Freelancer: utopia ou um trabalho de sonho concretizável?

Pauliny Zito
Planner, copywriter e copydesk

Trabalhar por conta própria. É isso que define o freelancer, termo em inglês que significa profissional liberal que presta serviços de modo autónomo para empresas ou pessoas, por períodos determinados de tempo.

O trabalho de freelancing oferece flexibilidade, independência e a oportunidade de perseguir a sua paixão.

Pauliny Zito
Planner, copywriter e copydesk

Trabalhar por conta própria. É isso que define o freelancer, termo em inglês que significa profissional liberal que presta serviços de modo autónomo para empresas ou pessoas, por períodos determinados de tempo.

O trabalho de freelancing oferece flexibilidade, independência e a oportunidade de perseguir a sua paixão.

Nas palavras de Peggy De Lange, VP de Expansão Internacional da Fiverr, plataforma que conecta empresas a freelancers:

“A pandemia fez com que as pessoas procurassem formas alternativas de exercer as suas atividades. Para aqueles que estavam acostumados a trabalhar num formato mais tradicional, a adesão forçada ao home office acabou por funcionar como uma experiência que mostrou que é possível unir flexibilidade e produtividade. É muito natural que os profissionais queiram manter os aspectos mais positivos desta vivência daqui para frente, o que acaba contribuindo para que muitos se direcionem para o mercado freelancer”.

Fonte: Foto de Andrea Piacquadio, Pexels

Competências do freelancer

O profissional freelancer deve ter boa comunicação verbal e escrita, alta capacidade de gestão do tempo e de planeamento, alto comprometimento e, acima de tudo, ser muito organizado e ter disciplina a fim de priorizar atividades e cumprir prazos.

O foco na solução de problemas é um dos segredos para ser bem-sucedido nos quesitos disciplina e equilíbrio. Para tanto, o primeiro passo é saber o que exatamente tem de resolver. 

Outras competências necessárias são adaptabilidade e empatia, pois, para conseguir resolver os problemas dos clientes, antes de tudo é necessário percebê-los. E para bem percebê-los, terá de colocar-se no lugar deles.

O freelancer deve ser capaz de estabelecer limites claros entre a vida profissional e a pessoal e ter cuidado para não se deixar influenciar pelas muitas distrações presentes em casa.

Ser freelancer implica ser o seu próprio patrão, um desafio que exige que o profissional desenvolva a liderança. Primeiro, de si mesmo. Depois, na relação freelancer e cliente, a liderança está presente na criação de confiança e credibilidade. Para freelancers que trabalham com parceiros, a liderança deve ser exercida com cordialidade e segurança, dando-lhes, entretanto, autonomia. Por último, há também a relação de liderança com familiares e amigos, para que percebam a seriedade do seu trabalho e respeitem horários e limites. 

Por fim, mas não menos importante, é fundamental que o freelancer saiba como promover o seu trabalho, construindo a sua marca pessoal forte, que só será conseguida se o profissional for especialista em determinado nicho – e não um generalista. 

Como construir uma marca pessoal forte? Tendo uma boa estratégia de Networking.

  • Ter e nutrir uma ampla lista de contactos para conseguir boas oportunidades, tendo em conta que não basta juntar contactos; é preciso mantê-los “vivos”;
  • Participar em eventos do mesmo setor que o seu;
  • Estar presente e ativo em grupos de emprego;
  • Inscrever-se em plataformas de freelancers e relacionar-se com outros freelancers;
  • Participar em discussões e estar presente nas redes sociais, principalmente no LinkedIn, a publicar com frequência e a interagir com potenciais clientes;
  • Ter um website/portfólio sempre atualizado e divulgá-lo constantemente;
  • Construir um nome no mercado, tornando-se uma referência na sua área enquanto freelancer;
  • Manter uma boa relação com os seus clientes, baseada em confiança;
  • Manter-se sempre contactável e disponível.

Benefícios de ser freelancer

Enquanto o trabalho de um freelancer é melhor em termos de flexibilidade e propósito, empregos tradicionais, com contrato, por exemplo, oferecem melhores benefícios e estabilidade financeira.

Trabalhar como freelancer oferece aos profissionais a oportunidade de estar no controlo das suas carreiras, o que não se consegue através do emprego tradicional.

Possibilidade de trabalho remoto, ter flexibilidade para estar mais tempo com a família, para viver o seu estilo de vida desejado e para cuidar da saúde física e mental, e, ainda, controlar o potencial de ganhos são alguns dos benefícios-chave de ser freelancer.

Fonte: Foto de Fauxels, Pexels

Dica: faz um planeamento financeiro. Tendo em conta que o ordenado mensal do freelancer é variável, um bom planeamento financeiro é ter em mente quanto dinheiro tem, quanto vai receber e quanto e como está a gastá-lo. Só assim poderá tomar decisões assertivas e não gastar mais do que pode.

10 mitos da carreira de freelancer

1. Freelancer é quem define o orçamento extra

O profissional até pode utilizar o trabalho freelancer como um extra, mas nada o impede de fazer dele a sua principal remuneração.

2. O freelancer ganha pouco

Especialistas nas suas áreas de atuação que trabalham como freelancers deixam de ter o seu valor-hora determinado por uma empresa e definem o seu próprio preço, geralmente passando a cobrar acima da média.

3. Freelancer é para os que estão a ingressar no mercado de trabalho

Embora seja uma área muito atrativa aos jovens em início de carreira, que são movidos a novidades e visam mais liberdade e flexibilidade, não é uma área exclusiva deste público.

4. Não é preciso trabalhar em equipa

Isso porque, mesmo que o freelancer não se encontre com a equipa da empresa, sempre há interação e colaboração entre ambos, desde o recebimento e entendimento do briefing à execução dentro do prazo pré-determinado.

5. Poucas horas de trabalho por dia

O número de horas de trabalho do freelancer depende de diversos fatores, podendo ser, por vezes e inclusivamente, maior do que a carga horária padrão das empresas, nomeadamente: quantidade de clientes e trabalhos, grau de dificuldade e complexidade de cada trabalho, capacidade e ritmo de produção e concentração do freelancer, entre outros. Como o freelancer não tem uma carga horária a cumprir, ele mesmo é quem estabelece quantas horas deve trabalhar mediante as necessidades e os prazos de entrega.

6. Freelancer passa o dia a trabalhar de pijama no sofá

O freelancer pode vestir o que lhe apetecer e trabalhar de onde quiser, quer em sua casa, quer em espaços coworking ou mesmo em locais públicos, como parques, cafés e bibliotecas. Cada pessoa tem uma maneira de ser e de comportar-se, o que não faz do pijama nem do sofá uma regra. 

7. Está sempre disponível

A carreira de freelancer não é sinónimo de agenda mais vazia. Cada freelancer possui uma dinâmica de trabalho pessoal e, portanto, organiza as suas demandas com base no tempo a executar cada tarefa.

8. Não precisa prospetar clientes

Muito pelo contrário. Como já foi dito antes neste artigo, é fundamental que o freelancer faça a divulgação do seu trabalho de maneira contínua, utilizando ferramentas digitais, a fim de destacar-se no mercado.

9. Não é possível viver como freelancer full-time

Nada é impossível. Se tem as habilidades e competências necessárias, foco, organização e sabe promover o seu trabalho, vão sempre surgir clientes e trabalhos.

10. Qualquer pessoa pode ser um freelancer

Nem toda a gente pode ser freelancer pura e simplesmente porque nem toda a gente adapta-se ao trabalho freelancer. Há pessoas que preferem trabalhar para uma única empresa, a fazer seu trabalho em oito horas por dia, 40 horas por semana, a receber um ordenado fixo com contrato, e está tudo bem. Isso porque ser freelancer é não ter rendimento fixo, é ter de fazer sua própria contabilidade e ser responsável pelos  seus impostos e contribuições sociais. E também não ter férias remuneradas periódicas nem subsídios de Natal.

O Mercado de freelancers 

O mercado de freelancers está mais aquecido do que nunca. Nos últimos dois anos, especialmente com a pandemia da COVID-19, vivenciamos uma revolução no mercado de trabalho mundial, com demissões em massa e consequentemente o aumento de trabalhos independentes ou freelancers, temporários, remotos, nómadas digitais, autónomos.

É, de facto, uma carreira em crescimento, que já era tendência de trabalho conforme publicado em artigo da Forbes de agosto de 2018.

Em Portugal, nos últimos dois trimestres de 2021, segundo o Instituto Nacional de Estatística, o número de trabalhadores por conta própria (freelancers) e os profissionais conhecidos como ENI – Empresário em Nome Individual chegou aos 733 mil, o maior valor de sempre em Portugal, e que equivale a cerca de 15% da população ativa no país.

Tipos de trabalho mais comuns para freelancers em Portugal

Os trabalhos mais comuns para freelancers em Portugal são de profissionais liberais e ligados a serviços, nomeadamente:

  • Designers;
  • Jornalistas;
  • Publicitários e profissionais de Marketing;
  • Programadores e desenvolvedores de sites;
  • Produtores ou Criadores de conteúdo audiovisual;
  • Fotógrafos;
  • Tradutores;
  • Revisores;
  • Consultores de negócios;
  • Personal trainers;
  • Fisioterapeutas;
  • Esteticistas que atendem a domicílio;
  • Professor de idiomas e outros, que dão aulas particulares.

8 aplicações úteis para freelancers e empreendedores gerirem o seu negócio

Fonte: Foto de Canva Studio, Pexels

Obrigações Fiscais e de Segurança Social do freelancer em Portugal

Para trabalhar como freelancer em Portugal, é necessário abrir atividade individual, presencialmente no balcão das Finanças ou pelo Portal das Finanças e possuir:

  • Identificação: Cartão de Cidadão ou Cartão/Título de Residência;
  • NIF – Número de Identificação Fiscal;
  • IBAN em seu nome.

No formulário, deve-se selecionar o CAE da sua atividade profissional (classificada consoante a Classificação das Atividades Económicas Portuguesas por Ramos de Atividade) ou CIRS (que consiste em atividades de prestadores de serviços) e preencher uma previsão dos seus rendimentos anuais para efeitos de IRS (caso seja superior a 12.500€ tais rendimentos ficam sujeitos à retenção na fonte).

Atenção: se a atividade a ser iniciada no mês de julho, por exemplo, deve-se calcular a previsão com base em 6 meses, isto é, de julho a dezembro, pois o sistema é que irá, a seguir, calcular automaticamente o valor para 12 meses.

Submetida e aprovada a declaração de início de atividade, o freelancer pode começar a emitir Faturas, Recibos ou Faturas-Recibos (Recibos Verdes) pelo próprio Portal das Finanças.

Fonte: Foto de Cottonbro, Pexels

IVA: se o cálculo anual for de valor superior a 12.500€, é obrigatório o enquadramento no regime normal de IVA, com a correspondente liquidação e dedução de IVA e a entrega da declaração periódica de IVA.

Se o cálculo anual for inferior a 12.500€, o enquadramento é no regime de isenção, sem necessidade de liquidar IVA nem entregar a declaração periódica de IVA.

Segurança Social: no primeiro ano o freelancer é isento de pagamento. Após os 12 meses, a contribuição é calculada com base nos rendimentos dos 3 meses anteriores à declaração e realizada nos meses de janeiro, abril, julho e outubro (ou seja, o freelancer deve entregar uma declaração 4 vezes por ano, para além da declaração anual).

IRS – retenção na fonte: se no ano anterior tiver recebido menos de 12.500€, não precisa de fazer a retenção na fonte, sendo que o IRS será acertado quando fizer a declaração anual. Já se tiver recebido mais de 12.500€, é obrigado a fazer retenção na fonte todos os meses.

Como calcular o valor hora de trabalho freelancer

O blog InvoiceXpress disponibiliza uma ferramenta que pode ajudar no cálculo do valor hora de trabalho freelancer: Calculadora Valor Hora para freelancers | Invoicexpress.

Já o site MeuSalario.pt, indica uma fórmula para calcular o valor hora:

  • Salário Ambicionado = Custo de Vida + Custo da Atividade + Despesas com Impostos
  • Dias de trabalho = (Dias de trabalho – Dias de Férias – Dias de Doenças)*(horas de trabalho por dia)
  • Valor Hora = Salário Ambicionado / Horas de Trabalho

Exemplo: se o salário ambicionado bruto é 1.600€ por mês e conta-se trabalhar 48 semanas, num total de 240 dias, 7 horas de trabalho por dia, deve-se:

  • Calcular o salário anual a 12 meses = 19.200€
  • Calcular as horas de trabalho por ano = 1.680 horas 
  • Dividir o salário anual (19.200€) pelo número de horas de trabalho (1.680) = 11,42€

Liberdade de escolha 

A modalidade de freelancing intensifica e prova que o capital intelectual pode estar disponível em qualquer parte do planeta.

Este modelo sem vínculo empregatício, antes menos valorizado, atende melhor aos anseios de independência e autonomia das novas gerações – mas não só – de profissionais que estão a ingressar no mercado de trabalho. 

Assim, é possível experimentar trabalhar com diversos tipos de empresas e respetivas culturas, selecionar trabalhos que mais convém e que fazem mais sentido de serem desenvolvidos, na visão do próprio freelancer

Fonte: Foto de Andrea Piacquadio, Pexels

O que os freelancers querem 

Ter mais satisfação no trabalho. É isso que os profissionais freelancers mais querem. 

A pesquisa da plataforma Fiverr, realizada pela Censuswide entre os dias 16 e 24 de novembro de 2020, na qual foram entrevistados 1.051 profissionais que trabalharam remotamente naquele ano, em diferentes países, concluiu que, dos freelancers entrevistados, 76% concordaram que trabalhar de casa permitiu que eles assumissem mais trabalhos em paralelo. Além disso, 68% ​​afirmaram que trabalhar em casa os tornaram mais produtivos, o que também lhes permitiram assumir outros trabalhos.

Sê um freelancer

Para trabalhar como freelancer, é preciso dedicação e trabalho, sobretudo ter mente aberta e estar disposto a aceitar novos desafios.

Num mercado altamente competitivo como este, definir um nicho de trabalho faz muita diferença. Quanto mais você se especializa em determinada área, melhor, pois conhecimento técnico é sinónimo de alta qualidade na entrega do trabalho.

Se tem talento e quer entrar no mercado de freelancer, junta-te à maior rede de talentos na Scallent, subsidiária da Jelly – Digital Agency, onde o teu trabalho é verdadeiramente valorizado e dignificado.

A Scallent seleciona Talentos de Topo dentro das áreas de competência de uma Agência e liga-os aos projetos dos clientes, num modelo curado, ágil e competitivo.

Freelancer: utopia or a possible dream job?

Pauliny Zito
Planner, copywriter and copydesk

Working for yourself. That’s what defines freelancing, a term meaning a freelancer who provides services independently for companies or individuals for set periods.

Freelancing offers flexibility, independence, and the opportunity to pursue your passion.

Pauliny Zito
Planner, copywriter and copydesk

Working for yourself. That’s what defines freelancing, a term meaning a freelancer who provides services independently for companies or individuals for set periods.

Freelancing offers flexibility, independence, and the opportunity to pursue your passion.

In the words of Peggy De Lange, VP of International Expansion at Fiverr, a platform that connects businesses to freelancers:

“The pandemic has caused people to look for alternative ways to ply their trade. For those who were used to working in a more traditional format, the forced adhesion to the home office ended up working as an experience that showed that it is possible to unite flexibility and productivity. Naturally, professionals want to keep the most positive aspects of this experience from now on, which ends up contributing for many to move towards the freelance market”.

Souce: Andrea Piacquadio, Pexels

Freelancer Skills

The freelancer must have good verbal and written communication, a high capacity for time management and planning, high commitment, and, above all, be very organized and have the discipline to prioritize activities and meet deadlines.

Focusing on problem-solving is one of the secrets to being successful in the areas of discipline and balance. To do so, the first step is to know what exactly you have to solve. 

Other necessary skills are adaptability and empathy because to be able to solve the clients’ problems, first of all, it is necessary to understand them. And to understand them well, you have to put yourself in their shoes.

The freelancer must be able to establish clear boundaries between professional and personal life and be careful not to be influenced by the many distractions present at home.

Being a freelancer implies being your boss, a challenge that requires the professional to develop leadership. First, of oneself. Then, in the freelancer and client relationship, leadership is present in creating trust and credibility. For freelancers working with partners, leadership should be exercised with cordiality and security, while giving them autonomy. Finally, there is also the leadership relationship with family and friends, so that they perceive the seriousness of your work and respect schedules and limits. 

Last but not least, the freelancer must know how to promote their work, building their strong personal brand, which will only be achieved if the professional is a specialist in a certain niche – and not a generalist. 

How to build a strong personal brand? By having a good Networking strategy.

  • Have and nurture a wide list of contacts to get good opportunities, bearing in mind that it is not enough to gather contacts; you have to keep them “alive”;
  • Participate in events in the same sector as yours;
  • Being present and active in employment groups;
  • Subscribe to freelancing platforms and connect with other freelancers;
  • Participate in discussions and be present on social media, especially LinkedIn, posting frequently and interacting with potential clients;
  • Having a website/portfolio that is always up to date and posting it constantly;
  • Build a name in the market, becoming a reference in your area as a freelancer;
  • Maintain a good relationship with your clients, based on trust;
  • Keep yourself always contactable and available.

Benefits of being a freelancer

While freelance work is better in terms of flexibility and purpose, traditional, contract jobs, for example, offer better benefits and financial stability.

Working as a freelancer offers professionals the opportunity to be in control of their careers, which cannot be achieved through traditional employment.

Being able to work remotely, having the flexibility to spend more time with your family, living your desired lifestyle, looking after your physical and mental health, and also controlling your earning potential are some of the key benefits of being a freelancer.

Source: Fauxels, Pexels

Tip: do some financial planning. Considering that a freelancer’s monthly salary is variable, good financial planning is to keep in mind how much money you have, how much you will receive, and how much and how you are spending it. Only then you can make assertive decisions and not spend more than you can afford.

10 myths of the freelance career

1. Freelancer sets the extra budget

The professional may even use the freelance work as an extra, but nothing prevents him from making it his main remuneration.

2. The freelancer earns little

Specialists in their fields of expertise who work as freelancers no longer have their hourly rate determined by a company and set their price, usually charging above average.

3. Freelancing is for those who are entering the job market

Although it is a very attractive area for young people at the beginning of their career, who are driven by novelty and seek more freedom and flexibility, it is not an area exclusive to this public.

4. No need to work in a team

This is because, even if the freelancer does not meet the company’s team, there is always interaction and collaboration between both, from the receipt and understanding of the briefing to the execution within the predetermined deadline.

5. Few working hours per day

The number of working hours of the freelancer depends on several factors, and may sometimes even be higher than the standard workload of companies, namely: number of clients and jobs, degree of difficulty and complexity of each job, capacity, and pace of production, and concentration of the freelancer, among others. As the freelancer does not have a workload to comply with, he establishes how many hours he should work according to his needs and deadlines.

6. Freelancer spends the day working in pajamas on the sofa

The freelancer can wear what he feels like and work wherever he wants, whether at home, in coworking spaces, or even in public places like parks, cafes, and libraries. Each person has a way of being and behaving, which doesn’t make pajamas or the sofa a rule. 

7. Always available

A freelance career is not synonymous with an emptier schedule. Every freelancer has a personal work dynamic and therefore organizes their demands based on the time to perform each task.

8. You don’t have to prospect for clients

Quite the opposite. As stated earlier in this article, freelancers must disseminate their work continuously, using digital tools, to stand out in the market.

9. It is not possible to live as a full-time freelancer

Nothing is impossible. If you have the necessary skills and competencies, focus, organization, and know how to promote your work, clients and jobs will always come your way.

10. Anyone can be a freelancer

Not everyone can be a freelancer pure and simple because not everyone adapts to freelance work. Some people prefer to work for a single company, doing their job eight hours a day, 40 hours a week, getting a fixed salary with a contract, and that’s fine. That’s because to be a freelancer is to have no fixed income, it’s to have to do your bookkeeping and be responsible for your taxes and social contributions. And also to have no periodic paid holidays or Christmas bonuses.

The freelancers Market 

The freelance market is hotter than ever. In the last two years, especially with the pandemic of COVID-19, we have experienced a revolution in the global labor market, with mass layoffs and consequently the rise of freelance or independent work, temporary, remote, digital nomads, and autonomous.

It is indeed a growing career, which was already a working trend as published in a Forbes article from August 2018.

In Portugal, in the last two quarters of 2021, according to the National Institute of Statistics, the number of self-employed (freelancers) and the professionals known as ENI – Entrepreneur in Individual Name reached 733,000, the highest figure ever in Portugal, and which is equivalent to about 15% of the active population in the country.

Most common types of jobs for Freelancers in Portugal

The most common types of work for freelancers in Portugal are freelance and service-related jobs, namely:

  • Designers;
  • Journalists;
  • Advertising and Marketing professionals;
  • Programmers and website developers;
  • Producers or Creators of audiovisual content;
  • Photographers;
  • Translators;
  • Proofreaders;
  • Business consultants;
  • Personal trainers;
  • Physiotherapists;
  • Beauticians who provide home care services;
  • Language teachers and others who give private lessons.

8 useful apps for Freelancers and Entrepreneurs to manage their business

Source: Canva Studio, Pexels

Freelancer’s Tax and Social Security obligations in Portugal

To work as a freelancer in Portugal, it is necessary to open an individual activity, in person at the Finance counter or through the Portal das Finança and have:

  • Identification: Citizen Card or Residence Card/Title;
  • NIF – Tax Identification Number;
  • IBAN in your name.

In the form, you should select the CAE of your professional activity (classified according to the Portuguese Classification of Economic Activities by Branches of Activity) or CIRS (which consists of activities of service providers) and fill in a forecast of your annual income for IRS purposes (if it is more than 12.500€ such income will be subject to withholding).

Please note: if the activity starts in July, for example, you should calculate the forecast based on 6 months, that is, from July to December, because the system will then automatically calculate the value for 12 months.

Once the declaration of the beginning of activity is submitted and approved, the freelancer can start issuing Invoices, Receipts, or Invoice-Receipts (Green Receipts) through the Portal das Finanças.

Freedom of choice 

Freelancing intensifies and proves that intellectual capital can be available anywhere on the planet.

Source: Cottonbro, Pexels

IVA: if the annual calculation is greater than 12,500 euros, it is compulsory to be included in the normal IVA regime, with the corresponding payment and deduction of IVA and submission of the periodic IVA declaration.

If the annual calculation is less than 12,500 euros, the framework is in the exemption regime, without the need to pay VAT or submit the periodic VAT declaration.

Social Security: in the first year the freelancer is exempt from payment. After 12 months, the contribution is calculated based on the income of the 3 months before the declaration and made in January, April, July, and October (i.e. the freelancer must submit a declaration 4 times a year, in addition to the annual declaration).

IRS withholding: If you have received less than 12,500 in the previous year, you do not need to make the withholding tax, and the IRS will be settled when you make the annual declaration. However, if you received more than 12.500€, you are obliged to withhold tax at the source every month.

How to calculate the hour value of freelancer work

The InvoiceXpress blog provides a tool that can help you calculate the hourly rate for freelance work:  Calculadora Valor Hora para Freelancers | Invoicexpress.

MeuSalario.pt provides a formula to calculate the hourly rate:

  • Living Wage = Cost of Living + Cost of Occupation + Tax Expenditure
  • Working Days = (Working Days – Vacation Days – Sick Days)*(working hours per day)

Hourly rate = Living Wage / Working Hours

Example: If your gross salary is EUR 1,600 per month and you expect to work 48 weeks, a total of 240 days, 7 hours a day, you should

  • Calculate the annual salary for 12 months = 19,200 euros
  • Calculate the working hours per year = 1,680 hours
  • Divide the annual salary (19,200 euros) by the number of working hours (1,680) = 11.42 euros

Freedom of choice

The freelancing modality intensifies and proves that intellectual capital can be available anywhere on the planet.

This model without employment ties, previously less valued, better meets the aspirations of independence and autonomy of the new generations – but not only – of professionals entering the labor market. 

Thus, it is possible to experiment with working with different types of companies and respective cultures, selecting jobs that are more convenient and which make more sense to be developed, from the freelancer’s point of view. 

Source: Andrea Piacquadio, Pexels

What Freelancers want

To have more job satisfaction. That’s what freelance professionals want most. 

The Fiverr platform survey, conducted Censuswide between November 16 and 24, 2020, in which 1,051 professionals who worked remotely that year in different countries were interviewed, found that of the freelancers interviewed, 76% agreed that working from home allowed them to take on more work in parallel. In addition, 68% said that working from home made them more productive, which also allowed them to take on other work.

Be a freelancer

To work as a freelancer, takes dedication and hard work, above all having an open mind and being willing to take on new challenges.

In a highly competitive market like this, defining a niche makes a lot of difference. The more you specialize in a certain area, the better because technical knowledge is synonymous with high quality in the delivery of work.

If you are talented and want to enter the freelance market, join the largest talent network at Scallent, a subsidiary of Jelly – Digital Agency, where your work is truly valued and dignified.

Escallent selects Top Talent within an Agency’s areas of competence and connects them to client projects, in a curated, agile and competitive model.

Instagram em mudanças: um caminho rumo à autenticidade perdida?

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Catarina Alves de Sousa
– Social Media Manager –

A expressão “dar um passo atrás para dar dois em frente” parece ter passado a fazer parte da estratégia do Instagram rumo a um espaço de partilha de conteúdo mais orgânico. Por esta rede social, parece viver-se um ambiente de clara mudança que se tem feito sentir nas mais recentes novidades anunciadas.

Já não é a primeira vez que testemunhamos uma plataforma recuar nos seus avanços. Houve uma altura em que foi possível enganar o Google; pelo meio de parágrafos, não era incomum incluir-se keywords “escondidas” (normalmente a letra branca em fundo branco) com o intuito de melhorar o desempenho de SEO dos artigos. Por sua vez e em pouco tempo, a Google melhorou o desempenho do seu algoritmo, que facilmente começou a detectar estes casos, penalizando os sites que recorriam a estas práticas.

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Catarina Alves de Sousa
– Social Media Manager –

A expressão “dar um passo atrás para dar dois em frente” parece ter passado a fazer parte da estratégia do Instagram rumo a um espaço de partilha de conteúdo mais orgânico. Por esta rede social, parece viver-se um ambiente de clara mudança que se tem feito sentir nas mais recentes novidades anunciadas.

Já não é a primeira vez que testemunhamos uma plataforma recuar nos seus avanços. Houve uma altura em que foi possível enganar o Google; pelo meio de parágrafos, não era incomum incluir-se keywords “escondidas” (normalmente a letra branca em fundo branco) com o intuito de melhorar o desempenho de SEO dos artigos. Por sua vez e em pouco tempo, a Google melhorou o desempenho do seu algoritmo, que facilmente começou a detectar estes casos, penalizando os sites que recorriam a estas práticas.

Cerca de dez anos mais tarde, temos um Instagram que se tornou numa montra virtual de uma panóplia de produtos, de marcas e de influenciadores que divulgam ainda mais marcas, serviços, produtos e espaços, sem grandes limites. Quem viveu o início desta rede social, está certamente a estranhar esta forma de se viver o Instagram. Longe vão os dias em que nos servíamos desta rede para nos mantermos a par das vidas dos nossos familiares e amigos, que partilhavam fotografias dos seus dias e dos seus melhores momentos através de fotografias espontâneas, filtradas ao mínimo, com uma preocupação também mínima por likes, partilhas, seguidores e desempenho do algoritmo.

Com grande poder, vem grande responsabilidade?

A icónica frase dita pelo tio Ben a um jovem Peter Parker, pode perfeitamente aplicar-se ao panorama atual do Instagram. Esta é uma afirmação meramente especulativa, mas será que algumas das mais recentes mudanças no Instagram não se devem, em parte, a um assumir de responsabilidade por parte do mesmo? Será que estamos a percorrer um caminho rumo a conteúdos mais orgânicas porque, em anos mais recentes, nos afastámos demasiado da criação de conteúdos por puro prazer?

Esconder stories excessivos e uma nova forma de interagir com este formato

Fala-se que o Instagram está a testar o agrupamento de vários stories quando pertencem ao mesmo utilizador como forma de minimizar o “spam” visual de stories

Um utilizador partilhou de que forma o Instagram está a começar a fazê-lo:

Fonte: Página de Twitter de Phil Ricelle

 

Neste caso, em vez de mostrar dezenas de stories com pontinhos seguidos, mostra muito menos de uma vez, mas quando se clica em “Mostrar tudo”, conseguimos ver todos os stories que o utilizador publicou nas últimas 24 horas.

Por outro lado, se o Instagram tira, o Instagram dá! 

Já deve ter reparado nos corações que está a receber em stories que publica. Estes são o resultado de uma das novidades que o Instagram nos trouxe este ano. Ainda que não altere significativamente a forma como utilizamos e interagimos com a app, não deixa de ser um apontamento engraçado e uma nova forma de interagirmos com este conteúdo mais efémero.

Ainda sobre os stories, terminamos com uma novidade ainda mais impactante. 

Durante 2022, já poderemos dizer adeus à obrigatoriedade dos stories de 15 segundos. Agora, se tiver vídeos mais longos (até 60 segundos) que queira partilhar em story, já poderá fazê-lo sem quebras em vídeos mais pequenos de 15 segundos. 

Com o fim do IGTV, partilhar vídeos mais longos já não é um problema no Instagram!

O regresso do feed cronológico

Este é, sem dúvida, um dos maiores passos que o Instagram está a dar rumo a uma existência mais orgânica. Consciente de que estava a perder terreno comparativamente com o Tik Tok, tomou as rédeas da situação e escolhou contorná-la com a inclusão da possibilidade de escolher o tipo de feed que deseja ver quando abre a sua app do Instagram.

Na verdade, os utilizadores do Instagram (especialmente os mais antigos), já andavam a pedir o regresso do feed cronológico há muito tempo. Felizmente, o Instagram ouviu-os.

A confirmar-se, será o fim da exclusividade do feed por engagement, organizado por publicações mais bem sucedidas ou com as quais mais interage e que o algoritmo do Instagram considera que serão mais interessantes para si. Também sente falta de ver as publicações por “ordem de chegada”?

Esta novidade tem como objetivo não só atender aos pedidos dos utilizadores, mas também de lhes dar de volta algum controlo perdido daquilo que veem quando abrem a app.

Com o lançamento desta novidade, estamos perante três formas diferentes de apresentação do feed:

  • Home (default, publicações por engagement)
  • Favoritos (apenas as publicações dos utilizadores que marcou como favoritos)
  • Seguindo (publicações por ordem cronológica de todos os utilizadores que segue)

Talvez para compensar um pouco a substituição do feed curado pelo algoritmo do Instagram em detrimento das publicações por ordem cronológica, faz sentido que o Instagram lance a funcionalidade de marcar utilizadores da app como favoritos para que, se for essa a sua vontade, conseguir ver apenas as publicações das pessoas que escolheu como “favoritas”.

Nada como podermos escolher quem mais queremos ver na nossa app favorita, não concorda? O desenvolvimento da inteligência artificial é, de facto, impressionante, mas numa aplicação deste género, faz sentido dar o poder aos utilizadores de fazerem as melhores escolhas para si, sobretudo numa época em que tanto se fala de uma utilização mais mindful das redes sociais e do impacto destas na saúde mental.

Mais apoio aos criadores de conteúdo

Criador de conteúdo passou a fazer parte do leque de empregos relacionados com as redes sociais. Um criador de conteúdo que queira, hoje em dia, ganhar dinheiro com o seu talento nas redes sociais, pode contar com várias ferramentas disponibilizadas pelas mesmas. E o Instagram fará, em 2022, parte das redes sociais que apoiam o trabalho dos criadores de conteúdo, com o lançamento de novos produtos de monetização na plataforma. Ainda não existe uma data definida para este lançamento, mas existe a certeza de que será uma realidade.

E como neste momento, 20% do tempo passado no Instagram é dedicado à visualização de reels, a plataforma está cada vez mais a privilegiar a partilha de conteúdo em vídeo. Na verdade, o Instagram há muito que já não é uma aplicação feita (apenas) de partilhas fotográficas.

O foco no vídeo tornou-se uma necessidade para ir de encontro às tendências da Geração Z e para rivalizar com o TikTok.

Na sequência da importância dos conteúdos em vídeo, o Instagram pretende lançar as Reels Visual Replies, uma funcionalidade que permite responder a reels com outros reels, tal como se faz no TikTok com a funcionalidade de “dueto”. Esta atualização atrairá ainda mais engagement para este tipo de conteúdos que estão, cada vez mais, a ganhar um lugar de destaque no Instagram.

Para além disso, a ideia é também tornar o vídeo fullscreen, de forma a ocupar a totalidade do ecrã enquanto faz scroll pelo feed.

Fonte: Projeto Agência de Bolso

E por falar em criadores de conteúdo, é praticamente impossível falarmos deles sem mencionar os afamados NFTs (Non-Fungible Tokens).

Em maio deste ano, o Instagram começou a testar a inclusão de NFTs – juntamente com criadores de conteúdo – na app. O objetivo é que seja possível partilharem NFTs criados ou comprados por eles nesta rede social. Não existirão quaisquer custos associados à publicação ou à partilha de NFTs.

Em breve, será também expandido o acesso a colecionáveis digitais, trazendo os benefícios da propriedade de NFT a ainda mais criadores e colecionadores.

Fonte: Página de Instagram @adambombsquad

A mudança é mesmo a chave do progresso

Com todas estas mudanças a acontecer numa das nossas redes sociais favoritas, é normal acharmos que o Instagram é uma recordação distante da altura em que apareceu. A rede social de partilha de fotografias e espelho de tempos mais simples, tornou-se agora no gigante absoluto das redes sociais que têm por base a partilha de fotos, mas não só. Hoje, o Instagram é um centro de negócios, um palco partilhado entre criadores de conteúdo, influenciadores e marcas, para quem a importância de estar e criar dentro do Instagram não passa despercebida.

É argumentável que os utilizadores que usam a plataforma sem qualquer interesse financeiro por trás, sintam que a verdadeira essência do Instagram se perdeu. Será que todas estas mudanças em curso nos aproximarão da autenticidade perdida?