premissa de resposta após o clique. O objetivo deste anúncio é o de captação de leads através do preenchimento de um formulário que se encontra dentro do artigo para onde esse anúncio encaminha. Nesse artigo, respondem à questão feita no anúncio, criando um momento win-win, tanto para o utilizador como para a própria empresa, no caso de lead captada.

Fonte: Doutor Finanças

 

  • Use testemunhos ou depoimentos: os depoimentos de clientes satisfeitos podem ser uma ferramenta poderosa para persuadir outros consumidores a fazer negócio com uma marca ou para desbloquear uma compra pendente de dúvidas. Use citações de clientes satisfeitos ou depoimentos para reforçar a credibilidade da marca.

A importância de não subestimar o poder da palavra escrita

Em conclusão, é fundamental entender que as imagens não funcionam sozinhas, especialmente quando se trata de copywriting para canais de marketing. A palavra escrita tem um poder inegável de persuasão e impacto, capaz de criar conexões emocionais com o público-alvo. Ao trabalhar em conjunto com as imagens, o copy pode ajudar a criar uma mensagem mais clara e consistente, reforçando a identidade da marca e aumentando a probabilidade de conversão.

Assim, é essencial dedicar tempo e esforço a criar copy que transmita a mensagem correta para cada público-alvo, tendo em consideração o canal de marketing em que será veiculado. Além disso, é importante lembrar que a palavra escrita tem um poder imenso e que pode ser a chave para o sucesso de uma campanha de marketing efetiva. Investir em copywriting bem elaborado pode ser um diferencial importante para se destacar num mercado cada vez mais competitivo.

Se chegou ao final deste artigo e está empenhado em aprender mais sobre como o copywriting eficaz pode ajudar a elevar a sua marca ou negócio, não deixe de ler também o nosso artigo “Como criar uma audiência através do copy”.

A Inteligência Artificial ao serviço da criação de conteúdos

Sandra Caravana
Copywriter

Prós e contras de 9 ferramentas de IA na criação de conteúdo 

Criadores/as de conteúdo, copy e content writers, designers, músicos e tudo e tudo e tudo… o fim está próximo!

Está?

Não. Podem respirar.

Sandra Caravana
Copywriter

Prós e contras de 9 ferramentas de IA na criação de conteúdo 

Criadores/as de conteúdo, copy e content writers, designers, músicos e tudo e tudo e tudo… o fim está próximo!

Está?

Não. Podem respirar.

Nos últimos anos, a Inteligência Artificial (IA) tem vindo a desempenhar um papel cada vez mais importante na criação de conteúdos para várias plataformas e canais. 

Com a ajuda de algoritmos e aprendizagem automática e deep learning, a IA permite que as empresas produzam conteúdos personalizados e relevantes em grande escala. 

Tudo o que é feito/criado/alterado com os pressupostos de IA tem como objetivo criar máquinas e/ou software que pudessem realizar tarefas que normalmente requeriam inteligência humana. 

Nos anos 60 e 70, a IA experimentou um grande progresso, com o desenvolvimento de linguagens de programação especializadas para a criação de sistemas de IA e a criação de programas que podiam jogar xadrez e resolver problemas matemáticos complexos. 

Mudando de século, transcendemos de jogos para assistentes virtuais: Siri, Alexa e Google Assistant (aqui só não foram criativos a escolher o nome).

Fonte: Tek4life

 

Hipócrita seria dizer que somos contra a IA. 

Quantas opções tem a sua máquina de lavar roupa? E o seu aspirador, já anda sozinho? 

É a evolução natural do mundo, por vezes assustadora, por vezes cheia de potencial e esperança. Principalmente no mundo da medicina.

Mas no mundo dos criadores de conteúdo: será creepy ou promissor?

Criadores de conteúdo: nova profissão?

Sim.

Mas então o que é conteúdo? 

O conteúdo é rei. 

Criar conteúdo para o mundo digital passa por criar textos, imagens, vídeos, áudio ou juntar todas estas formas de comunicação. E isto é tudo feito com um objetivo: publicidade, informação e/ou entretenimento. 

São estas ferramentas de comunicação que nos fazem comprar um artigo, aderir a um serviço, aumentar o nosso conhecimento (tendo preferencialmente uma plataforma de fact checking, mas isso são outros quinhentos) ou nos fazem rir. 

Vejamos o exemplo dos podcasts:

Por definição, podcast é um conteúdo em áudio, semelhante a um rádio. A diferença é que está disponível para ouvir quando o/a utilizador/a quiser, pois não exige ser em direto. Podemos dizer que têm na sua base o conceito de audio marketing. Em Portugal, é usado essencialmente para entrevistas, mas há quem use esta plataforma para aulas, desabafos e até auxiliares de meditação. Seja para que objetivo for, é um sucesso. O que é que sucede? Os criadores de conteúdo decidiram transcender o podcast para a plataforma de vídeo. Assim, raro é o podcast de entrevistas que não seja filmado e possa ser visualizado no YouTube.

Mas esta viagem não tem só um sentido: há rubricas de rádio e programas de TV que disponibilizam o seu conteúdo para podcast

Cabe também aos criadores de conteúdo perceber em que plataformas faz sentido estar. E de uma boa análise, cresceu o sucesso dos podcast. Até porque se podem ouvir no carro, atrevendo-me a dizer que é uma questão de UX – ouvimos e conduzimos.

Fonte: Pixabay

E como divulgamos um podcast de uma entrevista de uma hora, com vídeo no YouTube, nas redes sociais? Criando publicações com short videos – quando estes fazem parte da estratégia. Mas é preciso estratégia para fazer um podcast? Sim. E um script também. Mesmo que as perguntas não sejam combinadas (como numa entrevista política), o fio condutor de qualquer conversa tem de ser estável para que ninguém comece a divagar. 

Tudo isto é conteúdo, incluindo o script. Mais a edição do áudio e do vídeo. Bem, isso é conteúdo e talento.

Para ter o nosso episódio de uma hora ‘no ar’, são necessárias 24h de edição, filmagens e escrita. Se ao menos existisse algo que otimizasse esse tempo…

Há. Chama-se Inteligência Artificial. A missão da IA é poupar tempo. Fazer as coisa mais rápido – não necessariamente melhor. 

Sim, a conversa do momento, só que não é do momento.

homem sem rosto Fonte: Pixabay

 

Quem se lembra do Facebook? Pois, está assente na IA. 

O Facebook revolucionou as relações digitais porque não existia nada assim. Nem o mirc. Tudo o resto, tudo o que veio após Facebook, mesmo Instagram, tem por base a mesma estratégia digital, algo a que estamos habituados/as a chamar algoritmo – esse demónio! 

A noção de redes sociais possibilitou um rebranding ao marketing.

publicidade antiga 7upFonte: 7Up

Hoje, fazemos publicidade usando #pub, com vídeos na vertical com 15 segundos, máximo. Deixem nos comentários a melhor publicação de vendas que viram no Instagram. 

Há plataformas/ferramentas/sites/aplicações para ajudar a criar qualquer tipo de conteúdo. 

Os mais famosos auxiliares de criação de conteúdo são:

ChatGTP 

Desde o seu lançamento no final de 2022, o Chat mais famoso evoluiu bastante, podendo agora criar tabelas enquanto conversa connosco. Já estão disponíveis alguns cursos de ChatGPT, para tirarmos partido de todas as suas funções. A ferramenta é altamente intuitiva (até o WhatsApp pode ser mais difícil de explicar aos nossos avós), mas há sempre aquele truque ou atalho que justifique dar formação. Também já se pode encontrar à venda template de prompts, adequados a cada objetivo: vendas, criação de conteúdo escrito… Para saber mais sobre esta ferramenta, link na bio. Estou a brincar! O ChatGPT usa a tecnologia subjacente a muitas das ferramentas deste artigo.

Para os/as criadores/as de conteúdo: conseguem fazer o copy de 10 publicações em menos de 10 minutos. Muito útil para vender algum produto ou serviço, com ou sem #pub. 

Cool, but… Podemos dar um nome ao chat? António Pedro, por exemplo. Trate o ChatGPT como um amigo que chegou agora do Luxemburgo: é preciso dar contexto para que as 10 publicações não sejam iguais. As mais criativas agências de publicidade gostam de pessoas… criativas. Dizem por aí que já existem aplicações que detetam textos escritos por IA. Ou seja, uma ferramenta de IA para detetar uma criação de IA. 

CANVA 

Já não há um estudante neste país que use o PowerPoint. O Canva é o melhor amigo do/a criador/a de conteúdo que não é designer. E mesmo para os designers, faz um jeitinho de ter conta no site – nem que seja para inspiração. São muitos os cursos que ensinam todas as ferramentas e ferragens do Canva, truques e dicas. 

Para os/as criadores/as de conteúdo: não precisam de ter qualquer formação em design. 

Cool, but… Quem usa Canva, reconhece os templates. As publicações patrocinadas sem personalização parecem todas iguais. O melhor será mesmo investir num plano PRO. Vale bem a pena quando tem edições de imagem para fazer.

STABLE DIFFUSION

Prompts para imagens. Um Pixabay evoluído. 

Para os/as criadores/as de conteúdo: quando os bancos de imagens não respondem aos objetivos, estas plataformas de IA respondem. 

Cool, but… Não tem uma usabilidade intuitiva. 

DALL-E

Uma imagem que parece um desenho, uma obra de arte! É espantosa a qualidade das imagens criadas por esta ferramenta. A nova versão altera o tamanho e formato das imagens, conseguindo assim usar a mesma imagem. Pode usar um formato quadrado e pedir para expandir para um formato retangular. Há espaço para preencher? A Dall-E trata do assunto. 

Para os/as criadores/as de conteúdo: permite a geração automática de imagens altamente personalizadas e criativas com base em descrições de texto. Estas imagens altamente personalizadas e criativas podem ser usadas para uma variedade de fins, como ilustrar histórias, criar anúncios ou gerar conteúdo de marketing.

Cool, but… É só cool. Irá ser usada para ilustrar livros infantis? Fazer poster de filmes? Talvez. 

Ever wish the “Mona Lisa” was a bit bigger? The image generator DALL-E can handle that. The outpainting feature expands images, using AI to expand the edges of an image. 

SOUNDRAW

Quem diz criar imagens, diz criar música. 

Para os/as criadores/as de conteúdo: acabaram-se as stories bloqueadas por causa dos direitos de autor. Pode ser um auxílio para muitos músicos com menos recursos, tal como o YouTube. Pode criar o jingle do seu podcast

Cool, but… Ficará tudo demasiado computadorizado? 

UNREALPERSON

E se imagens não reais criassem pessoas não reais? E gatos? A internet adora gatos. #thispersondoesnotexis 

Os rostos são o resultado de imagens criadas por IA, pelo que se pode certificar de que esta pessoa não existe. É semelhante em funcionalidade a um cérebro humano enquanto tenta lembrar e imaginar a rapariga ou o rapaz que viu no mês passado.

Para os/as criadores/as de conteúdo: perfeita para quem não se quer expor. Carlos, já pensaste nisto? 

Cool, but… Não faz lembrar aquele filme?

Fonte: Filme Her

CapCut

À imagem do Canva, este editor de vídeo parece básico, mas… cria legendas automáticas. Não perfeitas, mas quase lá. Faz mil e uma outras coisas, mas esta funcionalidade tão importante está à distância de um click (perdoem-me o clichê). Torna tudo logo tão mais inclusivo. 

Para os/as criadores/as de conteúdo: é o editor de vídeo perfeito para dummies. 

Cool, but… Será que sou a única a precisar muito mais de uma formação para edição de vídeos do que para usar o ChatGPT?

MURF

Já temos imagens e música artificiais, agora temos vozes. Este serviço sofisticado pode criar um discurso com sons muito naturais a partir de texto em 120 vozes e 20 línguas. A mais recente atualização é o Voice Cloning, onde o serviço irá tentar clonar vozes humanas.

Para os/as criadores/as de conteúdo: uma grande ajuda para a locução de vídeos. 

Cool, but… É importante que tenha qualidade. Caso contrário, o sentimento que um computador está a falar connosco pode arruinar as métricas de um ad

linguagem e comunicação inclusiva Fonte: Pexels

DeepL

Apresenta-se como o melhor tradutor do mundo. Bem… é de facto melhor que o Google Tradutor. 

Para os/as criadores/as de conteúdo: facilita o acesso à informação.  

Cool, but…ter um/a amigo/a tradutor seria o ideal. 

Para pesquisar mais tarde:

Análise de hashtags no instagram e Twitter: Hashtagify – mas vou só criar aqui o pânico com a ideia que o uso de # não afeta o alcance. 

Testar e avaliar títulos: Headline Studio 

Correcção gramatical e ortográfica: Grammarly 

Na vertente da comunicação inclusiva, podemos usar a NaturalReader para ler textos em fotografias, pdf e até e-books.

O que têm em comum todas estas ferramentas? Elas evoluem através do deep learning

Deep learning é uma área da IA que se concentra no desenvolvimento de algoritmos capazes de aprender a partir de grandes conjuntos de dados e, em seguida, aplicar esse conhecimento para realizar tarefas específicas.

Estas redes neurais profundas são projetadas para imitar a forma como o cérebro humano funciona, aprendendo e ajustando os seus parâmetros à medida que se processam grandes quantidades de dados. Com o tempo, a rede neural é capaz de identificar padrões e características em dados complexos, permitindo que ela faça previsões ou classificações precisas em novos dados.

Agradecemos ao deep learning, ou redes neutrais, pela Siri, pelo reconhecimento de vozes, pelo reconhecimento facial e por todas as aplicações e ferramentas mencionadas neste artigo.

ligações do cérebroFonte: TechTalks

Cool, but…
O Facebook nasceu com o objetivo de unir pessoas, aproximar estudantes, melhorar as relações humanas através de uma rede no computador. Ninguém imaginou, na altura da sua criação, que iria ser usado como disseminador de fake news. Se não somos cautelosos ao introduzir os inputs e prompts em sistemas de tradução e criação de textos, o resultado pode ser catastrófico.

Para uma reflexão inquietante, mas cómica, sugiro que veja este vídeo na sua pausa de almoço.
Alguns parágrafos deste texto foram escritos pelo ChatGPT. Desafio a descobrirem quais.

Como criar e definir o seu público-alvo nas redes sociais?

Sandra Caravana
Copywriter

Quando estudamos marketing, há uma palavra presente em todos os módulos: estratégia.

Estratégia, estratégia, estratégia. Keyword mais relevante e com mais alcance. Em todos os pontos, em todas as frentes, digital ou placa de vendas, é preciso estratégia. Que é como quem diz: não se faz nada sem objetivos bem definidos. Nada. 

Mas a estratégia anda nas ruas do marketing sozinha? Não. 

Anda, claro, de mãos dadas com os objetivos e do público-alvo. 

Queremos vender a todas as pessoas que existem no planeta terra? 

Queremos vender ao nosso público-alvo. Mas quem é o público-alvo?

Sandra Caravana
Copywriter

Quando estudamos marketing, há uma palavra presente em todos os módulos: estratégia.

Estratégia, estratégia, estratégia. Keyword mais relevante e com mais alcance. Em todos os pontos, em todas as frentes, digital ou placa de vendas, é preciso estratégia. Que é como quem diz: não se faz nada sem objetivos bem definidos. Nada. 

Mas a estratégia anda nas ruas do marketing sozinha? Não. 

Anda, claro, de mãos dadas com os objetivos e do público-alvo. 

Queremos vender a todas as pessoas que existem no planeta terra? 

Queremos vender ao nosso público-alvo. Mas quem é o público-alvo?

Público-alvo VS Persona 

Público-alvo é o segmento de utilizadores/consumidores para quem se deve direcionar as estratégias. São as pessoas que têm uma maior probabilidade de estarem interessadas no seu produto ou serviços. São os utilizadores/consumidores que têm algo em comum com a sua marca, que se identificam com a sua voz. É um grupo de potenciais clientes. A definição do público-alvo é resultado do processo de segmentação de mercado, que identifica esses grupos de consumidores com características afins.

Já uma persona é a personificação do público-alvo. É uma personagem fictícia que representa o cliente ideal do seu negócio. É o avatar da sua loja online. É a Madalena, 40 anos, mãe de 4 crianças, influencer de profissão com uma casa nova a precisar de muitas obras. 

Por que razão é importante distinguir estes dois conceitos? 

Porque ao definir a estratégia sobre a audiência, não nos devemos focar na persona, embora não a possamos ignorar. A estratégia de marketing foca-se no público-alvo, estejamos a falar de uma loja física ou nas redes sociais, estejamos a falar em vendas ou na construção de uma comunidade

Pegue numa folha, no seu bloco de notas físico ou digital, abra um excel… como preferir. Escreva as características do seu público-alvo. Escreva a quem quer chegar. Caracterize a sua comunidade. Fale das pessoas que gostava que fossem suas clientes, de como gostava que esses clientes agissem na sua loja. 

Seja ainda mais específico/a: qual o valor do carrinho médio ideal? Quem irá comprar o produto estrela da sua loja ou quem irá escolher o serviço base (aquele que quase nunca dá lucro, mas que convém ter sempre presente para criar carteira de clientes)? 

Podem ler mais sobre persona aqui e aqui. Hoje, o foco está no público-alvo e nas redes sociais. 

Em que redes sociais estamos?

Todas. Facebook, Youtube, WhatsApp, Instagram, LinkedIn, Pinterest, Twitter, Twitch, TikTok. 

O estudo da We Are Social Digital 2023 Portugal mostra que a faixa etária com mais utilizadores de redes sociais é dos 25-34 anos.

Fonte: We Are Social Digital 2023 Portugal 

Qual é a rede social mais usada, neste momento, em Portugal? WhatsApp. É mais uma plataforma do que uma rede, mas enquadra-se bem no propósito da rede social: não é para partilhar a fotografia do recém-nascido com o mundo, mas para a fotografia chegar mais rápido à família. O WhatsApp soube atualizar-se às necessidades da população, tendo uma versão profissional. Recentemente, disponibilizou a opção de criação de comunidades, com o objetivo de ter conversas com um maior número de utilizadores: bom para negócios, bom para escolas e para famílias. 

Fui Fact: o WhatsApp tem a opção de bloquear o envio de mensagens – só o administrador do grupo pode escrever; os restantes membros podem visualizar e reagir com emojis. Voltando ao mesmo exemplo: ótimo para quando vem mais um bebé para a família.

Fonte: We Are Social Digital 2023 Portugal 

Mas é a rede social preferida? Não. Aqui o vencedor é o Instagram.

Fonte: We Are Social Digital 2023 Portugal 

Talvez por ter uma imagem mais agradável? Isso é subjetivo. Fácil de usar? Hum… Todas as redes investem em UX Design e Writing. É uma questão de moda? É uma questão geracional? Inclino-me mais para a última opção. 

O Facebook continua a ser a rede social com mais contas no mundo. O número combinado de usuários de produtos Meta (Facebook, Messenger, Instagram e WhatsApp) ultrapassa qualquer outra combinação futura. O Facebook não morreu, principalmente para negócios. Prova disso foi a ascensão das lives em tempos de confinamento, fazendo com que muitas PME’s na área do comércio sobrevivessem durante a pandemia. 

Por que deve definir o seu público-alvo?

A verdade é que cada rede tem público diferente com objetivos diferentes. E por isso, se ter presença nas redes sociais faz parte da estratégia do seu negócio, não perca tempo em criar perfil em todas as redes acima citadas.

Lição n.º1: O seu negócio não precisa de estar em todas as redes sociais. 

Alerta CMTV? Não. Pode ser polémico? Talvez. 

Aos defensores da presença em todo o lado: se assim for a vossa vontade, sejam criativos no conteúdo que publicam. 

O conteúdo é rei

Ou rainha. 

O conteúdo é tudo nas redes sociais. É o mais importante e sem conteúdo bom, não há redes. Mas o mesmo conteúdo não serve para todas as redes, mesmo com a mudança de paradigma dando mais ênfase e alcance a conteúdo vídeo. O conteúdo deve ser ajustado e adaptado para cada rede social. 

Seja um conteúdo em vídeo, em imagens ou só texto, a escolha do conteúdo também depende da voz da sua marca e da sua audiência. E não tem de ser linear e para sempre: pode alterar ao longo do tempo, de forma gradual ou fazendo um rebranding – investimento que tem demonstrado bons resultados. Reposiciona a sua marca e torna-a mais próxima dos seus clientes. Por vezes, basta a mudança de logótipo para conseguir o update que queria. 

Fonte: Neil Patel Blog

Diz-me qual era o logo do Instagram quando instalaste a app no teu smartphone e eu dir-te-ei de que geração és:

Fonte: Walterman

Conheça a sua audiência

Audiência? Não estávamos a falar em público-alvo?

Sim, mas em marketing digital usamos a expressão audiência: estamos a criar conteúdo para visualizações, com o objetivo de criar leads. Nomenclatura diferente, mas com lógica. 

Aprenda o que funciona e o que não funciona

Nunca se esqueça: quem compra brinquedos de criança são os adultos. O conteúdo das redes sociais da sua empresa não é para as crianças, não são elas que têm o poder de compra. A publicidade pode ser feita para crianças, usando a tradicional estratégia dos tempos de visualização: nos intervalos dos desenhos animados, por exemplo. O mesmo acontece com a publicidade no YouTube, no início dos vídeos. Mudam-se os tempos, muda-se o canal, mantém-se a estratégia vencedora. 

Use e abuse das ferramentas próprias de cada rede social para conhecer a sua audiência. As perguntas do Instagram foram criadas com esse mesmo propósito. Perguntas básicas, fáceis de responder, como resposta direta:

  • Qual a faixa etária
  • Qual o horário laboral (tradicional ou turnos)
  • Sexo e género
  • Com ou sem filhos/as
  • Qual a rede social que mais usa
  • Prefere vídeo ou fotografias
  • Quais os hábitos de leitura
  • Já comprou a nossa marca?
  • Costuma ler newsletter? 
  • Costuma comprar online? 

O Instagram, sendo muito visual, permite-lhe retirar daqui conclusões rapidamente. 

Cruze estes dados com a caracterização que fez do seu público-alvo. It’s a match?

Sim, é por esta razão que muitas marcas usam esta estratégia. E bem. Tal como a típica sugestão de mostrar os bastidores

Tem uma página de receitas vegetarianas? Não publique só a receita. Faça um vídeo nas compras, explicando como e onde escolher os produtos que usou ou irá usar numa receita. 

Este tipo de conteúdo vai-lhe dar dados da sua audiência e criar o sentido de comunidade. Não ignore as interações: estas dão-lhe ainda mais visibilidade e clientes. 

Como aumentar a sua audiência?

Tem sido normalizado a prática dos sorteios. Regra geral, as normas para participação são:

  • Seguir a página
  • Gostar da publicação 
  • Identificar dois/três amigos/as diferentes

… e podem participar quantas vezes quiserem, desde que identifiquem amigos/as diferentes. 

Se o seu objetivo é aumentar o número de seguidores só porque sim, então o caminho é fazer vários sorteios e giveaways recorrentemente. Se o seu objetivo é criar uma audiência de qualidade, o caminho é outro, bem diferente. 

Os sorteios trazem muitos seguidores. Em boa verdade, trazem aqueles seguidores que foram identificados. E ganhar uma pulseira, um livro ou um kit de cremes eco friendly é sempre bom, é sempre positivo. Oferecer algo é uma excelente forma de mostrar a sua marca – porque acham que o merchandising é tão importante? Tem aí uma caneta? Aposto que é de uma PME do local onde vive. 

O malefício de fazer sorteios são os seguidores falsos e os bots: aqueles perfis que não têm fotografia, nem amigos, nem publicações, com o nome mikepotter734982. Quem tem um bom número de seguidores porque acha que lhe dá mais credibilidade? Pode comprar estes perfis. Mas não está a criar audiência.

Como usar os sorteios para criar uma boa (e verdadeira) audiência? 

Torne o sorteio num concurso.

A sua editora vai lançar um novo livro? Divulgue o nome do livro e peça aos seus seguidores para criarem uma sinopse com 50 palavras, mesmo eles não sabendo muito bem da história que se trata. 

Só vai comentar quem está do seu lado, quem se relaciona com a sua marca, quem quer o seu produto. Vai conhecer quem lê, quem escreve, quem imagina, quem cria. A sua comunidade vai comentar e partilhar, mesmo que esta última ação não esteja no seu CTA – call to action

Seja inspirador/a

… ou pague para alguém ser.

Influencer é uma profissão. E está cá para ficar. 

O truque é escolher bem o/a influencer para a sua marca. Até aqui temos de experimentar e fazer testes A/B, correndo alguns riscos. 

Invista em mico influencers e avalie os conteúdos que publicam. Aqui, a construção da persona pode ser um benefício. Escolha um/a influencer o mais parecido com a persona do seu negócio. 

Seja cusco/a

Siga a sua concorrência. Todos os dias. Mais: descubra o que os seus seguidores dizem da concorrência. 

Faça uma análise SWOT da sua empresa. Tendo esta análise sempre atualizada, vai ajudar a não perder as oportunidades e a ter consciência das atualizações que deve fazer. 

Os 6 passos, de forma resumida, para criar e definir a sua audiência nas redes sociais são:

  1. Escreva sobre o seu público-alvo. 
  2. Escolha as redes sociais onde quer estar presente. Escolha a plataforma ideal. 
  3. Conheça a sua audiência. 
  4. Crie interação para aumentar a sua audiência.  
  5. Invista em influencers
  6. Analise a concorrência. 

Este é um dos investimentos que as marcas fazem para manter a sua presença no digital e há várias ferramentas que o podem ajudar nesta árdua tarefa digital. O Tio Google é muito generoso: pode criar alertas de resultados de pesquisa e pode analisar as keywords. O Google Analytics é muito completo a monitorizar os dados do seu site e é gratuito. 

Quanto às redes sociais, pode gerir tudo num só local, como a Swonkie ou o E-goi – empresas portuguesas com um excelente serviço de apoio ao cliente. 

Se chegou até ao fim deste texto e acha que a sua marca precisa de um update, nada tema: pode contar com a Jelly para o rebranding da sua marca.

Estratégia de SEO & SMO para TikTok: um “must-have”

Raquel Reis
Digital Marketing Strategist & Content Manager

Que uma estratégia de SEO é a nossa grande amiga para otimizar e posicionar websites e blogs no Google, isso nós já sabemos. E para as redes sociais será relevante?

Os dados não enganam e a verdade é que quase 40% dos jovens, quando procuram um restaurante não utilizam nem a opção de pesquisa nem o Google Maps, mas sim redes sociais como o Instagram e o TikTok.

Raquel Reis
Digital Marketing Strategist & Content Manager

Que uma estratégia de SEO é a nossa grande amiga para otimizar e posicionar websites e blogs no Google, isso nós já sabemos. E para as redes sociais será relevante?

Os dados não enganam e a verdade é que quase 40% dos jovens, quando procuram um restaurante não utilizam nem a opção de pesquisa nem o Google Maps, mas sim redes sociais como o Instagram e o TikTok.

Estes serviços do Google são atualmente “ameaçados” por uma preferência crescente pelas redes sociais como a primeira paragem na procura, seja de um produto, marca ou lugar.

Os utilizadores hoje em dia tendem a procurar informação de uma forma mais imersiva através de vídeos, esquecendo um pouco a pesquisa pelas famosas keywords.

Está a ficar claro onde queremos chegar?…

O digital está sempre a mudar e não podemos ficar parados. Os social media managers sabem disso; estão inclusive a perceber a importância do SEO na estratégia de redes sociais e, claro, a implementar. Segundo o Global Social Media Trends Report, 89% afirmam que a pesquisa nas redes sociais é importante para a sua estratégia.

Se poucas dúvidas haviam, agora ainda menos: otimizar os conteúdos para a pesquisa nas redes sociais deixou de ser nice-to-have e passou a ser must-have.

Em que consiste uma estratégia de SEO para TikTok?

Assim como fazemos para as páginas de web, esta estratégia passa por otimizar os vídeos no TikTok, através de keywords, para que estes surjam em primeiro lugar nos motores de pesquisa.

Qual a importância do SEO, se o TikTok nem é um motor de pesquisa? 

Sim, é uma rede social de entretenimento e não um motor de pesquisa, mas os utilizadores utilizam-na como tal através da barra de pesquisa da própria plataforma.

O TikTok tem vindo inclusive a acrescentar mais opções para melhorar a pesquisa de vídeos: expandiram o campo de descrição de vídeo de 300 caracteres para 2.200 e os utilizadores podem editar as legendas (algo anteriormente impossível).

Também com a atualização do Google que nos permite ver TikToks nos resultados de pesquisa, conseguimos aumentar o tráfego para as nossas contas.

Fonte: Google search

O que é isto do SMO?

Quando nos referimos a otimizar conteúdos especificamente para as redes sociais o termo correto não é SEO, mas sim SMO Social Media Optimization.

No entanto, dada a nova opção do Google que permite a pesquisa de vídeos do TikTok, é possível cruzar as duas – SEO & SMO -, e otimizar os conteúdos tanto para o Google como para a própria rede social. As duas estratégias são aliadas e complementares.

Não há dúvidas de que é uma grande vantagem para viralizar os nossos vídeos e, consequentemente, alcançar mais seguidores.

O caminho para implementar uma estratégia de SEO & SMO para o TikTok

Criar esta estratégia pode parecer um processo difícil e para ajudar, simplificámos este processo em 5 passos.

Tudo começa por compreender o público e a sua intenção de pesquisa

Como em qualquer estratégia, a base é entender o nosso público e o que ele procura.

Comece por analisar os vídeos no TikTok com os quais os seus seguidores estão a interagir, quais as hashtags que estão a utilizar e os comentários e mensagens que estão a deixar. Cruzando estes dados, consegue identificar os principais interesses.

Imaginando que tem uma marca de cosméticos capilares e que o objetivo é atrair um público que procura pelos melhores produtos de champô indicados para o seu tipo de cabelo. 

Este público pode estar à procura, por exemplo, de “melhores produtos cabelo”. Para o ajudar a compreender qual a intenção de pesquisa dos utilizadores poderá usar ferramentas como o AnswerThePublic e fazer uma lista de possíveis opções.

Passando ao próximo passo…

Escolher as keywords certas para os vídeos

Arriscamo-nos a chamar a este passo o centro da estratégia de SEO & SMO: selecionar as palavras-chaves certas, aquelas que vão atrair o nosso público.

Para selecionar as melhores keywords poderá seguir 3 pontos-chave em SEO:

  • Volume de pesquisa – quantas pessoas estão a pesquisar pela palavra-chave
  • Relevância – quão relevante é o seu conteúdo para a palavra-chave a ser pesquisada
  • Dificuldade da palavra-chave – esforço necessário para que o conteúdo seja bem classificado para um determinado termo de pesquisa

São várias as ferramentas que ajudam na escolha das melhores keywords como: Google Ads Keyword Planner, Semrush, Ahrefs, Ubersuggest, entre outras. Mas estas estão essencialmente orientadas para o Google e não para o TikTok. 

Como a implementação de uma estratégia de SEO para o TikTok é algo recente, não existem atualmente ferramentas especificamente orientadas para esta plataforma. Mas há uma grande novidade: o Keywords Insights criado pelo próprio TikTok que ajuda a inspirar na criação de anúncios e que pode vir a ser uma ajuda para SMO. Vale a pena testar!

Fonte: Keywords Insights on TikTok

Enquanto vamos testando esta nova ferramenta, o ideal é aplicar o processo de pesquisa como exemplificamos a seguir, imaginando mais uma vez que somos uma marca de cosméticos capilares:

Fonte: TikTok search

Ao fazermos uma pesquisa por “melhores produtos cabelo”, a própria plataforma forneceu várias combinações de palavras-chave relacionadas, que os utilizadores estão interessados ou que procuram ativamente: “melhores produtos cabelo loiro”, “…encaracolado”, “…liso”.

A partir deste tipo de pesquisa conseguimos reunir várias keywords relevantes para a nossa estratégia.

Incorporar as palavras-chave nos vídeos

Chegámos à fase de incluir as palavras-chave no vídeo. Devem ser adicionadas nos títulos, descrições, legendas, capas e ditas em voz alta.

O algoritmo do TikTok favorece os vídeos onde as palavras-chave são realmente ditas. Uma dica é mencionar logo nos primeiros 3 segundos.

Estas devem estar ainda em hashtags para que, numa fase de pesquisa, os nossos vídeos sejam mais facilmente encontrados pelos utilizadores. Assim, como numa estratégia de SEO para o Google, poderá utilizar a palavra-chave principal e variações da mesma. 

Resumindo, são cinco as formas de incorporar as palavras-chave nos vídeos do TikTok:

    • Texto in-video
    • Discurso
    • Legenda
    • Hashtags
    • Legendas fechadas automatizadas 

O ideal é unir todas estas opções para que o vídeo esteja realmente otimizado. 

Determinar uma estratégia de hashtags

A expressão “quanto mais melhor” não é a melhor estratégia quando se trata de hashtags.

Uma boa estratégia implica ter hashtags que correspondam ao conteúdo abordado no vídeo e que combinem long-tail keywords com short-tail

O que é que as diferencia? As long-tail keywords são mais específicas, têm menos volume de procura, mas a taxa de conversão é superior. Numa estratégia de SEO & SMO para TikTok sugere-se a utilização dos dois tipos de keywords.

Fonte: Semrush

Mais uma vez, utilizando como exemplo a marca de cosméticos capilares… #melhoresprodutoscabeloloiro” é um hashtag utilizando uma long-tail keyword. O objetivo seria atingir um público com interesse em conhecer produtos específicos para cabelo loiro. Utilizar uma short-tail como #produtoscabelo, o objetivo é alcançar o maior número de utilizadores com interesse neste tema em geral.

A indexação é também uma boa forma de utilizar hashtags e impulsionar a descoberta de séries/rubricas. Por exemplo, ao criar uma série de conteúdos sobre cuidados a ter com o cabelo no verão, podia incorporar o hashtag #[nome da conta]cuidadoscomcabelonoverão e, assim, agrupar vários vídeos que abordem este tema.

Analisar, aprender e rever a estratégia 

O último passo não é de todo o menos importante. É, na verdade, um dos mais importantes em qualquer estratégia: analisar dados.

Uma estratégia de SEO & SMO para o TikTok não é exceção. 

Analisar os dados dos vídeos dar-lhe-á uma visão do seu desempenho. O algoritmo tem em conta o número de visualizações, likes e comentários que um vídeo obtém, bem como o que outros utilizadores estão a procurar.

Se os seus vídeos viralizaram, pode reutilizar hashtags e criar uma segunda série de um determinado tema ou fazer testes A/B com hashtags semelhantes.

Analisar, aprender e reajustar. Mas se correr bem… repita!

 

Agora que chegou ao fim, lembre-se que mais do que garantir a relevância dos conteúdos para o algoritmo, a otimização dos mesmos permite oferecer valor e fortalecer a relação com os utilizadores. 

Não comunicamos para os algoritmos, mas sim para as pessoas.

Hybrid e-commerce: o fim da exclusividade

Sandra Caravana
Copywriter

Comprei umas sapatilhas* num site de desporto multimarca. Quantos quilómetros irão fazer as minhas sapatilhas até chegar a minha casa?

*ler sapatilhas ou ténis, dependendo da zona do país onde vive.

Como consumidor/a (ou shopper – para efeitos deste texto, iremos juntar os dois sentidos), tradicionalmente, desloco-me a uma loja e escolho as sapatilhas.

Sandra Caravana
Copywriter

Comprei umas sapatilhas* num site de desporto multimarca. Quantos quilómetros irão fazer as minhas sapatilhas até chegar a minha casa?

*ler sapatilhas ou ténis, dependendo da zona do país onde vive.

Como consumidor/a (ou shopper – para efeitos deste texto, iremos juntar os dois sentidos), tradicionalmente, desloco-me a uma loja e escolho as sapatilhas.

Fonte: Pixabay

Porque vou eu a essa loja? Pelo preço e pelas marcas. E deixemo-nos do discurso da ‘marca branca’ – é desprestigiante para marcas que já se afirmaram no seu nicho. Veja-se o caso da Quechua. Os escuteiros não comprar tendas da marca branca da Decathlon, mas sim tendas da Quechua.

Sapatilhas escolhidas – experimentadas com mais ou menos originalidade por parte da loja – e siga para a caixa de pagamento. Estão prontas a usar.

Se comprar as sapatilhas online, não tenho a experiência do consumidor – calçar as sapatilhas antes de a comprar e conversar com um vendedor que também usa as mesmas sapatilhas. Mas, regra geral, há mais opções online. As lojas físicas têm um espaço limitado (por maiores que sejam) e é por isso que se fazem escolhas de gama.

Sei, comprando online, que tenho de esperar que as sapatilhas façam a viagem da loja (ou armazém/fábrica) até à minha casa. E se eu não estiver em casa no momento de entrega, as sapatilhas fazem mais uma viagem até algum armazém, onde terei de a ir buscar. No problem, o que interessa é que as sapatilhas chegaram.

O desafio para hoje é colocarmo-nos no lugar das sapatilhas.

Qual é o grande dilema? As sapatilhas não escolhem o seu percurso. Elas querem ir para casa – consumidor final – mas até lá, podem ter várias casas. Ou famílias de acolhimento temporário, será aqui o termo mais correto?

A marca H e as sapatilhas SUPER

Eu represento a marca H (vamos ser inclusivos e deixar de usar sempre o X ou Y). Criamos umas sapatilhas que, além do design futurista, tem uma tecnologia que permite ao pé respirar, evitando que o seu usuário fique com os pés transpirados no final do dia. Até batizamos este modelo: SUPER.

As sapatilhas SUPER são fabricadas (não vamos aqui entrar em detalhes sobre em que parte do mundo) e são expedidas para onde nós quisermos. Esta escolha está relacionada com o modelo de negócio escolhido pela minha empresa.

Falaremos aqui de modelo de negócio no sentido da transação da compra/venda.

Fonte: Pixabay

Breve introdução aos modelos de negócio

As siglas desta parte dos negócios de vendas são intuitivas, mas tome nota:

  • B2C (business to consumer | da empresa para o consumidor/a): Clássico. Venda direta. A relação comercial ocorre entre a empresa e o consumidor final (ou shopper) e não envolvendo nenhuma ação de terceiros.
  • B2B (business to business | de empresa para empresa): a relação de consumo é entre empresas, não envolvendo o consumidor final. A venda/compra tem a finalidade de suprir uma necessidade da empresa – que pode chegar, ou não, ao consumidor final.
  • B2E (business to employee | da empresa para o funcionário): ocorre quando a empresa fornece descontos ou formas de pagamento que não são aplicadas para o mercado. Desta forma, os funcionários podem comprar os produtos/serviços da empresa na qual trabalham de forma diferenciada.
  • B2G (business to government | da empresa para o governo): é a relação comercial entre empresas que vendem, ou prestam serviços, para o governo – seja para municípios ou a nível nacional. São empresas com um histórico de resposta a concursos públicos. Este modelo não precisa de ser exclusivo. 
  • B2I (business to investor | da empresa para o investidor): a relação comercial acontece entre a empresa e o futuro investidor e funciona como uma prestação de contas, onde a empresa que está a vender apresenta os seus projetos, dados e informações. Muito utilizada no ramo imobiliário.
  • D2C (direct to consumer | da indústria para o consumidor/a): é um modelo de negócio que se assemelha com o B2C. Aqui a diferença está na fonte provedora do produto – em vez de ser uma empresa que vende, a comercialização dá-se diretamente pela indústria fabricante. É fácil de identificar com a etiqueta ‘preço de fábrica’.
  • B2B2C (business to business to consumer | de empresa para empresa para o consumidor)

Bem, já percebemos. 

Portanto: para onde vão as SUPER?

A escolha de um modelo B2B ou B2C está intimamente ligada ao storytelling do produto, à sua estratégia de marketing, à forma como a marca decide comunicar com o shopper e com o consumidor final.

Quero fabricar as SUPER e vender diretamente ao consumidor final: significa vendas rápidas. A marca está a falar com quem usa o produto. Segue o modelo mais tradicional e abre loja física e online, com o nome da própria marca: H. Vai estar presente em centros comerciais e no comércio tradicional – OU em exclusividade num deles. Essa escolha está relacionada com a persona criada/escolhida pela marca (o consumidor/a ideal).

Quando escolhemos um B2C, o mais comum é não ter encaixe financeiro para ter uma loja/armazém, um grande espaço com corredores e mais corredores de produtos, lineares alinhados e organizados por preços. Mais conhecido como comércio a retalho.

Estas lojas/armazéns são construídas de raiz (preferencialmente) por modelos de negócio B2B – ATENÇÃO: isto não é tão taxativo assim, mas é sim o mais comum. Para este exemplo, estamos a falar das tais lojas multimarcas: a loja MM vende sapatilhas da sua marca, mas também de outras marcas, pelas quais não tem nenhuma influência na construção do produto, ou na história deste. A loja MM pode, se assim a marca H o permitir, inserir as sapatilhas SUPER na sua gama e vender em loja. Mas a decisão está no lado da marca H: B2C, B2B ou D2C.

No mundo digital, a escolha do negócio também apresenta diferenças.

São muitas decisões a serem tomadas:

  • Vendemos em exclusivo no nosso site?
  • Vendemos em exclusivo no site de lojas multimarcas?
  • Vendemos em ambos?
  • Vendemos em ambos, com preços diferentes? – Sim, a lei do mercado assim o permite, até porque…

o preço do produto também depende da viagem que este faz.

Qual é a grande vantagem de vender online?

Além de aumentar o volume de negócios?

Sabemos quem compra o nosso produto (shopper) e sabemos quem usa o nosso produto (consumidor/a). Comprar e usar são coisas diferentes. O melhor exemplo são as lojas de brinquedos. Quem compra? Os adultos. Quem usa? As crianças. Portanto, temos aqui dois públicos para analisar.

Queremos saber tudo, TUDO, sobre eles. Fica tudo registado, como um histórico, como a pegada digital. Maravilhas do e-commerce.

SÓ QUE…

se eu só vendo as SUPER nas lojas multimarca, eu não sei quem é o meu consumidor final. Abdico desses dados. Mas esses dados são os que nos possibilitam ter produtos que vão ao encontro das necessidades e interesses dos clientes.

Escolhas, escolhas, escolhas…

Fonte: Pixabay

No B2C, o processo de vendas é focado nas necessidades individuais do cliente, sendo o ciclo de vendas curto, com uma grande (ou média) componente emocional.

No B2B, expandimos o nosso ciclo.

Temos mesmo de escolher um dos modelos?

Sim e não. No típico português, depende.

Mas podemos ter um modelo de negócio híbrido.

Um modelo híbrido permite reunir, numa única plataforma, toda a estrutura digital: bases de dados dos clientes, informação sobre o produto, conteúdo, artes gráficas, preços, margens de lucro… bem, toda a informação que quiserem cruzar. Portanto, o modelo híbrido tem uma única plataforma de e-commerce. E quem vai analisar estes dados, será também uma única equipa – equipa reforçada, claro está. Pois aqui, o trabalho de data analysis exige criar e analisar vários perfis de clientes.

Tudo isto para uma melhor…

optimização do negócio. Óbvio. Está tudo num único sistema, até a estratégia de marketing. Aliás, estratégias. No plural. Para o mesmo produto, podemos ter imagens e copas diferentes, dependendo do local da venda.

Este modelo híbrido terá uma vantagem sobre a sua concorrência: é possível criar produtos personalizados e estratégias de marketing diferentes para shopper e consumidores.

Fonte: Business Webstars

E sobre o merchandising?

Ah, quem não adora uma oferta de uma totebag, uma caneta… um bloco de notas!

Negócios cujas trocas comerciais são B2B em exclusivo, não apostam muito em merchandising. Faz sentido: porquê investir se não somos nós a vender diretamente ao consumidor/a? Podem, e normalmente fazem, construir no ponto de venda um layout para o seu produto. Um bom exemplo disto são os enormes e coloridos móveis cheios de bolachas, igualmente cheias de açúcar, nas pequenas mercearias. Não existe loja da marca dessas bolachas, mas está investe em criar expositores compatíveis com o pequeno negócio que comercializa essas bolachas.

Já num negócio híbrido, o merchandising é importante e está tudo escolhido e descrito na tal única plataforma, com um budget bem definido.

Concluindo:

Um modelo de negócios híbrido é um crossover. Sim, como quando as personagens de Grey’s Anatomy fazem uma viagem até ao mundo de Station 19. Esta analogia faz todo o sentido: no primeiro episódio de Grey’s Anatomy não existiam plataformas de streaming. Tínhamos de esperar que a RTP2 comprasse a série e só tínhamos direito a visualizar um episódio por semana. Hoje, podemos ver Grey’s Anatomy online, no nosso pc, tablet, smart TV. É a evolução natural das coisas para o mundo digital.

A frase chave deste modelo híbrido é EXPANDIR: mais clientes, maior base de dados, maior volume de negócios. E por outro lado, POUPAR: uma única plataforma de e-commerce.

É tudo um mar de rosas. Só que não.

São escolhas, acima de tudo.

Ao alterar o seu negócio, os clientes irão ser mais exigentes.

Vamos falar da Nespresso? What else?

A Nespresso está entre os projetos mais lucrativos na Nestlé com crescimento constante há duas décadas, embora o início da sua história remonte a 1970. Podem ler mais sobre este longo caminho aqui.

A Nespresso chega a Portugal com uma loja física no Chiado, Lisboa, em 2003. Loja não – Boutique. Então, eu que sou de Coimbra tinha de ir a Lisboa comprar a máquina e as cápsulas de café? Não. O site disponibilizava essa opção. Principalmente, pelas cápsulas. Decidem abrir em 2007 nova boutique no Norteshopping. A marca já não está somente em locais nobres, também chega aos centros comerciais. Em 2009, abre nova boutique no Porto, e a partir daqui foi-se normalizando estas boutiques – pequenas lojas onde as cápsulas estão expostas para venda e consumo, numa lógica de experiência do cliente. Mas até chegarmos a este ponto, o consumidor Nespresso de Coimbra tinha de comprar as cápsulas de café diretamente no site da Nespresso. Porquê? Porque a Nespresso não vende em grandes superfícies comerciais, não vende aos pequenos negócios nem ao comércio a retalho.

Em 2022, a Nespresso continua a não comercializar as cápsulas para outras superfícies comerciais venderem, mas as máquinas de café da marca Nespresso estão ao nosso alcance em qualquer loja de electrodomésticos.

É de facto um exemplo interessante que mostra escolhas diferentes, sem exclusividades.

Será que viveremos ainda para ver as cápsulas de café Nespresso à venda nas grandes cadeias de supermercados? Aquela vermelha? Ou aquele verde… Baby steps, sem nunca fugir ao conceito original da marca.

Fonte: Pixabay

E a Nike? A Nike avançou para a opção híbrida: podemos comprar pelo site da Nike, nas lojas da Nike e nas lojas multimarcas. E nos sites das lojas multimarcas.

Assim, a troca comercial preferida da Nespresso é a D2C: direct to client. A Nike é B2B, D2C, B2C…

Num D2C, as minhas sapatilhas SUPER até podem ter um preço mais baixo, porque não têm muitos quilómetros a fazer. Mas se a marca H decide vender também ao comércio a retalho, tem o direito de aumentar o seu valor, porque há mais trabalho de logística. Para igualar o valor, a loja multimarca tem de baixar a sua margem de lucro. Contas fáceis de fazer.

A este modelo híbrido, decidimos dar um nome em siglas: B2E – business to everyone.

Fará mais sentido? Ou é populista demais para o mundo dos negócios?

Não terminaremos este artigo sem mencionar a troca C2C – client to client. Sim, também podemos vender a nossa máquina Nespresso num OLX desta vida. A internet possibilitou o e-commerce e as redes sociais desenvolveram o C2C. E aqui, não há impostos, taxas nem legislação e controlo das trocas.