Sandra Caravana
Copywriter
Quando estudamos marketing, há uma palavra presente em todos os módulos: estratégia.
Estratégia, estratégia, estratégia. Keyword mais relevante e com mais alcance. Em todos os pontos, em todas as frentes, digital ou placa de vendas, é preciso estratégia. Que é como quem diz: não se faz nada sem objetivos bem definidos. Nada.
Mas a estratégia anda nas ruas do marketing sozinha? Não.
Anda, claro, de mãos dadas com os objetivos e do público-alvo.
Queremos vender a todas as pessoas que existem no planeta terra?
Queremos vender ao nosso público-alvo. Mas quem é o público-alvo?
Sandra Caravana
Copywriter
Quando estudamos marketing, há uma palavra presente em todos os módulos: estratégia.
Estratégia, estratégia, estratégia. Keyword mais relevante e com mais alcance. Em todos os pontos, em todas as frentes, digital ou placa de vendas, é preciso estratégia. Que é como quem diz: não se faz nada sem objetivos bem definidos. Nada.
Mas a estratégia anda nas ruas do marketing sozinha? Não.
Anda, claro, de mãos dadas com os objetivos e do público-alvo.
Queremos vender a todas as pessoas que existem no planeta terra?
Queremos vender ao nosso público-alvo. Mas quem é o público-alvo?
Público-alvo VS Persona
Público-alvo é o segmento de utilizadores/consumidores para quem se deve direcionar as estratégias. São as pessoas que têm uma maior probabilidade de estarem interessadas no seu produto ou serviços. São os utilizadores/consumidores que têm algo em comum com a sua marca, que se identificam com a sua voz. É um grupo de potenciais clientes. A definição do público-alvo é resultado do processo de segmentação de mercado, que identifica esses grupos de consumidores com características afins.
Já uma persona é a personificação do público-alvo. É uma personagem fictícia que representa o cliente ideal do seu negócio. É o avatar da sua loja online. É a Madalena, 40 anos, mãe de 4 crianças, influencer de profissão com uma casa nova a precisar de muitas obras.
Por que razão é importante distinguir estes dois conceitos?
Porque ao definir a estratégia sobre a audiência, não nos devemos focar na persona, embora não a possamos ignorar. A estratégia de marketing foca-se no público-alvo, estejamos a falar de uma loja física ou nas redes sociais, estejamos a falar em vendas ou na construção de uma comunidade.
Pegue numa folha, no seu bloco de notas físico ou digital, abra um excel… como preferir. Escreva as características do seu público-alvo. Escreva a quem quer chegar. Caracterize a sua comunidade. Fale das pessoas que gostava que fossem suas clientes, de como gostava que esses clientes agissem na sua loja.
Seja ainda mais específico/a: qual o valor do carrinho médio ideal? Quem irá comprar o produto estrela da sua loja ou quem irá escolher o serviço base (aquele que quase nunca dá lucro, mas que convém ter sempre presente para criar carteira de clientes)?
Podem ler mais sobre persona aqui e aqui. Hoje, o foco está no público-alvo e nas redes sociais.
Em que redes sociais estamos?
Todas. Facebook, Youtube, WhatsApp, Instagram, LinkedIn, Pinterest, Twitter, Twitch, TikTok.
O estudo da We Are Social Digital 2023 Portugal mostra que a faixa etária com mais utilizadores de redes sociais é dos 25-34 anos.
Fonte: We Are Social Digital 2023 Portugal
Qual é a rede social mais usada, neste momento, em Portugal? WhatsApp. É mais uma plataforma do que uma rede, mas enquadra-se bem no propósito da rede social: não é para partilhar a fotografia do recém-nascido com o mundo, mas para a fotografia chegar mais rápido à família. O WhatsApp soube atualizar-se às necessidades da população, tendo uma versão profissional. Recentemente, disponibilizou a opção de criação de comunidades, com o objetivo de ter conversas com um maior número de utilizadores: bom para negócios, bom para escolas e para famílias.
Fui Fact: o WhatsApp tem a opção de bloquear o envio de mensagens – só o administrador do grupo pode escrever; os restantes membros podem visualizar e reagir com emojis. Voltando ao mesmo exemplo: ótimo para quando vem mais um bebé para a família.
Fonte: We Are Social Digital 2023 Portugal
Mas é a rede social preferida? Não. Aqui o vencedor é o Instagram.
Fonte: We Are Social Digital 2023 Portugal
Talvez por ter uma imagem mais agradável? Isso é subjetivo. Fácil de usar? Hum… Todas as redes investem em UX Design e Writing. É uma questão de moda? É uma questão geracional? Inclino-me mais para a última opção.
O Facebook continua a ser a rede social com mais contas no mundo. O número combinado de usuários de produtos Meta (Facebook, Messenger, Instagram e WhatsApp) ultrapassa qualquer outra combinação futura. O Facebook não morreu, principalmente para negócios. Prova disso foi a ascensão das lives em tempos de confinamento, fazendo com que muitas PME’s na área do comércio sobrevivessem durante a pandemia.
Por que deve definir o seu público-alvo?
A verdade é que cada rede tem público diferente com objetivos diferentes. E por isso, se ter presença nas redes sociais faz parte da estratégia do seu negócio, não perca tempo em criar perfil em todas as redes acima citadas.
Lição n.º1: O seu negócio não precisa de estar em todas as redes sociais.
Alerta CMTV? Não. Pode ser polémico? Talvez.
Aos defensores da presença em todo o lado: se assim for a vossa vontade, sejam criativos no conteúdo que publicam.
O conteúdo é rei
Ou rainha.
O conteúdo é tudo nas redes sociais. É o mais importante e sem conteúdo bom, não há redes. Mas o mesmo conteúdo não serve para todas as redes, mesmo com a mudança de paradigma dando mais ênfase e alcance a conteúdo vídeo. O conteúdo deve ser ajustado e adaptado para cada rede social.
Seja um conteúdo em vídeo, em imagens ou só texto, a escolha do conteúdo também depende da voz da sua marca e da sua audiência. E não tem de ser linear e para sempre: pode alterar ao longo do tempo, de forma gradual ou fazendo um rebranding – investimento que tem demonstrado bons resultados. Reposiciona a sua marca e torna-a mais próxima dos seus clientes. Por vezes, basta a mudança de logótipo para conseguir o update que queria.
Fonte: Neil Patel Blog
Diz-me qual era o logo do Instagram quando instalaste a app no teu smartphone e eu dir-te-ei de que geração és:
Fonte: Walterman
Conheça a sua audiência
Audiência? Não estávamos a falar em público-alvo?
Sim, mas em marketing digital usamos a expressão audiência: estamos a criar conteúdo para visualizações, com o objetivo de criar leads. Nomenclatura diferente, mas com lógica.
Aprenda o que funciona e o que não funciona
Nunca se esqueça: quem compra brinquedos de criança são os adultos. O conteúdo das redes sociais da sua empresa não é para as crianças, não são elas que têm o poder de compra. A publicidade pode ser feita para crianças, usando a tradicional estratégia dos tempos de visualização: nos intervalos dos desenhos animados, por exemplo. O mesmo acontece com a publicidade no YouTube, no início dos vídeos. Mudam-se os tempos, muda-se o canal, mantém-se a estratégia vencedora.
Use e abuse das ferramentas próprias de cada rede social para conhecer a sua audiência. As perguntas do Instagram foram criadas com esse mesmo propósito. Perguntas básicas, fáceis de responder, como resposta direta:
- Qual a faixa etária
- Qual o horário laboral (tradicional ou turnos)
- Sexo e género
- Com ou sem filhos/as
- Qual a rede social que mais usa
- Prefere vídeo ou fotografias
- Quais os hábitos de leitura
- Já comprou a nossa marca?
- Costuma ler newsletter?
- Costuma comprar online?
O Instagram, sendo muito visual, permite-lhe retirar daqui conclusões rapidamente.
Cruze estes dados com a caracterização que fez do seu público-alvo. It’s a match?
Sim, é por esta razão que muitas marcas usam esta estratégia. E bem. Tal como a típica sugestão de mostrar os bastidores.
Tem uma página de receitas vegetarianas? Não publique só a receita. Faça um vídeo nas compras, explicando como e onde escolher os produtos que usou ou irá usar numa receita.
Este tipo de conteúdo vai-lhe dar dados da sua audiência e criar o sentido de comunidade. Não ignore as interações: estas dão-lhe ainda mais visibilidade e clientes.
Como aumentar a sua audiência?
Tem sido normalizado a prática dos sorteios. Regra geral, as normas para participação são:
- Seguir a página
- Gostar da publicação
- Identificar dois/três amigos/as diferentes
… e podem participar quantas vezes quiserem, desde que identifiquem amigos/as diferentes.
Se o seu objetivo é aumentar o número de seguidores só porque sim, então o caminho é fazer vários sorteios e giveaways recorrentemente. Se o seu objetivo é criar uma audiência de qualidade, o caminho é outro, bem diferente.
Os sorteios trazem muitos seguidores. Em boa verdade, trazem aqueles seguidores que foram identificados. E ganhar uma pulseira, um livro ou um kit de cremes eco friendly é sempre bom, é sempre positivo. Oferecer algo é uma excelente forma de mostrar a sua marca – porque acham que o merchandising é tão importante? Tem aí uma caneta? Aposto que é de uma PME do local onde vive.
O malefício de fazer sorteios são os seguidores falsos e os bots: aqueles perfis que não têm fotografia, nem amigos, nem publicações, com o nome mikepotter734982. Quem tem um bom número de seguidores porque acha que lhe dá mais credibilidade? Pode comprar estes perfis. Mas não está a criar audiência.
Como usar os sorteios para criar uma boa (e verdadeira) audiência?
Torne o sorteio num concurso.
A sua editora vai lançar um novo livro? Divulgue o nome do livro e peça aos seus seguidores para criarem uma sinopse com 50 palavras, mesmo eles não sabendo muito bem da história que se trata.
Só vai comentar quem está do seu lado, quem se relaciona com a sua marca, quem quer o seu produto. Vai conhecer quem lê, quem escreve, quem imagina, quem cria. A sua comunidade vai comentar e partilhar, mesmo que esta última ação não esteja no seu CTA – call to action.
Seja inspirador/a
… ou pague para alguém ser.
Influencer é uma profissão. E está cá para ficar.
O truque é escolher bem o/a influencer para a sua marca. Até aqui temos de experimentar e fazer testes A/B, correndo alguns riscos.
Invista em mico influencers e avalie os conteúdos que publicam. Aqui, a construção da persona pode ser um benefício. Escolha um/a influencer o mais parecido com a persona do seu negócio.
Seja cusco/a
Siga a sua concorrência. Todos os dias. Mais: descubra o que os seus seguidores dizem da concorrência.
Faça uma análise SWOT da sua empresa. Tendo esta análise sempre atualizada, vai ajudar a não perder as oportunidades e a ter consciência das atualizações que deve fazer.
Os 6 passos, de forma resumida, para criar e definir a sua audiência nas redes sociais são:
- Escreva sobre o seu público-alvo.
- Escolha as redes sociais onde quer estar presente. Escolha a plataforma ideal.
- Conheça a sua audiência.
- Crie interação para aumentar a sua audiência.
- Invista em influencers.
- Analise a concorrência.
Este é um dos investimentos que as marcas fazem para manter a sua presença no digital e há várias ferramentas que o podem ajudar nesta árdua tarefa digital. O Tio Google é muito generoso: pode criar alertas de resultados de pesquisa e pode analisar as keywords. O Google Analytics é muito completo a monitorizar os dados do seu site e é gratuito.
Quanto às redes sociais, pode gerir tudo num só local, como a Swonkie ou o E-goi – empresas portuguesas com um excelente serviço de apoio ao cliente.
Se chegou até ao fim deste texto e acha que a sua marca precisa de um update, nada tema: pode contar com a Jelly para o rebranding da sua marca.