Social Media Manager: responsabilidades, tarefas e ferramentas

o que faz um social media manager
Sandra Caravana
Copywriter

Um Social Media Manager é responsável por desenvolver estratégias para aumentar os seguidores, criar e supervisionar campanhas, produzir conteúdo, analisar dados e comunicar com os principais stakeholders da empresa.

Sandra Caravana
Copywriter

Um Social Media Manager é responsável por desenvolver estratégias para aumentar os seguidores, criar e supervisionar campanhas, produzir conteúdo, analisar dados e comunicar com os principais stakeholders da empresa.

o que faz um social media manager

Um SMM é responsável por criar a estratégia de conteúdo e aumentar o envolvimento entre clientes e a empresa nas redes sociais. É essencial ter skills de um bom contador de histórias, sensibilidade para o design e a capacidade de analisar o que agrada (ou não) ao público.

As redes sociais tornaram-se imprescindíveis para o crescimento de qualquer negócio. É uma montra grátis, perfeita para angariar mais visibilidade e, consequentemente, clientes.

social media manager e as redes sociais

O que um Social Media Manager deve saber antes de começar a trabalhar

Estado da arte
Um Social Media Manager deve estar atento a tudo o que acontece no mundo digital e das redes. Não só às trends no que diz respeito a conteúdos, mas também à big picture: estar atento e saber interpretar as notícias, regulamentos e relatórios que são publicados sobre o tema, como é o caso do DataRePortal.

Conhecer as redes sociais
O termo redes sociais é um conceito umbrella: engloba todas as plataformas sociais digitais, não obstante de serem todas diferentes. Cada rede social tem as suas particularidades e públicos diferentes. É necessário conhecimento de usabilidade de cada rede para decidir quais as redes que determinada marca irá usar na sua estratégia de comunicação digital.
Espírito crítico quer-se em qualquer profissão.

Planeamento estratégico
Capacidade de desenvolver um plano estratégico de longo prazo que alinhe os objetivos de social media com os objetivos de negócios da empresa é o objetivo a longo prazo de um Social Media Manager.

Conhecer o público-alvo e persona
Um Social Media Manager sabe que não se faz conteúdos para todas as pessoas, todos os interesses, todos os desejos e que cure todas as dores num só espaço ou numa única publicação. A mesma marca pode ter públicos-alvo diferentes e personas… muitas!

Tendências de Mercado
Manter-se atualizado com as últimas tendências e tecnologias emergentes no campo das redes sociais e marketing digital, para aplicar as melhores práticas e inovações nas estratégias de social media.

ferramentas de um social media manager

O que faz um Social Media Manager?

Criação de conteúdo apelativo
Criar um calendário editorial das marcas, com conteúdo que seja visualmente atraente, informativo e envolvente. Isto inclui a produção (ou idealização) de textos, imagens, vídeos e outros formatos.

Análise e interpretação de dados
Ser capaz de analisar métricas e dados de desempenho para avaliar a eficácia das campanhas (orgânicas e de performance) e ajustar estratégias conforme necessário.

Gestão da comunidade
Saber como interagir com a comunidade online de maneira eficaz, respondendo a comentários, mensagens e gerindo o feedback de maneira positiva para fortalecer a relação com os seguidores. Cada vez mais, as redes sociais servem para namorar os possíveis clientes, tornando-os parte da vida da marca. É graças a uma boa gestão da comunidade que tantas marcas usam a prova social (testemunhos dos seus clientes) como o seu grande argumento de venda.

Gestão de crises
Preparar-se para lidar com situações de crise nas redes sociais, incluindo como responder a críticas negativas, reclamações e crises de credibilidade e reputação.
Nem toda a publicidade é boa publicidade. Ou será que…?

Skills de um Social Media Manager

Gestão
Um bom gestor mantém a equipa alinhada com os objetivos da empresa e/ou marca e utiliza ferramentas apropriadas para acompanhar a estratégia e as metas.

Conhecimentos de SEO e campanhas de anúncios
Dominar técnicas de SEO e gestão de campanhas pagas, como Google Ads e Meta Ads, é crucial para melhorar os resultados orgânicos e pagos. O SMM deve saber onde investir, como definir orçamentos e otimizar campanhas para obter a melhor performance e visibilidade.

Criatividade e inovação
Ser capaz de pensar fora da caixa e trazer novas ideias e abordagens para manter o conteúdo fresco e interessante, diferenciando a marca no meio digital.

o que faz um smm

SMM em ação: as ferramentas e plataformas essenciais

O SMM é o responsável por construir a identidade digital da marca. Transmite a sua visão e os seus valores, interage ativamente com o público, gere a reputação online e ajustam as estratégias conforme surgem novas tendências e tecnologias. Para isto tudo, precisam de ajuda, também ela digital:

Ferramentas de gestão de redes sociais
Para agendar, publicar, gerir e acompanhar conteúdos em várias plataformas sociais, além de analisar o desempenho das campanhas e interagir com o público de forma eficiente:

  • Hootsuite: para agendamento e análise de redes sociais.
  • Buffer: para agendamento de publicações e análise de desempenho.
  • Sprout Social: para gestão, monitorização e análise de redes sociais.
  • Emplifi: análise e benchmarking de redes sociais.
  • Later: agendamento e gestão de conteúdo no Instagram.
  • TweetDeck: focada na gestão e monitorização de contas no X.
  • Brandwatch: plataforma avançada para análise e monitorização da marca.
  • HubSpot: ferramenta integrada que inclui gestão de redes sociais, marketing e CRM.
  • Loomly: plataforma de gestão de redes sociais com foco na colaboração da equipa.
  • Zoho Social: para agendamento, monitorização e análise de redes sociais.
  • Sendible: plataforma para agendamento e gestão de múltiplas contas sociais.
  • AgoraPulse: para agendamento, monitorização e análise de redes sociais.
  • SocialBee: para agendamento de publicações e crescimento de audiência.

Ferramentas de criação de conteúdo
Permitem produzir materiais visuais e multimídia atraentes e profissionais de forma intuitiva:

  • Canva: para criação de conteúdo visual e posts para redes sociais.
  • Adobe Spark: para criar gráficos, web pages e vídeos curtos.
  • Piktochart e Visme: para criar infográficos, apresentações e relatórios visuais.
  • Lumen5 e InVideo: para criar vídeos a partir de artigos e textos.
  • Pablo by Buffer: para criar imagens rapidamente para redes sociais.
  • Adobe Creative Cloud: ferramentas profissionais como Photoshop, Illustrator e Premiere Pro para design e edição de conteúdo.
  • Stencil: para criar gráficos rápidos e fáceis para redes sociais.
  • Kapwing: ferramenta online para edição de vídeo, criação de memes e outros conteúdos visuais.

Ferramentas para copywriting
Permitem produzir textos persuasivos de forma rápida para diversas plataformas:

  • Grammarly: para correção gramatical, estilo e sugestões de melhoria de texto.
  • Hemingway Editor: simplifica e clarifica a escrita, tornando-a mais direta e legível.
  • Copy.ai: plataforma de inteligência artificial para gerar ideias de copy e textos criativos.
  • SurferSEO: combina a otimização de SEO com a criação de conteúdo orientado por dados.
  • ChatGPT: utiliza inteligência artificial para gerar e melhorar textos, fornecendo sugestões criativas e estruturadas para diversos conteúdos.

Ferramentas de estratégia de keywords
Permitem encontrar, analisar e selecionar keywords para otimizar o conteúdo e melhorar a visibilidade:

  • Google Keyword Planner: ferramenta gratuita do Google Ads que ajuda a descobrir palavras-chave relevantes e analisar o volume de pesquisas e a concorrência.
  • Ahrefs: plataforma avançada de SEO que oferece uma análise detalhada de palavras-chave, incluindo volume de pesquisas, dificuldade e sugestões relacionadas.
  • SEMrush: ferramenta completa de marketing digital que fornece dados de palavras-chave, concorrência, tendências e ideias para conteúdo.
  • Moz Keyword Explorer: ajuda a descobrir palavras-chave, analisar a dificuldade e prever o impacto potencial no tráfego de pesquisa.
  • Ubersuggest: oferece sugestões de palavras-chave, volume de pesquisa, análise de concorrentes e ideias de conteúdo.

Ferramentas de estratégia de hashtags
Permitem encontrar, analisar e selecionar hashtags com mais visibilidade:

  • Hashtagify: permite pesquisar e analisar a popularidade, tendências e conexões de hashtags no Twitter e Instagram.
  • RiteTag: sugestões de hashtags em tempo real para imagens e textos, ajudando a aumentar o alcance das postagens.
  • Keyhole: plataforma de gestão que rastreia o desempenho de hashtags, além de analisar tendências e influenciadores.
  • Display Purposes: sugestões de hashtags relevantes com base em uma hashtag inicial, ajudando a melhorar o alcance e a descoberta de conteúdo.

Plataformas para encontrar influenciadores digitais
Permitem analisar e encontrar influenciadores digitais para colaboração com as marcas:

  • Brinfer: plataforma portuguesa que conecta marcas com influenciadores digitais, facilitando a criação de campanhas de marketing de influência. Oferece ferramentas para analisar o perfil dos influenciadores, gestão de campanhas e métricas de desempenho.
  • SocialPubli: conecta marcas com micro-influenciadores e influenciadores em várias redes sociais. Permite a criação e gestão de campanhas de marketing de influência, segmentação de audiência e análise de resultados.
  • Influencity: oferece uma vasta base de dados de influenciadores, com ferramentas para análise de audiência, engajamento e alcance.
  • Heepsy: ajuda a encontrar influenciadores com filtros avançados e métricas detalhadas, facilitando a escolha dos mais adequados para campanhas.

As redes sociais continuam a ser uma plataforma chave para conectar pessoas e fazer crescer negócios. É preciso trabalhar com elas e ter sempre como parceiro alguém que a conheça bem.

Design responsivo: prioridade na hora de construir um site

Sandra Caravana
Copywriter

Com o aumento do acesso à internet através de dispositivos móveis, torna-se imperativo tornar a experiência do utilizador mais dinâmica, fácil e intuitiva. Design responsivo cria layouts para diferentes ecrãs, assegurando estética agradável, interação fácil, leitura excelente e navegação intuitiva.

Sandra Caravana
Copywriter

Com o aumento do acesso à internet através de dispositivos móveis, torna-se imperativo tornar a experiência do utilizador mais dinâmica, fácil e intuitiva. Design responsivo cria layouts para diferentes ecrãs, assegurando estética agradável, interação fácil, leitura excelente e navegação intuitiva.

Design responsivo é a capacidade desenvolver páginas web cujos elementos se ajustam automaticamente e de maneira impecável a diversas dimensões do ecrã, garantindo constantemente uma estética agradável, uma interação descomplicada, uma leitura clara e uma navegação natural.
Trocando por miúdos: se o seu site não estiver adaptado para mobile, o utilizador irá desistir da visita, compra ou interação.

No último trimestre de 2023, os dispositivos móveis (excluindo tablets) representaram 58,6% do tráfego global de sites. Desde 2017, telemóveis e smartphones mantêm uma presença constante acima de 50%, ultrapassando essa marca em 2020, segundo dados disponíveis.

O conceito de web design responsivo – RWD

Tim Berners Lee foi o responsável pela criação da World Wide Web em 1989. O Web Design Responsivo, introduzido por Ethan Marcotte em 2010, surgiu para responder às exigências das novas tecnologias do século XXI, como smartphones e tablets, adaptando o conteúdo para o utilizador, estando assim na mesma linha de pensamento (e trabalho) que o conceito de UX: a ótica do utilizador.

Em tempos passados, ao criar um site, a escolha era entre um design líquido, que se ajustava à janela do navegador, ou um design de largura fixa, com dimensões específicas em pixels.

O design líquido causava compressão em telas menores e linhas excessivamente longas em telas maiores. Enquanto isso, o design de largura fixa gerava barras de scroll horizontal em telas estreitas e espaços em branco nas bordas em telas mais amplas.

Não é preciso ter formação superior em design para perceber quando um site não é responsivo: de certo, já se cruzou com algum site que ao ser visualizado no seu smartphone, tem de rolar para os lados para conseguir ler a frase completa.

Design responsivo em 3 técnicas

O design responsivo não é uma tecnologia separada, mas uma abordagem ao web design usando práticas como:

  1. Grids fluidas: um sistema de layout que utiliza unidades percentuais para definir a largura das colunas e linhas da grid.
  2. Imagens fluidas: configurando a propriedade max-width como 100%, permite que as imagens se reduzam para se ajustar a uma coluna mais estreita, mantendo seu tamanho intrínseco, sem aumentar.
  3. Media Queries: em vez de ter um único layout para todos os tamanhos de ecrã, é possível alterá-lo. Por exemplo, as barras laterais podem ser reposicionadas em telas menores, ou uma navegação alternativa pode ser exibida, proporcionando uma adaptação flexível às diferentes condições de visualização.

Design Responsivo VS Design Adaptativo

Convém esclarecer a diferença de conceitos antes de passar para as razões e benefícios que o design responsivo pode trazer ao seu negócio ou ao seu trabalho em marketing digital, para que fique claro que este trabalho de web design e programação é muito mais que adaptar o site aos tamanhos do ecrã.

A diferença entre o design responsivo e adaptativo reside no facto de que o design responsivo ajusta a renderização de uma única versão de página, enquanto o design adaptativo oferece múltiplas versões completamente distintas da mesma página.

Design responsivo para Marketing

A responsividade é a keyword principal para estratégias de envolvimento – engajamento.
Ser responsivo já não é mais conseguir responder ao e-mail do cliente em menos de 24 horas. Passa agora pelo cliente conseguir a sua resposta enquanto visita o website do seu negócio.

Investir num design responsivo, investir em recursos humanos sensíveis a esta temática, vai resultar em conversões mais rápidas. Trará impacto em 3 vertentes: técnico, na experiência e nos objetivos.

Técnico: elimina a necessidade de criar layouts específicos para cada tipo de computador, smartphone ou tablet.

Experiência: UX/UI Designer (User experience e user interface designer) procura melhorar a experiência do utilizador em cada aspecto. O design responsivo assegura consistência e evita frustrações.

Objetivos: Além de evitar problemas como botões ausentes em layouts quebrados, ele reforça o conceito fundamental de equilíbrio entre forma e função, assegurando o sucesso da experiência do utilizador em diferentes dispositivos.

Sites responsivos evitam:

  • necessidade de fazer zoom para ler textos em dispositivos móveis;
  • sobreposição desordenada de elementos em telas menores;
  • ocultação de botões e CTA’s em diferentes resoluções;
  • perda de informações importantes em telas menores;
  • desajuste de formulários e campos de preenchimento;
  • criação de barras de scroll desnecessárias em dispositivos menores.

Fonte: Estúdio Criarte

Design responsivo e SEO

Partindo dos recentes dados que mostram o aumento do tráfego móvel para o seu site, torna-se evidente que mesmo que decida começar um site pela versão desktop, terá de investir numa versão mobile-friendly e mais tarde – mas não muito tarde – numa versão mobile first.

Desde 2018, com a adoção do princípio mobile-first pelo Google, a velocidade de carregamento de páginas tornou-se crucial para o SEO. O design responsivo condensa páginas para carregamento mais rápido, especialmente em ecrãs menores, evitando a frustração do utilizador.

Agências de SEO recomendam o design responsivo para reduzir a taxa de rejeição e melhorar a classificação nos mecanismos de procura: o design responsivo facilita a entrega de conteúdo de forma organizada e clara.

A capacidade de visualizar e navegar facilmente pelo conteúdo em qualquer dispositivo é essencial para criar boas primeiras impressões.

Com o aumento no volume de acessos à internet via dispositivos mobile, o número de compras online feitas através desses dispositivos também segue a mesma tendência de crescimento.
Um site responsivo cria mais interação, proporcionando um word-of-mouth digital, que é como quem diz, mais partilhas nas redes sociais.

Design responsivo e Copywriting

Se as imagens têm de ser optimizadas, as palavras também.

Labels e placeholders são decisões pensadas e usadas com estratégia.

Os labels indicam aos utilizadores que informações devem constar de um determinado campo de formulário e estão normalmente posicionadas fora dele. O placeholder, localizado dentro de um campo de formulário, é uma sugestão, descrição ou exemplo das informações necessárias para determinado campo. Ditam as boas práticas de UX que o placeholder desapareça quando o utilizador escreve no campo.

A decisão de escrever ou não um placeholder vai também depender da persona do seu negócio: qual o nível de literacia digital da sua persona?

Boas práticas atuais sugerem o desaparecimento do placeholder por uma label mais explicativa.

Benefícios do design responsivo

  1. Um site responsivo proporcionando fácil acesso em qualquer dispositivo, sem necessidade de zoom ou scroll horizontal.
  2. O Google recomenda sites responsivos, pois um único site com o mesmo URL facilita o rastreamento e a indexação.
  3. Utilizadores encontram facilmente o que procuram, aumentando o envolvimento e potencialmente gerando mais vendas ou leads.
  4. Gerir um único site responsivo economiza tempo e recursos
  5. Um site responsivo transmite uma imagem mais profissional e atualizada da marca.
  6. O design responsivo facilita a implementação de estratégias de marketing, permitindo análise detalhada do comportamento do utilizador em diversos dispositivos, aprimorando a estratégia global de marketing.

Inteligência Artificial e Machine Learning

Gabriela Polidoro Lima
UX Designer & Content Writer

Vivemos numa nova era tecnológica, onde, a cada dia, novos produtos e ferramentas são criadas para tornar a vida e o trabalho mais eficiente, mais rápido, mais prático e mais fácil. O desenvolvimento de novos softwares produz um número elevado de ferramentas e tecnologias que permite conseguir mais com menos.

A tecnologia tem visto mais mudanças durante os últimos 12 meses do que no total dos últimos 10 anos, isso graças a um disruptivo fator: Inteligência Artificial. E se 2023 foi o ano de consolidação, 2024 será o da Operacionalização. 

Gabriela Polidoro Lima
UX Designer & Content Writer

Vivemos numa nova era tecnológica, onde, a cada dia, novos produtos e ferramentas são criadas para tornar a vida e o trabalho mais eficiente, mais rápido, mais prático e mais fácil. O desenvolvimento de novos softwares produz um número elevado de ferramentas e tecnologias que permite conseguir mais com menos.

A tecnologia tem visto mais mudanças durante os últimos 12 meses do que no total dos últimos 10 anos, isso graças a um disruptivo fator: Inteligência Artificial. E se 2023 foi o ano de consolidação, 2024 será o da Operacionalização. 

 

Inteligência Artificial (IA)

A Inteligência Artificial (IA) é um software de computador que imita as habilidades cognitivas humanas para realizar tarefas complexas que historicamente só poderiam ser realizadas por humanos, como tomada de decisões, análise de dados e tradução de idiomas.

Em outras palavras, é um código em sistemas de computador explicitamente programado para executar tarefas que requerem raciocínio humano. Embora as máquinas e os sistemas automatizados sigam um conjunto de instruções e as executem sem alterações, os que utilizam IA podem aprender com as suas interações para melhorar o seu desempenho e eficiência.

Se por um lado IA é a ciência alargada de reproduzir as capacidades humanas, Machine Learning é um subconjunto específico de IA que treina uma máquina para poder aprender. Ou seja, é um método de análise de dados que automatiza a construção de modelos analíticos. É um ramo da Inteligência Artificial baseado na ideia de que os sistemas podem aprender através dos dados, identificar padrões e tomar decisões com uma reduzida intervenção humana. 

Sabemos que a tecnologia avança sempre com o objetivo de melhorar e facilitar a vida das pessoas e quando analisamos esses avanços por uma perspetiva profissional, mais especificamente o desenvolvimento de códigos, percebemos que os benefícios são ainda mais impactantes. Além de facilitar e agilizar a sua criação, essas técnicas permitem que a programação se torne mais acessível não especialistas também pois automatiza tarefas como escrita, sintetização, verificação, testes e manutenção. 

E se a Inteligência Artificial está a desempenhar um papel revolucionário na forma como a sociedade exerce as suas atividades, na programação não é exceção. Profissionais para área de desenvolvimento podem tornar-se ainda mais eficientes se souberem aplicar, na prática, os benefícios das novas tecnologias, além de colaborar com os sistemas e aproveitar os seus insights e automatizações.

Outros benefícios:

Automatização de tarefas

Tarefas repetitivas e monótonas podem ser facilmente automatizadas, criando mais tempo para
aquelas de maior valor, como o desenvolver algoritmos e resolver problemas complexos.

Otimização de processos

Algoritmos de IA podem analisar o desempenho de aplicativos, identificar gargalos e sugerir melhorias. Isso permite a otimização dos códigos, maior eficiência do software e ainda ajuda na gestão de projetos e alocação de recursos de forma eficiente.

Assistência nas decisões

Fornecer insights valiosos durante a análise de um grande volume de dados é um grande auxílio para as tomadas de decisão. Por exemplo, determinar quais recursos devem ser priorizados, com base no feedback dos utilizadores e na análise de dados de uso.

Aprimoramento da segurança

Automatizar a detecção de pontos vulneráveis e identificar atividades suspeitas e ataques cibernéticos.

Mas, na prática, como os algoritmos de Machine Learning podem ser aplicados?

Já é possível identificar muitos exemplos da aplicação de Machine Learning no nosso quotidiano e muitos setores já estão a ser impactados por essa tecnologia.

Entretenimento e Multimédia

– Plataformas de streaming: utilização de algoritmos de recomendação para sugerir programas e filmes aos espectadores.
– Redes sociais: recomendação personalizadas através de pesquisas, tempo de tela e curtidas.

Saúde e Medicina

– Doenças: identificação de doenças, diagnósticos mais precisos e melhoria de tratamentos.
– Exames: análise de imagens médicas (raios-X e ressonâncias magnéticas) e identificação de anomalias com mais assertividade.
– Análise de dados: detecção de tendências e riscos de saúde através da análise de dados de um grande número de pacientes, permitindo intervenções de saúde pública mais eficazes.

Finanças

– Detecção de fraudes e análise de riscos: identificação de padrões suspeitos de transações financeiras para proteger as instituições e clientes.
– Previsão de tendências de mercado: maior assertividade e segurança ao tomar decisões sobre investimentos.

Processamento de linguagem natural (PLN)

PLN é uma subárea do Machine Learning que converte informações de bancos de dados de computadores em uma linguagem compreensível ao ser humano.
– Conversão automática de informações: corretor automático do telemóvel, tradução de idiomas, assistentes virtuais e chatbots.

Em 2011 os Assistentes Virtuais ficaram conhecidos com o lançamento da Siri, pela Apple. Desde então, outros exemplos apareceram no mercado, o que ajudou a tornar-se popular e ganhar mais espaço na casa das pessoas. Um assistente virtual nada mais é do que um software desenvolvido para executar comandos por voz ou escritos. Eles aprendem a compreender os padrões de voz, a forma como as palavras são ditas, e entregam o melhor resultado para o comando que foi dado. E podem estar conectados aos telemóveis, lâmpadas, frigoríficos ou ecrãs de televisão.

Internet das Coisas (IoT) é o nome dado a integração entre esses produtos e a internet, ou seja, eles funcionam quando conectados ao wi-fi e podem ser utilizados de forma remota.
Alguns exemplos disponíveis no mercado:
– Alexa, da Amazon: lançada em 2014 como uma “inteligência artificial controlada por voz”, ela atende a comandos para tocar músicas, ler notícias e diminuir o brilho das lâmpadas.
– Cortana, da Microsoft: lançada no mesmo ano, é descrita como uma assistente de produtividade que “ajudará a economizar tempo e se concentrar no que é mais importante”.
– Siri, da Apple: a primeira versão lançada, ainda em 2011, com uma tecnologia mais simples, mas atualmente é capaz de fazer tarefas complexas por comandos de voz.

Mas a importância desses produtos vai muito além de atender aos comandos que lhes são dados, eles oferecem um papel essencial quando se trata de acessibilidade para pessoas com deficiência. Ampliar a autonomia e executar tarefas que antes poderiam parecer desafiadoras, são alguns dos benefícios. Além disso, realizar pedidos de socorro em situações de perigo pode ser muito mais fácil e seguro quando se utiliza esse tipo de tecnologia. Uma grande vantagem!

Capazes de criar textos, imagens e vídeos a partir de comandos, com velocidade e qualidade impressionantes, os chatbots são ferramentas de Inteligência Artificial generativa. Os mais populares disponíveis atualmente são:
Merly.ai, o assistente de IA: ajuda os programadores a entender, corrigir e manter código complexo, enquanto fornece informações, rastreamento e resumos sobre a qualidade do código.
GitHub Copilot, o AI pair programmer: sugere código e funções em tempo real. Segundo a própria GitHub, esta ferramenta oferece impacto real na produtividade e felicidade das equipas de desenvolvimento de software.
OpenAI Chat GPT, o chatbot: gera fragmentos de código em várias linguagens de programação com base em exemplos imediatos. O código gerado é mantido em contexto na conversação e pode ser alterado, melhorado ou corrigido durante o processo, simulando a interação com um verdadeiro ser humano.

É importante ressaltar que, embora essas aplicações tragam benefícios significativos, também levantam questões éticas e de privacidade que precisam ser abordadas de maneira cuidadosa. A exploração responsável de recursos deve estar no centro do desenvolvimento de sistemas e não envolve apenas considerações morais, mas também a prevenção de impactos negativos e a garantia do desenvolvimento benéfico.

Alguns dos principais desafios éticos relacionados à Inteligência Artificial:
Tendências e discriminação: Os algoritmos são treinados com base em dados existentes e podem conter preconceitos e discriminações embutidas, levando a decisões injustas e desigualdades sociais.
Privacidade e segurança: Com a coleta massiva de dados, a IA pode causar a violação da privacidade das pessoas através do uso indevido de informações pessoais.
Responsabilidade e transparência: A opacidade dos sistemas de IA pode dificultar a atribuição de responsabilidades em caso de erros ou acidentes causados por máquinas inteligentes.
Desemprego tecnológico: A automação impulsionada pela IA pode levar ao deslocamento de empregos tradicionais, incentivando uma abordagem ética para o reemprego e a requalificação da força de trabalho.
Autonomia das máquinas: Com o avançar da IA surge a possibilidade de máquinas autônomas tomarem decisões críticas sem intervenção humana, levantando questões sobre ética.
Manipulação de informação: Disseminação e criação de informações falsas e manipulação de conteúdos podem ser feitas através de IA.
Relação humano-máquina: À medida que as máquinas se tornam mais inteligentes e interativas, torna-se relevante pensar na questão da empatia e ética nas relações entre humano e máquina.

A fim de minimizar o impacto desses desafios, pode-se adotar medidas como:
Garantir a diversidade nos dados para treinar algoritmos a serem diversos e representativos da sociedade.
Desenvolver sistemas transparentes permitindo que os utilizadores entendam como as decisões são tomadas.
Estabelecer regulações e normas éticas para orientar o uso responsável e proteger os direitos individuais.
Educar e conscientizar sobre as questões éticas para promover o uso consciente e responsável.
Trabalhar de forma colaborativa ao abordar questões éticas entre empresas, governos, instituições académicas e sociedade civil.

O futuro está profundamente entrelaçado com a IA, e aqueles que abraçam essa parceria estão destinados a se tornar os programadores mais eficientes e bem-sucedidos de amanhã. Uma nova era tecnológica se aproxima e terá um tremendo impacto na indústria de TI, por isso, a adoção e adaptação a essa mudança posicionará muitos profissionais e organizações para o sucesso digital nos próximos anos.

Fontes das imagens:
Imagem Machine Learning
https://www.linkedin.com/pulse/machine-learning-qual-o-seu-papel-da-sociedade-t%C3%A2nia-marante/?originalSubdomain=pt

Imagem Chatbots
https://itforum.com.br/noticias/7-mitos-sobre-chatbots-e-assistentes-virtuais/

Imagem AI
https://blog.axians.pt/machine-programming-ia-no-desenvolvimento-de-software

Imagem Ética
https://medium.com/data-hackers/explainable-ai-extraindo-explica%C3%A7%C3%B5es-e-aumentando-a-confian%C3%A7a-dos-modelos-de-ml-3a89b7b5a584

Como criar uma estratégia de Social Media Marketing em 2024

Catarina Alves de Sousa
Social Media Manager & Content Writer

O marketing nas redes sociais é uma componente essencial da comunicação moderna. Ao utilizar plataformas como Facebook, Instagram, Twitter, LinkedIn, TikTok e outras, as empresas conseguem alcançar um público amplo e diversificado, promover os seus produtos ou serviços e construir uma relação duradoura com os clientes.

Catarina Alves de Sousa
Social Media Manager & Content Writer

O marketing nas redes sociais é uma componente essencial da comunicação moderna. Ao utilizar plataformas como Facebook, Instagram, Twitter, LinkedIn, TikTok e outras, as empresas conseguem alcançar um público amplo e diversificado, promover os seus produtos ou serviços e construir uma relação duradoura com os clientes.

Um dos principais benefícios do marketing nas redes sociais é a sua capacidade de alcançar um público amplo e diversificado. Com mais de 4 mil milhões de utilizadores ativos nas redes sociais em todo o mundo, há uma oportunidade significativa de se conectar com potenciais clientes, independentemente da sua localização ou demografia. As plataformas de redes sociais também oferecem opções avançadas de segmentação, permitindo às empresas alcançar grupos específicos de pessoas com base em fatores como idade, localização, interesses e comportamentos.

Fonte: Pexels

Neste artigo, encontrará um pequeno e conciso guia sobre como funciona o Social Media Marketing e sobre como elaborar a sua própria estratégia.

Marketing nas Redes Sociais: como funciona?

O marketing nas redes sociais envolve a criação e a partilha de conteúdo em plataformas de social media para alcançar objetivos de branding e marketing. Isso inclui publicações de texto, imagens, vídeos e outros conteúdos que impulsionam o engagement do utilizador, bem como publicidade paga.

Vantagens e Desvantagens do Social Media Marketing

Fonte: Pexels

Apesar de, hoje em dia, ser uma necessidade para praticamente qualquer empresa ou marca, não quer dizer que o Social Media Marketing não tenha as suas vantagens e desvantagens.

Vantagens do Social Media Marketing:

  • Alcance amplo: o Social Media Marketing é extremamente poderoso para as empresas devido à sua capacidade de alcançar uma audiência global ampla e diversificada. As redes sociais permitem às empresas comunicar diretamente com uma vasta gama de clientes potenciais de todas as localizações geográficas. Além disso, as plataformas de redes sociais oferecem opções avançadas de segmentação, permitindo às empresas direcionar os seus anúncios e conteúdo a grupos específicos de pessoas com base em interesses, comportamentos, demografia e muito mais. Isso aumenta a relevância e eficácia das campanhas, tornando o marketing nas redes sociais não apenas abrangente, mas também precisamente direcionado;
  • Custo-efetivo: comparado com os métodos tradicionais de publicidade, o Social Media Marketing pode ser menos dispendioso e oferecer um elevado retorno sobre o investimento. As empresas podem alcançar um grande número de pessoas a um custo relativamente baixo, aproveitando as plataformas para conectar-se diretamente com os clientes, receber feedback em tempo real, construir relações e fidelizar os clientes através de interações significativas. Além disso, o conteúdo nas redes sociais pode tornar-se viral rapidamente, o que significa que as mensagens da marca podem ser amplificadas exponencialmente, aumentando a visibilidade e o reconhecimento da marca de forma significativa.

Para ajudá-lo/a a criar uma estratégia para as redes sociais com um orçamento limitado, aconselhamos a leitura do artigo “Estratégias de marketing digital para pequenas empresas: como aproveitar ao máximo um orçamento limitado”.

  • Engagement direto: as empresas podem alcançar um grande número de pessoas a um custo relativamente baixo, aproveitando as plataformas para criar engagement diretamente com os clientes, receber feedback em tempo real, construir relações e fidelizar os clientes através de interações significativas. Além disso, o conteúdo nas redes sociais pode tornar-se viral rapidamente, o que significa que as mensagens da marca podem ser amplificadas exponencialmente, aumentando a visibilidade e o reconhecimento da marca de forma significativa.

Desvantagens do Social Media Marketing:

  • Reputação: gerir uma crise pode ser desafiante e prejudicial à reputação de uma empresa/marca;
  • Mudanças constantes: as plataformas estão em constante mudança, exigindo adaptações frequentes, ou seja, o processo de aprendizagem acerca do funcionamento das redes sociais nunca termina;
  • Visibilidade limitada: os algoritmos podem limitar o alcance das publicações, por melhor que o conteúdo seja.

Como traçar uma Estratégia de Social Media Marketing

Uma estratégia de Social Media Marketing consiste num plano detalhado que orienta como uma empresa ou marca interage com o seu público, promove produtos ou serviços e alcança os seus objetivos de negócios através das redes sociais. Consiste numa série de passos e métodos cuidadosamente planeados, baseados na compreensão do público-alvo, na escolha das plataformas mais adequadas e na criação de conteúdo que ressoa com esse público. Aqui estão os elementos essenciais de uma estratégia de social media marketing e a importância de tê-la (e de a aplicar):

  • Defina os seus objetivos: seja aumentar o reconhecimento da marca, vendas ou engagement;
  • Conheça o seu público: identifique quem são seus clientes e o que eles desejam;
  • Escolha as plataformas certas: nem todas as redes sociais são adequadas para todos os negócios;
  • Crie conteúdo relevante e atraente: criar conteúdo relevante e atraente que ressoe com o público é um dos pilares mais importantes do Social Media Marketing. Isso significa desenvolver mensagens, imagens, vídeos e outros tipos de media que captem a atenção do público, incentivem o engagement e reforcem a imagem da marca;
  • Monitorize e ajuste: use ferramentas de análise para medir o desempenho e ajustar estratégias conforme necessário.

Para melhor adaptar a sua estratégia para redes sociais, não deixe de ler o artigo “Como criar e definir o seu público-alvo nas redes sociais?”.

Exemplos de Estratégias de Marketing nas Redes Sociais

Fonte: Pexels

No dinâmico mundo do marketing nas redes sociais, as empresas têm à sua disposição uma variedade de estratégias para aumentar o alcance, envolver o público e impulsionar as vendas. A escolha da estratégia certa depende de vários fatores, incluindo os objetivos da marca, o público-alvo, o tipo de produto ou serviço oferecido e o orçamento disponível.

Abaixo listamos alguns exemplos de estratégias eficazes de marketing nas redes sociais que têm ajudado empresas a construir uma presença online sólida, criar uma comunidade e a converter seguidores em clientes. Estas estratégias são adaptáveis e podem ser personalizadas para atender às necessidades e aos objetivos específicos de cada empresa.

  • Campanhas de Influenciadores: parcerias com influenciadores para alcançar novos públicos.
  • Conteúdo gerado pelo utilizador: encoraje os clientes a partilhar as suas próprias experiências com a marca;
  • Competições e sorteios: envolva o seu público com atividades interativas;
  • Publicidade paga: invista em anúncios direcionados para aumentar o alcance.

Dicas Essenciais para manter a Estratégia de Social Media Marketing

Manter uma estratégia de Social Media Marketing eficaz requer não apenas a implementação de táticas iniciais, mas também um acompanhamento e ajuste contínuos.

Aqui estão algumas dicas essenciais que todas as empresas devem considerar para assegurar que a sua presença nas redes sociais seja produtiva e alinhada com os seus objetivos de negócio a longo prazo.

  • Consistência: mantenha uma presença regular e coerente;
  • Escuta ativa: monitorize o que é dito sobre a sua marca e responda adequadamente;
  • Adaptação: esteja pronto para mudar de estratégia conforme as tendências do mercado e o comportamento do consumidor;
  • Medição: defina métricas claras para avaliar o sucesso das suas iniciativas;

Ao considerar estes aspectos, as empresas podem aproveitar o poder das redes sociais para melhorar a visibilidade, interagir com clientes e impulsionar o crescimento. É crucial estar atualizado sobre as tendências e tecnologias mais recentes, pois o campo do marketing digital está em constante evolução.

Começar 2024 em grande nas redes sociais

Fonte: Pexels

Como já mencionámos algumas vezes neste artigo, o mundo das redes sociais está sempre em mudança; seja devido ao funcionamento dos algoritmos ou como consequência da introdução (ou do desaparecimento) de certas funcionalidades. Isto significa que para a sua estratégia “vingar” nas redes sociais, terá que se manter alerta e informado/a acerca das mudanças, sim, mas também das tendências.

Para 2024, se não começou ainda, considere explorar o vídeo marketing como conteúdo preferencial a partilhar as suas redes sociais, não esquecendo também de integrar o Influencer Marketing conforme as suas necessidades na sua estratégia, uma vez que não demonstra quaisquer sinais de abrandar em eficácia e popularidade no próximo ano.

Se precisar de ajuda profissional e experiente na criação da sua estratégia de social media marketing, conte com a Scallent e com a sua pool de talentos ao serviço da sua marca.

Estratégias de marketing digital para pequenas empresas: como aproveitar ao máximo um orçamento limitado

Catarina Alves de Sousa
Social Media Manager & Content Writer

Neste nosso mundo cada vez mais digital, o Marketing Digital tornou-se uma ferramenta essencial para todas as empresas, independentemente do seu tamanho. Para pequenas empresas com orçamentos limitados, maximizar o retorno do investimento em marketing digital pode ser um desafio. No entanto, com as estratégias certas, é possível aproveitar ao máximo um orçamento limitado.

Catarina Alves de Sousa
Social Media Manager & Content Writer

Neste nosso mundo cada vez mais digital, o Marketing Digital tornou-se uma ferramenta essencial para todas as empresas, independentemente do seu tamanho. Para pequenas empresas com orçamentos limitados, maximizar o retorno do investimento em marketing digital pode ser um desafio. No entanto, com as estratégias certas, é possível aproveitar ao máximo um orçamento limitado.

Para qualquer empresa se manter competitiva, uma forte estratégia de Marketing Digital é essencial. Se tem uma pequena empresa, uma boa estratégia de marketing digital é essencial se quiser posicionar-se à frente da concorrência. À medida que a tecnologia continua a desenvolver-se a um ritmo alucinante, a comunicação online e as próprias plataformas de redes sociais crescem em dimensão e importância, pelo que garantir a sua presença digital já não é algo opcional, mas sim essencial.

De fato, 63% das empresas aumentaram os seus orçamentos de marketing digital no ano passado, portanto, ao não fazê-lo, corre o risco de ficar para trás.

Fonte: Statista
Alocação de orçamento para online marketing de acordo com CMOs em todo o mundo em março de 2022, por canal

 

Vamos então explorar algumas estratégias de Marketing Digital que pode pôr em prática na sua empresa, independentemente da sua dimensão ou budget.

1. Conheça o seu público-alvo

A primeira etapa para uma estratégia de marketing digital eficaz é entender quem é o seu público-alvo. Isso inclui conhecer as suas preferências, comportamentos e necessidades. Com essas informações, poderá criar campanhas de marketing mais direcionadas e eficazes.

Será necessário elaborar relatórios que o ajudem a estudar e a manter um registo das principais características dos seus clientes e potenciais clientes, pelo que deve ter isso em mente no aperfeiçoamento de qualquer estratégia. 

2. SEO (Search Engine Optimization)

O SEO é uma estratégia de marketing digital de baixo custo que pode gerar um alto retorno de investimento. Ao otimizar o seu site para motores de pesquisa, poderá aumentar a visibilidade do seu negócio e atrair mais tráfego para o seu site.

Na sua forma mais simples, as boas práticas de SEO utilizam palavras-chave no seu site para ajudar a impulsionar o desempenho e garantir que tenha uma classificação mais alta nos resultados de pesquisa online. Ao fazer isso, é mais provável que sua empresa seja reconhecida e o tráfego para o seu site aumente.

Uma boa estratégia de SEO também pode ajudar a sua pequena empresa:

  • A construir confiança com os seus clientes;
  • A melhorar organicamente a sua visibilidade;
  • A aumentar a sua credibilidade;
  • A maximizar estratégias de marketing pago;
  • A expandir o seu alcance;
  • A melhorar a usabilidade do site;
  • A impulsionar as taxas de engagement dos utilizadores.

O conteúdo incorporado de SEO deve sempre ser impactante e direcionado ao tráfego, e é por isso que tantas empresas agora empregam especialistas em SEO. No entanto, se a sua pequena empresa estiver restrita a um orçamento apertado, existem vários pequenos cursos e tutoriais online e em vídeo que poderão ensinar-lhe aquilo que precisa de saber para alavancar esta estratégia essencial.

3. Marketing de conteúdo

O marketing de conteúdo é outra estratégia de baixo custo que pode ser muito eficaz. Ao criar conteúdo relevante e de alta qualidade, conseguirá atrair e envolver o seu público-alvo, aumentando a sua reputação e visibilidade online.

A pesquisa gera 53,3% do tráfego global da Web (dos quais o Google detém uma grande participação de mercado de 92%). Os 46,7% restantes são provenientes do tráfego total combinado de redes sociais, anúncios de pesquisa pagos, anúncios gráficos, tráfego direto, tráfego de email e tráfego de referência de outros sites.

Portanto, claramente, uma das maneiras mais eficazes de atrair clientes para a sua loja online com um orçamento limitado, é publicar conteúdo relevante no seu website e blog direcionado às palavras-chave que as pessoas usam ao procurar uma solução no seu nicho.

Ao criar conteúdo informativo e envolvente que aparece regularmente nos resultados de pesquisa, atrairá leitores que, de outra forma, não encontrariam o seu site. Isso pode incluir artigos sobre seus produtos ou serviços, notícias do setor ou dicas e conselhos para os consumidores.

Aqui, outra dica importante é lembrar-se de não trabalhar o conteúdo apenas para os motores de pesquisa, mas também – e acima de tudo – para leitores humanos, especialmente aqueles que ainda valorizam conteúdo de qualidade.

Leia também: Funil de Marketing de Conteúdos: um mini-guia definitivo

Fonte: Ikea

 

A Ikea tem várias publicações no seu site nas quais aborda diversos temas de lifestyle relevantes ao seu público-alvo e aproveitando sempre a oportunidade para fazer a ligação a produtos que vende nas suas lojas. 

Ainda que este seja um artigo mais direcionado a pequenas empresas, nada o impede de tirar inspiração de “gigantes” como a Ikea.

4. Redes sociais

As redes sociais são uma ferramenta poderosa para empresas de qualquer dimensão. Elas permitem que se conecte diretamente com o seu público-alvo, construa relacionamentos e promova o seu negócio. Além disso, muitas plataformas de redes sociais oferecem opções de publicidade de baixo custo que podem ser altamente direcionadas.

Outra maneira económica de publicitar o seu negócio é desenvolver uma presença nas redes sociais. Isto envolve a criação de perfis em plataformas como o Facebook, Twitter, Instagram, TikTok e LinkedIn e, em seguida, envolver-se ativamente com os seus seguidores, publicando conteúdo de qualidade, respondendo a comentários e fazendo networking com outras empresas.

A chave para uma presença bem-sucedida nas redes sociais é publicar conteúdo que ressoe com seu público-alvo e interagir com os utilizadores/seguidores regularmente para construir relações.

Mas para que essa estratégia dê frutos, precisa de conhecer muito bem os dados demográficos (quem são) e psicográficos (o que pensam e sentem) do seu público — caso contrário, as suas mensagens podem não ter o efeito que deseja.

Para além disso, precisa ainda de descobrir quais as plataformas de social media que o seu público-alvo frequenta para poder concentrar os seus esforços apenas nas plataformas que contam. Ou seja, não irá compensar estar em todas as plataformas ao mesmo tempo, mas sim nas plataformas certas.

Por exemplo, se seu público-alvo é formado por clientes com potencial B2B, publicar  regularmente no LinkedIn é uma resposta lógica e acertada, ao invés de concentrar a maior parte dos seus esforços no TikTok ou no Instagram.

Por outro lado, se tiver uma loja online que vende roupas ou acessórios para adolescentes e jovens adultos, o TikTok e o Instagram provavelmente serão a sua melhor escolha para se ligar a este público-alvo.

Algumas dicas para criar conteúdo de valor nas redes sociais:

  • Promova as publicações do blog da sua empresa com link para o website, para aumentar o tráfego;
  • Converse diretamente com os seguidores para expressar a voz da sua marca e obter mais engagement;
  • Faça sondagens e solicite feedback;
  • Utilize excertos de formas de conteúdos mais longos e crie publicações rápidas e informativas que são mais fáceis de consumir.

O mundo das redes sociais e do Social Media Marketing é vasto, complexo e em constante mudança. Não se sinta culpado por não saber navegá-lo intuitivamente à primeira. Se tiver vontade de aprender mais, existem vários tutoriais e vídeos para o orientar e ajudar a navegar nestas águas misteriosas.

Leia também: Como criar e definir o seu público-alvo nas redes sociais

Fonte: United Colors of Benetton

 

Caso tenha uma loja online, poderá aproveitar partilhas de influenciadores ou de seguidores que partilhem conteúdo no qual estão a utilizar os seus produtos. Ter uma secção no seu site com conteúdo deste género, é uma excelente ideia.

5. Email Marketing

O email marketing é uma das estratégias de marketing digital mais eficazes em termos de custo. Ele permite que se conecte diretamente com os seus clientes, fornecendo-lhes informações relevantes e ofertas personalizadas.

Apesar do aumento da utilização das redes sociais e de outras ferramentas de marketing digital semelhantes, o email marketing ainda é uma parte fundamental de qualquer estratégia de marketing digital bem-sucedida.

Independentemente da idade, quase toda a gente usa um email, o que significa que tem a oportunidade de expandir o seu alcance e atingir pessoas de todos os dados demográficos e origens. No entanto, é importante segmentar, ou seja, curar o conteúdo aos diferentes segmentos de clientes ou leads que tem na sua lista de contactos ou mailing list.

Newsletters informativas mensais, promoções, notícias e passatempos/sorteios são ótimas maneiras de se envolver com o seu público por meio de emails. Também é uma ótima opção de baixo custo que permite personalizar as suas mensagens para ajudar a sua marca a conectar-se com o seu público-alvo a um nível mais profundo.

Dicas rápidas

Embora o Marketing Digital possa parecer uma tarefa desafiadora para pequenas empresas com orçamentos limitados, com as estratégias certas, é possível obter um alto retorno do investimento. Ao conhecer o seu público-alvo, otimizar o seu website para motores de pesquisa, criar conteúdo de alta qualidade, utilizar as redes sociais e o email marketing, pode maximizar o seu orçamento de marketing e alcançar o sucesso online.

  • Pesquise os seus concorrentes: conhecer as marcas dos concorrentes e o que eles oferecem é um bom ponto de partida. Isto é especialmente relevante para novas startups que ainda estão a apalpar terreno e a tentar conquistar o seu lugar;
  • Fale com os clientes e entenda o seu público: falar com clientes existentes e potenciais é absolutamente essencial, seja através de ações, sondagens ou de community management; o importante é descobrir tudo o que for possível sobre o seu público-alvo;
  • Crie uma conta no Google My Business e melhore as avaliações dos clientes: ter uma listagem no Google My Business é uma ótima maneira de melhorar a sua visibilidade online;
  • Aperfeiçoe o seu website: há inúmeras maneiras de melhorar e desenvolver o seu site, mas acertar os fundamentos primeiro é absolutamente essencial;
  • Crie conteúdo interessante: o conteúdo é rei. Sejam postagens de blog ou vídeos, o conteúdo que produz é uma das melhores ferramentas de marketing digital que existem;
  • Otimize o seu website para utilizadores de dispositivos móveis: é incrivelmente importante que o seu site seja adequado para telemóveis, uma vez que é onde ocorrem a maioria das visualizações hoje em dia;
  • Entenda e melhore o seu SEO: nenhuma estratégia de marketing digital está completa sem considerar o SEO,
  • Escolha a plataforma de social media que seja melhor para o seu negócio: cada vez mais, as redes sociais a tornar-se uma das ferramentas mais importantes que uma empresa pode usar como parte de sua estratégia de marketing digital;
  • Desenvolva o email marketing: apesar do aumento da utilização das redes sociais e de outras ferramentas de marketing digital semelhantes, o email marketing ainda é uma parte fundamental de qualquer estratégia de marketing digital bem-sucedida;
  • Entre em contato com influenciadores: trabalhar com influenciadores é uma ótima maneira de fazer com que a sua pequena empresa seja reconhecida e aumente o reconhecimento junto do seu público-alvo.
Fonte: WordStream

Não existem estratégias de marketing sem falhas

Apesar de termos partilhado consigo algumas estratégias que poderão ajudar a aumentar a notoriedade, o alcance, engagement e, quiçá, as vendas do seu negócio, saiba que não tem (nem deve) colocar todas as estratégias de marketing em curso. Algumas serão apropriadas ao seu negócio e budget, outras não. Especialmente no que diz respeito a tendências, não se sinta pressionado a embarcar em todas. Também não deverá ter receio de testar e falhar, uma vez que esse é precisamente o caminho que leva às aprendizagens mais valiosas. 

Teste, repita, analise e abandone as estratégias que não funcionarem para si.

Se precisar de ajuda para desenvolver uma estratégia de marketing digital 100% personalizada ao seu negócio, fale connosco.

Freelancer: utopia ou um trabalho de sonho concretizável?

Pauliny Zito
Planner, copywriter e copydesk

Trabalhar por conta própria. É isso que define o freelancer, termo em inglês que significa profissional liberal que presta serviços de modo autónomo para empresas ou pessoas, por períodos determinados de tempo.

O trabalho de freelancing oferece flexibilidade, independência e a oportunidade de perseguir a sua paixão.

Pauliny Zito
Planner, copywriter e copydesk

Trabalhar por conta própria. É isso que define o freelancer, termo em inglês que significa profissional liberal que presta serviços de modo autónomo para empresas ou pessoas, por períodos determinados de tempo.

O trabalho de freelancing oferece flexibilidade, independência e a oportunidade de perseguir a sua paixão.

Nas palavras de Peggy De Lange, VP de Expansão Internacional da Fiverr, plataforma que conecta empresas a freelancers:

“A pandemia fez com que as pessoas procurassem formas alternativas de exercer as suas atividades. Para aqueles que estavam acostumados a trabalhar num formato mais tradicional, a adesão forçada ao home office acabou por funcionar como uma experiência que mostrou que é possível unir flexibilidade e produtividade. É muito natural que os profissionais queiram manter os aspectos mais positivos desta vivência daqui para frente, o que acaba contribuindo para que muitos se direcionem para o mercado freelancer”.

Fonte: Foto de Andrea Piacquadio, Pexels

Competências do freelancer

O profissional freelancer deve ter boa comunicação verbal e escrita, alta capacidade de gestão do tempo e de planeamento, alto comprometimento e, acima de tudo, ser muito organizado e ter disciplina a fim de priorizar atividades e cumprir prazos.

O foco na solução de problemas é um dos segredos para ser bem-sucedido nos quesitos disciplina e equilíbrio. Para tanto, o primeiro passo é saber o que exatamente tem de resolver. 

Outras competências necessárias são adaptabilidade e empatia, pois, para conseguir resolver os problemas dos clientes, antes de tudo é necessário percebê-los. E para bem percebê-los, terá de colocar-se no lugar deles.

O freelancer deve ser capaz de estabelecer limites claros entre a vida profissional e a pessoal e ter cuidado para não se deixar influenciar pelas muitas distrações presentes em casa.

Ser freelancer implica ser o seu próprio patrão, um desafio que exige que o profissional desenvolva a liderança. Primeiro, de si mesmo. Depois, na relação freelancer e cliente, a liderança está presente na criação de confiança e credibilidade. Para freelancers que trabalham com parceiros, a liderança deve ser exercida com cordialidade e segurança, dando-lhes, entretanto, autonomia. Por último, há também a relação de liderança com familiares e amigos, para que percebam a seriedade do seu trabalho e respeitem horários e limites. 

Por fim, mas não menos importante, é fundamental que o freelancer saiba como promover o seu trabalho, construindo a sua marca pessoal forte, que só será conseguida se o profissional for especialista em determinado nicho – e não um generalista. 

Como construir uma marca pessoal forte? Tendo uma boa estratégia de Networking.

  • Ter e nutrir uma ampla lista de contactos para conseguir boas oportunidades, tendo em conta que não basta juntar contactos; é preciso mantê-los “vivos”;
  • Participar em eventos do mesmo setor que o seu;
  • Estar presente e ativo em grupos de emprego;
  • Inscrever-se em plataformas de freelancers e relacionar-se com outros freelancers;
  • Participar em discussões e estar presente nas redes sociais, principalmente no LinkedIn, a publicar com frequência e a interagir com potenciais clientes;
  • Ter um website/portfólio sempre atualizado e divulgá-lo constantemente;
  • Construir um nome no mercado, tornando-se uma referência na sua área enquanto freelancer;
  • Manter uma boa relação com os seus clientes, baseada em confiança;
  • Manter-se sempre contactável e disponível.

Benefícios de ser freelancer

Enquanto o trabalho de um freelancer é melhor em termos de flexibilidade e propósito, empregos tradicionais, com contrato, por exemplo, oferecem melhores benefícios e estabilidade financeira.

Trabalhar como freelancer oferece aos profissionais a oportunidade de estar no controlo das suas carreiras, o que não se consegue através do emprego tradicional.

Possibilidade de trabalho remoto, ter flexibilidade para estar mais tempo com a família, para viver o seu estilo de vida desejado e para cuidar da saúde física e mental, e, ainda, controlar o potencial de ganhos são alguns dos benefícios-chave de ser freelancer.

Fonte: Foto de Fauxels, Pexels

Dica: faz um planeamento financeiro. Tendo em conta que o ordenado mensal do freelancer é variável, um bom planeamento financeiro é ter em mente quanto dinheiro tem, quanto vai receber e quanto e como está a gastá-lo. Só assim poderá tomar decisões assertivas e não gastar mais do que pode.

10 mitos da carreira de freelancer

1. Freelancer é quem define o orçamento extra

O profissional até pode utilizar o trabalho freelancer como um extra, mas nada o impede de fazer dele a sua principal remuneração.

2. O freelancer ganha pouco

Especialistas nas suas áreas de atuação que trabalham como freelancers deixam de ter o seu valor-hora determinado por uma empresa e definem o seu próprio preço, geralmente passando a cobrar acima da média.

3. Freelancer é para os que estão a ingressar no mercado de trabalho

Embora seja uma área muito atrativa aos jovens em início de carreira, que são movidos a novidades e visam mais liberdade e flexibilidade, não é uma área exclusiva deste público.

4. Não é preciso trabalhar em equipa

Isso porque, mesmo que o freelancer não se encontre com a equipa da empresa, sempre há interação e colaboração entre ambos, desde o recebimento e entendimento do briefing à execução dentro do prazo pré-determinado.

5. Poucas horas de trabalho por dia

O número de horas de trabalho do freelancer depende de diversos fatores, podendo ser, por vezes e inclusivamente, maior do que a carga horária padrão das empresas, nomeadamente: quantidade de clientes e trabalhos, grau de dificuldade e complexidade de cada trabalho, capacidade e ritmo de produção e concentração do freelancer, entre outros. Como o freelancer não tem uma carga horária a cumprir, ele mesmo é quem estabelece quantas horas deve trabalhar mediante as necessidades e os prazos de entrega.

6. Freelancer passa o dia a trabalhar de pijama no sofá

O freelancer pode vestir o que lhe apetecer e trabalhar de onde quiser, quer em sua casa, quer em espaços coworking ou mesmo em locais públicos, como parques, cafés e bibliotecas. Cada pessoa tem uma maneira de ser e de comportar-se, o que não faz do pijama nem do sofá uma regra. 

7. Está sempre disponível

A carreira de freelancer não é sinónimo de agenda mais vazia. Cada freelancer possui uma dinâmica de trabalho pessoal e, portanto, organiza as suas demandas com base no tempo a executar cada tarefa.

8. Não precisa prospetar clientes

Muito pelo contrário. Como já foi dito antes neste artigo, é fundamental que o freelancer faça a divulgação do seu trabalho de maneira contínua, utilizando ferramentas digitais, a fim de destacar-se no mercado.

9. Não é possível viver como freelancer full-time

Nada é impossível. Se tem as habilidades e competências necessárias, foco, organização e sabe promover o seu trabalho, vão sempre surgir clientes e trabalhos.

10. Qualquer pessoa pode ser um freelancer

Nem toda a gente pode ser freelancer pura e simplesmente porque nem toda a gente adapta-se ao trabalho freelancer. Há pessoas que preferem trabalhar para uma única empresa, a fazer seu trabalho em oito horas por dia, 40 horas por semana, a receber um ordenado fixo com contrato, e está tudo bem. Isso porque ser freelancer é não ter rendimento fixo, é ter de fazer sua própria contabilidade e ser responsável pelos  seus impostos e contribuições sociais. E também não ter férias remuneradas periódicas nem subsídios de Natal.

O Mercado de freelancers 

O mercado de freelancers está mais aquecido do que nunca. Nos últimos dois anos, especialmente com a pandemia da COVID-19, vivenciamos uma revolução no mercado de trabalho mundial, com demissões em massa e consequentemente o aumento de trabalhos independentes ou freelancers, temporários, remotos, nómadas digitais, autónomos.

É, de facto, uma carreira em crescimento, que já era tendência de trabalho conforme publicado em artigo da Forbes de agosto de 2018.

Em Portugal, nos últimos dois trimestres de 2021, segundo o Instituto Nacional de Estatística, o número de trabalhadores por conta própria (freelancers) e os profissionais conhecidos como ENI – Empresário em Nome Individual chegou aos 733 mil, o maior valor de sempre em Portugal, e que equivale a cerca de 15% da população ativa no país.

Tipos de trabalho mais comuns para freelancers em Portugal

Os trabalhos mais comuns para freelancers em Portugal são de profissionais liberais e ligados a serviços, nomeadamente:

  • Designers;
  • Jornalistas;
  • Publicitários e profissionais de Marketing;
  • Programadores e desenvolvedores de sites;
  • Produtores ou Criadores de conteúdo audiovisual;
  • Fotógrafos;
  • Tradutores;
  • Revisores;
  • Consultores de negócios;
  • Personal trainers;
  • Fisioterapeutas;
  • Esteticistas que atendem a domicílio;
  • Professor de idiomas e outros, que dão aulas particulares.

8 aplicações úteis para freelancers e empreendedores gerirem o seu negócio

Fonte: Foto de Canva Studio, Pexels

Obrigações Fiscais e de Segurança Social do freelancer em Portugal

Para trabalhar como freelancer em Portugal, é necessário abrir atividade individual, presencialmente no balcão das Finanças ou pelo Portal das Finanças e possuir:

  • Identificação: Cartão de Cidadão ou Cartão/Título de Residência;
  • NIF – Número de Identificação Fiscal;
  • IBAN em seu nome.

No formulário, deve-se selecionar o CAE da sua atividade profissional (classificada consoante a Classificação das Atividades Económicas Portuguesas por Ramos de Atividade) ou CIRS (que consiste em atividades de prestadores de serviços) e preencher uma previsão dos seus rendimentos anuais para efeitos de IRS (caso seja superior a 12.500€ tais rendimentos ficam sujeitos à retenção na fonte).

Atenção: se a atividade a ser iniciada no mês de julho, por exemplo, deve-se calcular a previsão com base em 6 meses, isto é, de julho a dezembro, pois o sistema é que irá, a seguir, calcular automaticamente o valor para 12 meses.

Submetida e aprovada a declaração de início de atividade, o freelancer pode começar a emitir Faturas, Recibos ou Faturas-Recibos (Recibos Verdes) pelo próprio Portal das Finanças.

Fonte: Foto de Cottonbro, Pexels

IVA: se o cálculo anual for de valor superior a 12.500€, é obrigatório o enquadramento no regime normal de IVA, com a correspondente liquidação e dedução de IVA e a entrega da declaração periódica de IVA.

Se o cálculo anual for inferior a 12.500€, o enquadramento é no regime de isenção, sem necessidade de liquidar IVA nem entregar a declaração periódica de IVA.

Segurança Social: no primeiro ano o freelancer é isento de pagamento. Após os 12 meses, a contribuição é calculada com base nos rendimentos dos 3 meses anteriores à declaração e realizada nos meses de janeiro, abril, julho e outubro (ou seja, o freelancer deve entregar uma declaração 4 vezes por ano, para além da declaração anual).

IRS – retenção na fonte: se no ano anterior tiver recebido menos de 12.500€, não precisa de fazer a retenção na fonte, sendo que o IRS será acertado quando fizer a declaração anual. Já se tiver recebido mais de 12.500€, é obrigado a fazer retenção na fonte todos os meses.

Como calcular o valor hora de trabalho freelancer

O blog InvoiceXpress disponibiliza uma ferramenta que pode ajudar no cálculo do valor hora de trabalho freelancer: Calculadora Valor Hora para freelancers | Invoicexpress.

Já o site MeuSalario.pt, indica uma fórmula para calcular o valor hora:

  • Salário Ambicionado = Custo de Vida + Custo da Atividade + Despesas com Impostos
  • Dias de trabalho = (Dias de trabalho – Dias de Férias – Dias de Doenças)*(horas de trabalho por dia)
  • Valor Hora = Salário Ambicionado / Horas de Trabalho

Exemplo: se o salário ambicionado bruto é 1.600€ por mês e conta-se trabalhar 48 semanas, num total de 240 dias, 7 horas de trabalho por dia, deve-se:

  • Calcular o salário anual a 12 meses = 19.200€
  • Calcular as horas de trabalho por ano = 1.680 horas 
  • Dividir o salário anual (19.200€) pelo número de horas de trabalho (1.680) = 11,42€

Liberdade de escolha 

A modalidade de freelancing intensifica e prova que o capital intelectual pode estar disponível em qualquer parte do planeta.

Este modelo sem vínculo empregatício, antes menos valorizado, atende melhor aos anseios de independência e autonomia das novas gerações – mas não só – de profissionais que estão a ingressar no mercado de trabalho. 

Assim, é possível experimentar trabalhar com diversos tipos de empresas e respetivas culturas, selecionar trabalhos que mais convém e que fazem mais sentido de serem desenvolvidos, na visão do próprio freelancer

Fonte: Foto de Andrea Piacquadio, Pexels

O que os freelancers querem 

Ter mais satisfação no trabalho. É isso que os profissionais freelancers mais querem. 

A pesquisa da plataforma Fiverr, realizada pela Censuswide entre os dias 16 e 24 de novembro de 2020, na qual foram entrevistados 1.051 profissionais que trabalharam remotamente naquele ano, em diferentes países, concluiu que, dos freelancers entrevistados, 76% concordaram que trabalhar de casa permitiu que eles assumissem mais trabalhos em paralelo. Além disso, 68% ​​afirmaram que trabalhar em casa os tornaram mais produtivos, o que também lhes permitiram assumir outros trabalhos.

Sê um freelancer

Para trabalhar como freelancer, é preciso dedicação e trabalho, sobretudo ter mente aberta e estar disposto a aceitar novos desafios.

Num mercado altamente competitivo como este, definir um nicho de trabalho faz muita diferença. Quanto mais você se especializa em determinada área, melhor, pois conhecimento técnico é sinónimo de alta qualidade na entrega do trabalho.

Se tem talento e quer entrar no mercado de freelancer, junta-te à maior rede de talentos na Scallent, subsidiária da Jelly – Digital Agency, onde o teu trabalho é verdadeiramente valorizado e dignificado.

A Scallent seleciona Talentos de Topo dentro das áreas de competência de uma Agência e liga-os aos projetos dos clientes, num modelo curado, ágil e competitivo.