CRM: como a relação com o cliente conduz as marcas ao sucesso

Inês Tito
Copywriter

Somos seres sociais. Nascemos programados para nos relacionarmos. 

Na verdade, temos mais sucesso quando nós interagimos com quem nos rodeia. É a nossa receita para dar significado a um mundo cheio de incertezas. Sem as relações que nutrimos desde o nascimento, estaríamos condenados à extinção.

O mesmo acontece no mundo dos negócios.

Inês Tito
Copywriter

Somos seres sociais. Nascemos programados para nos relacionarmos. 

Na verdade, temos mais sucesso quando nós interagimos com quem nos rodeia. É a nossa receita para dar significado a um mundo cheio de incertezas. Sem as relações que nutrimos desde o nascimento, estaríamos condenados à extinção.

O mesmo acontece no mundo dos negócios.

As marcas que desenvolvem um vínculo especial com os clientes têm mais hipóteses de alcançar o sucesso. Na era digital, quem gere relacionamentos está um passo à frente da concorrência. Afinal de contas, sem clientes não há negócio!

Gestão de relacionamento com o cliente

A evolução do marketing conduziu-nos até um modelo focado na experiência do cliente. Esta mudança de paradigma foi impulsionada pelo interesse em compreender as necessidades dos clientes e a estabelecer uma relação próxima.

As lojas de rua e outros pequenos negócios conhecem os seus clientes habituais pelo primeiro nome. As grandes marcas mundiais também querem essa cumplicidade. A gestão de relacionamento com o cliente, ou Customer Relationship Management (CRM), é a fórmula para concretizar esse objetivo. 

CRM refere-se ao conjunto de estratégias e técnicas utilizadas para gerir e analisar o comportamento do cliente. Mediante um software CRM, as marcas armazenam e categorizam informação sobre os seus clientes e potenciais interessados. A gestão de contactos, o acompanhamento de interações com a marca e o agendamento de lembretes são algumas das funções mais utilizadas.

Fonte: Super Office, 2022

Mas é possível ir mais além…

Qual o impacto do CRM nas marcas?

Estudos recentes demonstram que 43% das empresas ainda usam folhas de cálculo para registar e monitorizar a informação dos clientes. 

O CRM permite descartar este tipo de procedimentos manuais obsoletos, automatizando-os. Na verdade, mais de 80% das empresas usam software CRM para obter relatórios de vendas e automatizar processos. 

Esta ferramenta também permite aumentar receitas, gerir o funil de vendas e captar leads. Desta forma, a análise de dados será o alicerce para desenvolver campanhas de marketing e definir objetivos de vendas e de atendimento ao cliente.

A recolha de informação, em todos os pontos de contacto da jornada, proporciona uma visão holística do cliente. Para os funcionários da empresa é a oportunidade para personalizar o atendimento e aumentar a sua produtividade e autonomia.

Por outro lado, os clientes favorecem marcas com as quais já estão familiarizados ou que oferecem uma experiência personalizada. Assim, utilizar um software CRM permite aumentar a satisfação do cliente em 45% e elevar a receita gerada em 37%.

Implementar uma estratégia CRM 

Desenvolver e implementar uma estratégia de gestão do relacionamento ao cliente exige alguma ponderação. Vejamos quais os passos mais importantes.

1. Auditoria

A análise SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats, ou em português Pontos Fortes, Pontos Fracos, Oportunidades e Ameaças) permite estudar o mercado e avaliar a concorrência e determinar se a empresa dispõe dos recursos necessários. Assim, é mais fácil identificar o caminho a seguir.

2. Definir objetivos SMART

Sem objetivos, um negócio navega à deriva, mantendo-se à tona até eventualmente afundar. Por isso, é fundamental formular objetivos SMART (Specific, Measurable, Achievable, Realistic, Time-Bound). Estes devem ser específicos, mensuráveis, alcançáveis, realistas e temporais. Através desta técnica, é mais fácil monitorizar e ajustar a estratégia CRM.

3. Mapear a jornada do cliente

Saber quem contacta a marca, como e quando o faz, permite identificar as etapas do funil de vendas. 

Além disso, criar um buyer persona ajuda a compreender quem comprou os produtos ou serviços. Dados como idade, género, localização, estatuto socioeconómico, ou qual a plataforma de contacto preferencial, constituem o arquétipo do cliente ideal. Daqui à personalização das campanhas de marketing é um passo.

4. Mapear o funil de vendas

Esta etapa permite visualizar os pontos de contacto do cliente com a marca. Alinhar a estratégia CRM com o funil de vendas ajuda a determinar quando é necessário agir para converter o cliente.

Fonte: Asana, 2023

5. Partilhar informação

O software CRM recolhe informação a partir de várias fontes para apresentá-la de forma organizada aos vários departamentos da empresa. Deste modo, os funcionários poupam tempo e são mais autónomos nas suas tarefas diárias.

Para que este circuito funcione, é necessário garantir canais de comunicação internos adequados e uma estratégia de comunicação transparente. Ao partilhar a informação, cada departamento evitar repetir as questões colocadas ao cliente. 

6. Personalizar a experiência do cliente

O software CRM organiza os detalhes dos clientes e facilita a compreensão dos objetivos estratégicos. Assim sendo, os funcionários conseguem personalizar o contacto com o cliente e melhorar a sua experiência em toda a jornada.

7. Automatizar

Tarefas como integrar dados de novos clientes ou enviar newsletters eram feitas manualmente, ocupando grandes períodos de tempo. Através da automatização, é possível reduzir custos e alocar recursos noutras tarefas. 

8. Monitorizar o desempenho da estratégia

É importante definir objetivos para alcançar o nosso destino. Contudo, é igualmente importante analisar se estamos no caminho certo. O software CRM permite avaliar o desempenho das equipas para garantir que todos cumprem os objetivos definidos. Assim, é possível analisar os aspetos positivos e identificar os pontos a melhorar.

Estratégias de CRM para impulsionar os negócios

Os motivos que levam as marcas a adotar uma estratégia CRM são muitos. Contudo, grande parte das estratégias são transversais a qualquer negócio. Aqui ficam alguns exemplos:

  • Personalizar a experiência do cliente
  • Criar campanhas de marketing personalizadas
  • Reduzir custos com a automatização
  • Analisar KPI’s
  • Gerir conteúdos

Para onde nos leva o CRM do futuro?

A evolução da indústria CRM tem sido galopante. Não é de admirar que, em 2023, esta indústria valha cerca de 65 biliões de dólares. Até 2029, as previsões indicam um crescimento para 145 biliões de dólares.

Fonte: Abdalslam, 2023

O que alimenta um crescimento tão acentuado? As empresas adotam estratégias CRM para manter a competitividade perante a evolução tecnológica e a mudança no comportamento do consumidor.

Assim, o que devemos esperar nos próximos anos?

Inteligência artificial (IA)

Diariamente, ouvimos falar de inteligência artificial e da sua aplicação nos mais diversos sectores. No caso do CRM, a IA é uma poderosa ferramenta para melhorar a relação com o cliente, através da automatização de tarefas e personalização do atendimento.

Internet of Things 

A Internet das Coisas refere-se à rede que conecta biliões de dispositivos ligados à internet. Estamos a falar de objetos do dia a dia, como um frigorífico, um smartphone ou um sistema de segurança inteligente.

Estes dispositivos recolhem e armazenam dados sobre o nosso dia-a-dia. Ao integrar esta informação num software CRM, é possível obter informação detalhada sobre o comportamento do consumidor. Assim, as marcas conseguem fornecer um serviço altamente personalizado.

Mobile CRM 

A pandemia acelerou a aceitação do trabalho remoto. Isto significa a dispersão das equipas de trabalho por todo o mundo. Apesar disso, continua a ser necessário acederem à informação contida no CRM. Através de um tablet ou smartphone, os profissionais conseguem aceder à informação dos seus clientes em qualquer lugar e a qualquer hora.

CRM Social

A integração das redes sociais com o software CRM é uma tendência em crescimento. Mais do que nunca, os clientes podem comentar a sua satisfação (ou desagrado) em qualquer plataforma digital. Para as marcas, é a oportunidade de ouvir os seus clientes e manter um contacto próximo em tempo real.

CRM Self-Service

Na gestão de relacionamento com o cliente, a automatização é sinónimo de bots que executam tarefas e poupam tempo aos funcionários. Numa lógica de self-service, é o próprio cliente quem procura as respostas de que necessita.

Para as empresas, o CRM self-service permite poupar dinheiro ao recorrer a software simples sem necessidade de suporte informático especializado.

Interface de voz

A evolução tecnológica é acompanhada por interfaces cada vez mais simples para o utilizador. Os assistentes virtuais ativados por voz, como a Siri ou Alexa, estão a ganhar terreno na indústria CRM. Esta tecnologia oferece uma experiência mais envolvente e simples para o utilizador. Basta utilizar a linguagem natural para interagir com o software e, consequentemente, construir uma relação personalizada com o cliente.

A relação com o cliente é um investimento a longo prazo

As relações pessoais são o resultado da nossa entrega e dedicação. São o resultado daquilo que damos e do que recebemos. São o pilar da nossa felicidade e bem-estar. 

Nos negócios, as marcas que oferecem uma experiência envolvente e dedicada são aquelas que prosperam. Por isso, uma estratégia CRM não é um sprint. É uma maratona! Os resultados surgirão a longo prazo, através de consistência e dedicação. 

Por isso, e também devido à evolução tecnológica, é difícil prever em que direção a gestão de relacionamento com o cliente seguirá. Em qualquer caso, podemos afirmar que desenvolver uma estratégia CRM sólida é fundamental para superar os desafios do relacionamento com o cliente.

Como descolar o seu negócio através de um plano de marketing

Pauliny Zito
Planner, copywriter e copydesk

O Plano de Marketing é um documento detalhado das estratégias e ações para alcançar objetivos pré-definidos orientados para resultados e alinhados com o propósito da empresa, a curto e longo prazos.

Pode ser específico para uma marca, para uma campanha, para um produto ou serviço, ou ainda para linhas de produtos.

Pauliny Zito
Planner, copywriter e copydesk

O Plano de Marketing é um documento detalhado das estratégias e ações para alcançar objetivos pré-definidos orientados para resultados e alinhados com o propósito da empresa, a curto e longo prazos.

Pode ser específico para uma marca, para uma campanha, para um produto ou serviço, ou ainda para linhas de produtos.

Entretanto, antes de tudo, o empreendedor que quer desenvolver o seu negócio, precisa pensar num Plano de Marketing para o seu Negócio.

Nesse artigo, partilho consigo a estrutura de um Plano de Marketing para o seu negócio descolar. 

Fonte: Freepik

Por que é tão importante ter um Plano de Marketing

O Plano de Marketing auxilia o gestor a identificar, antecipar, implementar e a tomar as decisões mais importantes do seu negócio.

Contribui para a organização do trabalho

Com um bom Plano de Marketing, é possível alinhar a sua equipa, determinar todas as etapas das suas ações de marketing online e offline, indicar as ferramentas a usar e os prazos a cumprir, melhorando as práticas da sua empresa consoante aos objetivos traçados.

Ajuda a definir e a atingir objetivos

Porque permite traçar metas e definir objetivos estratégicos, orientando a tomada de decisão através de dados reais e concretos e melhorando os resultados da empresa, para além da satisfação dos clientes e motivação dos colaboradores.

Melhora o posicionamento, a notoriedade e a competitividade da marca

Estabelece uma presença sólida da empresa online e offline, por meio de decisões de marketing bem-sucedidas, aumentando a satisfação dos clientes e posicionando bem os seus produtos ou serviços no mercado. 

Aumenta as vendas

A empresa torna-se mais competitiva através de uma comunicação mais assertiva e estratégias de marketing mais eficazes. 

Otimiza recursos

Porque você e toda a sua equipa sabem qual o caminho a seguir para minimizar as fraquezas e maximizar as potencialidades da empresa e, assim, aumentar a rentabilidade do negócio.

Reduz erros estratégicos

Um bom Plano de Marketing melhora a tomada de decisão dos gestores e ajuda a reduzir erros estratégicos, porque fornece dados detalhados sobre variantes internas e externas.

Proporciona maior controlo financeiro

Permite planear os investimentos (quanto, quando e onde investir) bem como ajustá-los à medida que os objetivos são alcançados. E permite também saber, ou pelo menos ter uma projeção, do Return On Investment (ROI) para cada ação de marketing do seu negócio.

Antecipa e/ou previne crises

Um bom Plano de Marketing conhece as necessidades e os desejos dos seus clientes bem como o mercado e a situação financeira da empresa, por isso pode prever ou indicar mudanças ou problemas, atuando atempadamente para evitar maus resultados.

Fonte: Freepik

Como criar um Plano de Marketing para o seu Negócio

Introdução

Primeiro, escreva uma breve introdução sobre o que pretende para o Plano de Marketing do seu negócio, sempre orientado para resultados.

Visão Estratégica

Em segundo lugar, perceba o seu negócio: inclua e descreva a visão estratégica do seu negócio bem como os seus pontos fortes e pontos a melhorar (Forças/Strengths e Fraquezas/Weaknesses da análise SWOT).

“People don’t buy what you do. They buy why you do it.” – Simon Sinek

Ativos (produtos, canais e público-alvo)

Depois, descreva os ativos da empresa, considerando o trio produtos, canais e consumidores, tanto os atuais quanto os potenciais.

Contexto do Negócio

Analise o contexto do negócio: os seus concorrentes, para além das oportunidades e ameaças (Oportunidades/Opportunities e Ameaças/Threats da análise SWOT).

Fonte: Rock Content

 

Matriz BCG

A Matriz BCG é uma ferramenta desenvolvida por Bruce Henderson para a empresa de consultoria empresarial americana Boston Consulting Group. 

O objetivo da Matriz BCG é avaliar o portfólio de produtos ou de unidades de negócio em função do ciclo de vida em que se encontram. 

Por isso, ela é utilizada para alocar recursos em atividades de gestão de marcas e produtos (marketing), planeamento estratégico e análise de portfólio. 

A Matriz BCG é uma das formas mais usadas de representação da integração da empresa nas envolventes externas e internas, apresentando uma vantagem competitiva para a empresa à medida que possibilita perceber melhor os seus produtos e onde investir.

Fonte: SEMRUSH

 

São quatro os quadrantes presentes na Matriz BCG:

  • Estrela: alta participação e alto crescimento do mercado;
  • Dúvida: baixa participação e alto crescimento do mercado;
  • Vaca leiteira: alta participação e baixo crescimento do mercado;
  • Ananás: baixa participação e baixo crescimento do mercado.

De modo geral, essa é a relação entre a Matriz BCG e o Ciclo de Vida do Produto:

Fonte: SEMRUSH

Objetivos de Marketing

Delimite os seus objetivos utilizando a técnica SMART: Specific, Measurable, Attainable, Relevant, Timely.

Cronograma

Crie um cronograma de atividades.

Ao preencher esses itens do Plano de Marketing para o seu negócio, será capaz de avaliar o ponto de situação da marca.

Como definir os Objetivos de Marketing

Defina e descreva vários tipos de objetivos alinhados com a realidade e estratégia atual do seu negócio.

Top-level

Objetivos top-level são mais abrangentes para perceber como o seu negócio pode beneficiar o mercado.

Mid-long

Objetivos mid-long ajudam a comunicar a transformação necessária numa grande organização.

Específicos

Para os objetivos específicos, use a técnica SMART, termo creditado a Peter Drucker em seu livro de 1954, The Practice of Management.

Specific – Específico: especifique de forma clara o que deseja fazer.

Measurable – Mensurável: quantifique o que pretende.

Attainable – Alcançável: seja realista, estabeleça metas onde seja possível chegar na atual conjuntura.

Realistic – Realista: estabeleça objetivos realistas em função dos recursos que dispõe.

Timely – Definido no Tempo: defina o intervalo temporal para cada objetivo.

Como medir o desempenho das Tácticas

Os Key Performance Indicators (KPIs) são indicadores que ajudam a medir os resultados.

Os KPIs possibilitam o acompanhamento e a melhor gestão do nível de desempenho e sucesso das estratégias da sua empresa porque:

  • Monitoram a saúde do negócio;
  • Medem o progresso;
  • Analisam padrões ao longo do tempo;
  • Auxiliam o gestor a fazer ajustes e a manter-se no caminho certo;
  • Auxiliam a resolver problemas e a aproveitar oportunidades.

Para medir o desempenho das tácticas, associe o orçamento aos indicadores e ao tempo previsto. 

Os indicadores têm de ter visão gerencial, ser fácil de perceber, para a tomada de decisão.

Resumo Executivo

Escreva um resumo de uma página do seu Plano de Marketing e dê a ler à sua equipa para obter feedbacks.

Esse resumo executivo do Plano de Marketing deve conter a análise, os objetivos, as estratégias, as ferramentas, o orçamento, os recursos e outros elementos que julgar importantes.  

Não existe Plano de Marketing perfeito

O Plano de Marketing é uma poderosa ferramenta de gestão que mantém a competitividade da empresa no seu mercado de atuação.

Não espere pelo plano perfeito, pois ele não existe.

Faça agora o que for capaz e implemente.

Aprenda e corrija rapidamente, ajustando o Plano de Marketing de acordo com a sua realidade.

Aterre, revise e comece de novo.

Esteja preparado para atualizar o Plano de Marketing sempre que necessário.

A importância do Google My Business na sua empresa

Sandra Caravana
Copywriter

Para fins educativos, vamos imaginar que temos um pequeno negócio. 

Pratica algum desporto? Sim? Boa. Acabou de criar uma marca de sportswear

A sua buyer persona é a Ana, mulher de 25 anos, account manager num escritório no Parque das Nações, que vai ao ginásio às 7 am. 

Qual é a dor da Ana? Precisa de roupa de desporto respirável e leve, que não se estrague com as lavagens diárias. Ana anda o dia todo com a mochila às contas. 

E assim acabamos de criar a Super Legging.

Sandra Caravana
Copywriter

Para fins educativos, vamos imaginar que temos um pequeno negócio. 

Pratica algum desporto? Sim? Boa. Acabou de criar uma marca de sportswear

A sua buyer persona é a Ana, mulher de 25 anos, account manager num escritório no Parque das Nações, que vai ao ginásio às 7 am. 

Qual é a dor da Ana? Precisa de roupa de desporto respirável e leve, que não se estrague com as lavagens diárias. Ana anda o dia todo com a mochila às contas. 

E assim acabamos de criar a Super Legging.

Decidimos que vamos criar uma loja online, contratamos uma agência de publicidade e marketing digital e… estamos no ar!

Na web. Na rede. Nas redes sociais.

Agora é só esperar que entrem na nossa loja online.

E esperamos. 

Entra o nosso primo web designer. Não vai comprar. Só quer ver se o nosso site está otimizado para mobile

Fonte: Foto de Fauxels, Pexels

Entra a nossa tia. Várias vezes em pouco tempo. Alguém lhe disse que teríamos mais sucesso com várias visitas ao site. 

Onde estão os nossos clientes?

Eles e elas existem e também estão na web à nossa procura. Estão neste momento no motor de pesquisa Google a escrever ‘leggings para ginásio’. 

Mas a Super Legging está sem perfil no Google My Business. Ainda. 

O que é o Google My Business?

O Google My Business permite que o seu negócio chegue ao local onde os seus clientes estão. 

É mais uma plataforma gratuita do Google. 

Com o Google My Business, as empresas podem criar perfis informativos com:

  • Localização
  • Horário de funcionamento
  • Contacto telefónico e e-mail
  • Promoções pontuais
  • Fotografias 

Esta é a ajuda que o Google vai dar à nossa empresa para aumentar a visibilidade online

Quando os utilizadores procuram por empresas ou serviços locais no Google, as empresas que estão registadas no Google My Business aparecem nas SERP’s (resultados de pesquisa), fornecendo informações importantes sobre a empresa e seus serviços. 

Pausa para…

Porquê aparecer no Google?

O Google domina com 94% de todo o tráfego orgânico na internet. É capaz de fornecer 22 recursos além da palavra original. Está no topo da lista – sem grande concorrência – de mecanismos de pesquisa, seguindo-se Amazon e Yahoo!. 

Há mais motores de pesquisa? Claro que sim. Pode e deve usá-los. O DuckDuckGo, por exemplo, é reconhecido por priorizar a privacidade do utilizador.

Fonte: Wikipédia

No caso da nossa empresa, a Super Legging, não procuramos privacidade, mas sim alcance. E clientes. E vendas. 

E por isso voltamos ao Google My Business. 

O que preciso para ter a minha loja online no Google My Business?

  1. Ter conta Google: aspecto, obviamente, obrigatório em qualquer ferramenta do Google. 
  2. Terá de fornecer algumas informações básicas sobre sua empresa, incluindo o nome da empresa, endereço e número de telefone.
  3. Passará pela cada vez mais importante verificação de conta. Existem várias opções para fazer isto, como receber um código de verificação no seu e-mail ou telemóvel. Nunca ignore o passo 3.
  4. Feito. Pode aceder e gerir o seu perfil no Google My Business.
Fonte: Google Support

 

Nunca se esqueça de manter todas as informações atualizadas! Ajudará a melhorar a visibilidade da sua empresa nas pesquisas do Google. Imagine o que é pensar que o seu restaurante preferido está aberto no feriado de 1 de maio. Dirige-se lá e… restaurante fechado. Por saber que muitas das vezes os empresários não comunicam as exceções à regra, o Google já lança um aviso, com direito a lettering encarnado, que existe a possibilidade de os resultados da sua pesquisa de ‘Restaurantes em Braga’ estarem fechados a 1 de maio. 

Como optimizar o perfil no Google My Business em 6 passos:

  1. Adicione informações completas e precisas. Certifique-se de que todas as informações sobre a sua empresa, incluindo o nome da empresa, endereço, número de telefone e horário de funcionamento, estejam corretas e atualizadas. Inclua também informações detalhadas sobre seus produtos e serviços.
  2. Adicione fotos de alta qualidade. As fotografias são uma ótima forma de destacar a personalidade da sua empresa e mostrar aos clientes o que eles podem esperar quando visitam sua empresa. Uma boa fotografia (de qualidade e bem construída) atrai o público. É um investimento com retorno para empresas como a Super Legging, que vende produtos. 
  3. Responda às avaliações dos clientes. Podem afetar significativamente a reputação da sua empresa. Não devem ser ignoradas ou apagadas. É um fator de comunicação. 
  4. Utilize as categorias de negócios corretas. Ajudará a garantir que sua empresa apareça nos resultados de pesquisa corretos. 
  5. Adicione um link para o site da sua empresa. É bom ter a informação na primeira página do Google, mas o grande objetivo é ter tráfego para o seu site. 
  6. Adicione informações sobre eventos e promoções. Partilhe essas informações com o Tio Google. 
Fonte: Pixabay

Estou a perceber que apresenta alguma resistência em criar perfil no Google My Business pelo anterior ponto 3: as avaliações (públicas) dos clientes/utilizadores. As críticas dos seus clientes podem fornecer feedback valioso para a sua empresa. Pode responder às críticas, o que pode ajudar a ganhar a confiança dos clientes.

Não sejamos pessimistas: não serão sempre reclamações. Uma avaliação 5 estrelas, um comentário positivo e com recomendação para os utilizadores Google, pode causar a diferença na sua empresa. As avaliações e reviews influenciam a decisão dos clientes, aumentam a visibilidade e são um feedback útil. Incentive os seus clientes/utilizadores a deixar avaliações e reviews na sua página do Google My Business. Quando receber notificações de avaliações publicadas no seu perfil, não entre em pânico!

  1. Responda a todas as avaliações. Positivas ou não. Mostre ao seu cliente que o escuta. Agradeça sempre pelas reviews positivas, mesmo que não tenha nada a acrescentar. 
  2. Mantenha uma comunicação profissional, nunca levando as críticas para o lado pessoal. 
  3. Ofereça soluções. Esteja disponível para opções mais criativas. 
  4. Acompanhe as avaliações regularmente. Tenha espírito empreendedor e tire um curso de gestão de conflitos e comunicação de crise. 

Aproveite todo o pacote Google, aliando o Google My Business com o novo Google Analytics 4 (GA4). Lembre-se sempre de se manter atualizado face às alterações que estas ferramentas vão sofrendo: todas as alterações existem com o objetivo de melhor promover o seu negócio. Algumas destas alterações são responsáveis por uma maior lista de categorias onde pode incluir o seu negócio – algo que já vimos neste artigo como é importante, principalmente quando estamos a falar de um serviço local, como pet care, serviços de canalização e electricidade e até serviços de pintura. 

“Home service providers can earn a Google Guarantee badge, while non-home providers can earn a Google Screened or License Verified by Google badge to display on their ads. These badges help potential customers feel confident booking your services, knowing you’re a fully licensed and vetted, Google-backed business.” – Social Media Today, march 7, 2023. 

 

São os chamados Anúncios de Serviços Locais que aparecem em destaque para os seus serviços na parte superior das SERP’s, com o objetivo de direcionar chamadas telefónicas, mensagens e agendamentos diretos para o serviço em questão. Enquanto empresa, só paga se o utilizador efetivar um contacto a partir desse anúncio. 

Fonte: Pixabay

O Google My Business é uma ferramenta poderosa para empresas locais que desejam aumentar sua visibilidade online e alcançar mais clientes. Ter um perfil no Google My Business não é o suficiente para se destacar num mercado cada vez mais competitivo. É necessário otimizar o perfil para garantir que ele seja exibido nas pesquisas relevantes e atrair a atenção dos utilizadores.

Como adaptar a sua escrita para alcançar o público certo em diferentes plataformas de comunicação

Catarina Alves de Sousa
Social Media Manager & Content Writer

Se, num post que encontramos nas redes sociais, a imagem correspondesse a um rosto humano, o copy corresponderia à sua voz. Cada copy – tal como cada voz humana – é único e uma arte composta por 50% de storytelling, 50% de capacidade de venda. E como se costuma dizer, “cada macaco no seu galho”, para cada plataforma, uma estratégia diferente. Vejamos como adaptar o copy a cada canal de marketing.

Catarina Alves de Sousa
Social Media Manager & Content Writer

Se, num post que encontramos nas redes sociais, a imagem correspondesse a um rosto humano, o copy corresponderia à sua voz. Cada copy – tal como cada voz humana – é único e uma arte composta por 50% de storytelling, 50% de capacidade de venda. E como se costuma dizer, “cada macaco no seu galho”, para cada plataforma, uma estratégia diferente. Vejamos como adaptar o copy a cada canal de marketing.

De uma forma romântica, podemos descrever o copywriting como a arte de tecer palavras com mestria, transformando-as em mensagens envolventes e persuasivas que captam a atenção do público, evocando emoções, despertando desejos e conduzindo os leitores a uma ação específica. O copywriter é um artesão das letras, habilmente moldando frases para contar histórias, vender ideias e criar conexões duradouras entre marcas e seus consumidores.

De uma forma mais objetiva, o copywriting é a habilidade de criar textos persuasivos que visam convencer o leitor a tomar uma ação específica, como comprar um produto, inscrever-se numa mailing list ou descarregar uma aplicação. É uma forma de escrita voltada para a venda, mas idealmente sem ser demasiado óbvio.

“Copywriting is the art and science of writing words that sell.” – Joseph Sugarman

 

Uma das chaves para o sucesso do copywriting é adaptar o tom e o estilo do discurso para diferentes meios. O que funciona bem numa campanha de email marketing pode não ser tão eficaz num anúncio do Facebook, por exemplo. Vamos, de seguida, explorar algumas técnicas de copywriting para diferentes plataformas.

Copywriting para Redes Sociais

As redes sociais são um dos principais canais de comunicação utilizados pelas marcas para criarem conexão com os seus clientes e potenciais consumidores. É por isso que as técnicas de copywriting são tão importantes neste meio. Aqui estão algumas dicas para criar conteúdo persuasivo e envolvente para as redes sociais:

  • Conhecer o público-alvo: antes de começar a criar conteúdo para as redes sociais, é importante saber quem é o seu público-alvo. Pesquise e entenda os interesses, hábitos e necessidades dos seus seguidores para criar conteúdo que ressoe com eles.
  • Respeitar o tom de voz da marca: o tom de voz de uma marca é um componente essencial da sua identidade e personalidade, pois reforça a personalidade da marca, ajudando a comunicar seus valores, missão e propósito de forma mais eficaz. Algumas marcas terão um tom de voz mais divertido e casual, enquanto outras terão um tom mais formal e distante. Entender o tom de voz da marca para a qual se está a criar o copy, é essencial para escrevê-lo de forma bem sucedida.
  • Usar uma linguagem clara e direta: nas redes sociais (como em quase tudo hoje em dia, na verdade), as pessoas têm pouco tempo e muitas distrações, pelo que é importante usar uma linguagem clara e direta, que vá direto ao ponto e capte a atenção do leitor. Copies concisos, pouco extensos são os que funcionam melhor, especialmente nas redes sociais.
  • Contar histórias: as pessoas adoram histórias, pelo que deve usar o poder do storytelling para envolver os seguidores e estabelecer uma conexão emocional entre eles e a marca. Conte histórias que ilustrem como o produto ou serviço em questão pode ajudar a resolver os problemas do seu público-alvo.
  • Ser criativo: um copywriting criativo permite que a marca mostre sua personalidade, o que ajuda a humanizá-la e a estabelecer ligações emocionais com o público-alvo. Além disso, o copy extremamente criativo favorece o engagement e partilhas das publicações.

Fonte: Instagram Control Portugal, Instagram Super Bock

 

As imagens acima são dois bons exemplos da importância do copywriting em publicações nas redes sociais. Neste caso, ambas as marcas possuem um tom de voz bastante jovem, descontraído e humorístico, pelo que recorrem a brincadeiras e trocadilhos com frequência. Nestes dois casos, sem o copy, seriam apenas duas imagens banais. Com copy… a história é outra, mas o final feliz envolveu milhares de interações.

As redes sociais são um terreno fértil para o copywriting. O segredo é entender o público de cada conta ou marca e adaptar o discurso em conformidade.
E por falar em entender o público, não podemos esquecer que cada rede social tem um público e uma identidade diferentes.

No LinkedIn, por exemplo, o público é mais profissional e espera conteúdo mais sério e informativo. Os utilizadores do Instagram, por outro lado, são mais orientados para o visual e esperam um conteúdo mais criativo e envolvente.

Algumas diferenças entre copywriting para Instagram e para LinkedIn:

  • Audiência: a audiência do Instagram é mais jovem e mais visualmente orientada do que a audiência do LinkedIn, que é mais profissional e orientada a negócios.
  • Linguagem: o copywriting para o LinkedIn deve ser mais formal e profissional do que o copywriting para o Instagram, que pode ser mais informal e pessoal.
  • Conteúdo: o conteúdo do LinkedIn deve ser informativo e educacional, enquanto o conteúdo do Instagram pode ser mais inspirador e emocional. No Linkedin, é também mais usual as marcas e empresas fazerem publicações que não falam dos seus produtos e serviços, mas que são mais orientadas para conteúdo de empresa e de equipa.
  • Formato: o Instagram é uma plataforma visual, o que significa que o copywriting para o Instagram deve ser adaptado para acompanhar imagens e vídeos, enquanto o copywriting para o LinkedIn pode ser mais focado em texto.
  • Call to Action: os CTAs para o LinkedIn devem ser mais orientados para negócios (“candidate-se à nossa vaga de emprego”, “conheça as nossas posições em aberto”, enquanto as chamadas para ação para o Instagram podem ser mais informais e pessoais.
  • Hashtags: as hashtags são importantes tanto para o Instagram quanto para o LinkedIn, mas as hashtags para o LinkedIn devem ser mais voltadas para negócios, enquanto as hashtags para o Instagram podem ser mais amplas e gerais.
  • Objetivos: O objetivo do copywriting para o LinkedIn é geralmente gerar leads, enquanto o objetivo do copywriting para o Instagram pode ser construir a marca e envolver os seguidores.

Para resumir, o copywriting nas redes sociais tem tudo a ver com entender quem queremos alcançar e impactar, “falando” de forma simples e objetiva, soltando a criatividade, contando histórias interessantes e sempre testando e ajustando a nossa abordagem ao público-alvo e à audiência predominante naquela rede social.

Email Marketing

O email marketing é uma das ferramentas de Marketing mais poderosas. Aqui também, a chave é captar a atenção do leitor logo de cara. Isso pode ser feito com um assunto atrativo e um primeiro parágrafo cativante. A partir daí, o conteúdo deve ser conciso e direto ao assunto, com um CTA claro para a ação no final.

Aqui listamos algumas técnicas de copywriting que pode pôr em prática para criar campanhas de email marketing eficazes:

  • Crie um assunto interessante: o truque para aumentar a taxa de abertura de um email é escrever um assunto que dê vontade de clicar.
    Tenha em mente alguns fatores ao escolher o assunto de uma campanha de email:
  1. Comprimento: A investigação indica que as linhas de assunto curtas têm a melhor taxa de abertura. Isto acontece provavelmente porque a maioria das pessoas lê e-mails nos seus dispositivos móveis. Se a linha de assunto do seu e-mail for longa, pode parecer excelente num computador, mas os utilizadores de dispositivos móveis não vão ver a história toda – e muito provavelmente não vão clicar nela.
  2. Escolha de palavras: Utilize verbos de ação na sua linha de assunto. Isto vai ajudar os subscritores a perceber o que devem fazer mesmo antes de abrirem o e-mail.
  3. Mantenha-o pessoal: ao utilizar nomes de pessoas reais nos campos “para” e “de”, terá taxas de abertura mais elevadas. O e-mail é um meio pessoal, por isso, trate-o dessa forma. É mais agradável para os leitores verem um e-mail na sua caixa de entrada com o seu nome e há formas automáticas de incluir o nome dos seus subscritores em cada email ou campanha.
  • Não se esqueça da pré-visualização de texto: no que diz respeito à escrita de e-mails, a pré-visualização de texto é muito semelhante a um tweet antes do Twitter aumentar o limite de caracteres. Tinha apenas alguns caracteres para despertar o interesse dos utilizadores e fazê-los ler para além da linha de assunto.
    Para os utilizadores de dispositivos móveis, este texto de pré-visualização ajuda-os a decidir se vale ou não a pena abrir o e-mail. Eis como ficam alguns emails num típico dispositivo móvel, apresentando trechos de alguns especialistas de destaque, incluindo Talia Wolf, uma especialista líder em conversão:

    Fonte: Campaign Monitor


  • Faça do copy uma conversa com o utilizador: a escrita de e-mails precisa ser pessoal se quiser que converta. Essa é a conclusão final. Em vez de escrever para centenas, milhares ou milhões de pessoas, imagine que está a escrever o e-mail para uma única pessoa. Finja que está a falar diretamente com um amigo ou com um cliente. Informe-o sobre as coisas emocionantes que deseja contar e explique o que quer que faça. Mantenha uma conversa.

    Este e-mail da The Royal Children’s Hospital Foundation usa as palavras “eu” e “tu” para ajudar o e-mail a parecer uma conversa pessoal entre dois amigos. Deixa claramente o leitor saber como pode ajudar e agir.

    Fonte: Campaign Monitor

     

    • Mantenha o corpo do email o mais conciso possível: Se estiver a escrever centenas de palavras no seu e-mail, não estará a seguir a melhor estratégia. Vá direto ao assunto: informe os seus subscritores sobre o que se passa e o que quer que eles façam.
      Parta o seu texto com muito espaço em branco: blocos enormes de texto farão com que os leitores cliquem no botão “voltar atrás”. Use listas com marcadores, frases curtas e perguntas conforme necessário para transmitir a sua mensagem.
Fonte: Mint

 

  • Certifique-se de que o conteúdo é relevante:

Da mesma saga “reuniões que podiam ser emails”, também existem emails que podiam ser posts de redes sociais ou artigos de blog. Sempre que considerar montar uma campanha de email marketing, certifique-se de que o tema é relavante para quem o vai receber, tendo sempre em conta que o email é, na verdade, uma caixa de correr, embora digital, e ninguém gosta de receber publicidade na caixa de correio sem que, com ela, venha algum benefício claro.

“Copy is a direct conversation with the consumer.” – Shirley Polykoff

Copywriting para Anúncios

Os anúncios são outra área onde o copywriting pode fazer uma grande diferença. O segredo é tornar o discurso relevante para o público-alvo. Isso pode ser feito com mensagens personalizadas que se conectam com os desejos e necessidades do consumidor. A utilização de técnicas de storytelling também pode ser eficaz para prender a atenção do usuário e fazer com que ele queira saber mais.

  • Conheça o seu público-alvo: antes de criar um anúncio, é importante conhecer o seu público-alvo. Entenda os seus desejos, as suas “dores”, necessidades e problemas para criar uma mensagem que ressoe com eles.
  • Crie uma mensagem clara e direta: os anúncios online têm pouco tempo para captar a atenção do público, por isso é importante criar uma mensagem clara e direta, que vá direta ao ponto e mostre os benefícios do seu produto ou serviço.
  • Use palavras que evoquem ação: use palavras de ação no seu anúncio para incentivar o público a agir. No entanto, tente focar-se em CTAs que reflitam mais a necessidade dos utilizadores e menos ações demasiado diretas no sentido comercial.
  • Ofereça um benefício: os consumidores querem saber o que há de bom para eles, então é importante destacar os benefícios do seu produto ou serviço. Use palavras que destaquem o valor que você está oferecendo.

O exemplo abaixo é um anúncio do Doutor Finanças no qual optaram por colocar uma questão comum a vários portugueses com a premissa de resposta após o clique. O objetivo deste anúncio é o de captação de leads através do preenchimento de um formulário que se encontra dentro do artigo para onde esse anúncio encaminha. Nesse artigo, respondem à questão feita no anúncio, criando um momento win-win, tanto para o utilizador como para a própria empresa, no caso de lead captada.

Fonte: Doutor Finanças

 

  • Use testemunhos ou depoimentos: os depoimentos de clientes satisfeitos podem ser uma ferramenta poderosa para persuadir outros consumidores a fazer negócio com uma marca ou para desbloquear uma compra pendente de dúvidas. Use citações de clientes satisfeitos ou depoimentos para reforçar a credibilidade da marca.

A importância de não subestimar o poder da palavra escrita

Em conclusão, é fundamental entender que as imagens não funcionam sozinhas, especialmente quando se trata de copywriting para canais de marketing. A palavra escrita tem um poder inegável de persuasão e impacto, capaz de criar conexões emocionais com o público-alvo. Ao trabalhar em conjunto com as imagens, o copy pode ajudar a criar uma mensagem mais clara e consistente, reforçando a identidade da marca e aumentando a probabilidade de conversão.

Assim, é essencial dedicar tempo e esforço a criar copy que transmita a mensagem correta para cada público-alvo, tendo em consideração o canal de marketing em que será veiculado. Além disso, é importante lembrar que a palavra escrita tem um poder imenso e que pode ser a chave para o sucesso de uma campanha de marketing efetiva. Investir em copywriting bem elaborado pode ser um diferencial importante para se destacar num mercado cada vez mais competitivo.

Se chegou ao final deste artigo e está empenhado em aprender mais sobre como o copywriting eficaz pode ajudar a elevar a sua marca ou negócio, não deixe de ler também o nosso artigo “Como criar uma audiência através do copy”.

A Inteligência Artificial ao serviço da criação de conteúdos

Sandra Caravana
Copywriter

Prós e contras de 9 ferramentas de IA na criação de conteúdo 

Criadores/as de conteúdo, copy e content writers, designers, músicos e tudo e tudo e tudo… o fim está próximo!

Está?

Não. Podem respirar.

Sandra Caravana
Copywriter

Prós e contras de 9 ferramentas de IA na criação de conteúdo 

Criadores/as de conteúdo, copy e content writers, designers, músicos e tudo e tudo e tudo… o fim está próximo!

Está?

Não. Podem respirar.

Nos últimos anos, a Inteligência Artificial (IA) tem vindo a desempenhar um papel cada vez mais importante na criação de conteúdos para várias plataformas e canais. 

Com a ajuda de algoritmos e aprendizagem automática e deep learning, a IA permite que as empresas produzam conteúdos personalizados e relevantes em grande escala. 

Tudo o que é feito/criado/alterado com os pressupostos de IA tem como objetivo criar máquinas e/ou software que pudessem realizar tarefas que normalmente requeriam inteligência humana. 

Nos anos 60 e 70, a IA experimentou um grande progresso, com o desenvolvimento de linguagens de programação especializadas para a criação de sistemas de IA e a criação de programas que podiam jogar xadrez e resolver problemas matemáticos complexos. 

Mudando de século, transcendemos de jogos para assistentes virtuais: Siri, Alexa e Google Assistant (aqui só não foram criativos a escolher o nome).

Fonte: Tek4life

 

Hipócrita seria dizer que somos contra a IA. 

Quantas opções tem a sua máquina de lavar roupa? E o seu aspirador, já anda sozinho? 

É a evolução natural do mundo, por vezes assustadora, por vezes cheia de potencial e esperança. Principalmente no mundo da medicina.

Mas no mundo dos criadores de conteúdo: será creepy ou promissor?

Criadores de conteúdo: nova profissão?

Sim.

Mas então o que é conteúdo? 

O conteúdo é rei. 

Criar conteúdo para o mundo digital passa por criar textos, imagens, vídeos, áudio ou juntar todas estas formas de comunicação. E isto é tudo feito com um objetivo: publicidade, informação e/ou entretenimento. 

São estas ferramentas de comunicação que nos fazem comprar um artigo, aderir a um serviço, aumentar o nosso conhecimento (tendo preferencialmente uma plataforma de fact checking, mas isso são outros quinhentos) ou nos fazem rir. 

Vejamos o exemplo dos podcasts:

Por definição, podcast é um conteúdo em áudio, semelhante a um rádio. A diferença é que está disponível para ouvir quando o/a utilizador/a quiser, pois não exige ser em direto. Podemos dizer que têm na sua base o conceito de audio marketing. Em Portugal, é usado essencialmente para entrevistas, mas há quem use esta plataforma para aulas, desabafos e até auxiliares de meditação. Seja para que objetivo for, é um sucesso. O que é que sucede? Os criadores de conteúdo decidiram transcender o podcast para a plataforma de vídeo. Assim, raro é o podcast de entrevistas que não seja filmado e possa ser visualizado no YouTube.

Mas esta viagem não tem só um sentido: há rubricas de rádio e programas de TV que disponibilizam o seu conteúdo para podcast

Cabe também aos criadores de conteúdo perceber em que plataformas faz sentido estar. E de uma boa análise, cresceu o sucesso dos podcast. Até porque se podem ouvir no carro, atrevendo-me a dizer que é uma questão de UX – ouvimos e conduzimos.

Fonte: Pixabay

E como divulgamos um podcast de uma entrevista de uma hora, com vídeo no YouTube, nas redes sociais? Criando publicações com short videos – quando estes fazem parte da estratégia. Mas é preciso estratégia para fazer um podcast? Sim. E um script também. Mesmo que as perguntas não sejam combinadas (como numa entrevista política), o fio condutor de qualquer conversa tem de ser estável para que ninguém comece a divagar. 

Tudo isto é conteúdo, incluindo o script. Mais a edição do áudio e do vídeo. Bem, isso é conteúdo e talento.

Para ter o nosso episódio de uma hora ‘no ar’, são necessárias 24h de edição, filmagens e escrita. Se ao menos existisse algo que otimizasse esse tempo…

Há. Chama-se Inteligência Artificial. A missão da IA é poupar tempo. Fazer as coisa mais rápido – não necessariamente melhor. 

Sim, a conversa do momento, só que não é do momento.

homem sem rosto Fonte: Pixabay

 

Quem se lembra do Facebook? Pois, está assente na IA. 

O Facebook revolucionou as relações digitais porque não existia nada assim. Nem o mirc. Tudo o resto, tudo o que veio após Facebook, mesmo Instagram, tem por base a mesma estratégia digital, algo a que estamos habituados/as a chamar algoritmo – esse demónio! 

A noção de redes sociais possibilitou um rebranding ao marketing.

publicidade antiga 7upFonte: 7Up

Hoje, fazemos publicidade usando #pub, com vídeos na vertical com 15 segundos, máximo. Deixem nos comentários a melhor publicação de vendas que viram no Instagram. 

Há plataformas/ferramentas/sites/aplicações para ajudar a criar qualquer tipo de conteúdo. 

Os mais famosos auxiliares de criação de conteúdo são:

ChatGTP 

Desde o seu lançamento no final de 2022, o Chat mais famoso evoluiu bastante, podendo agora criar tabelas enquanto conversa connosco. Já estão disponíveis alguns cursos de ChatGPT, para tirarmos partido de todas as suas funções. A ferramenta é altamente intuitiva (até o WhatsApp pode ser mais difícil de explicar aos nossos avós), mas há sempre aquele truque ou atalho que justifique dar formação. Também já se pode encontrar à venda template de prompts, adequados a cada objetivo: vendas, criação de conteúdo escrito… Para saber mais sobre esta ferramenta, link na bio. Estou a brincar! O ChatGPT usa a tecnologia subjacente a muitas das ferramentas deste artigo.

Para os/as criadores/as de conteúdo: conseguem fazer o copy de 10 publicações em menos de 10 minutos. Muito útil para vender algum produto ou serviço, com ou sem #pub. 

Cool, but… Podemos dar um nome ao chat? António Pedro, por exemplo. Trate o ChatGPT como um amigo que chegou agora do Luxemburgo: é preciso dar contexto para que as 10 publicações não sejam iguais. As mais criativas agências de publicidade gostam de pessoas… criativas. Dizem por aí que já existem aplicações que detetam textos escritos por IA. Ou seja, uma ferramenta de IA para detetar uma criação de IA. 

CANVA 

Já não há um estudante neste país que use o PowerPoint. O Canva é o melhor amigo do/a criador/a de conteúdo que não é designer. E mesmo para os designers, faz um jeitinho de ter conta no site – nem que seja para inspiração. São muitos os cursos que ensinam todas as ferramentas e ferragens do Canva, truques e dicas. 

Para os/as criadores/as de conteúdo: não precisam de ter qualquer formação em design. 

Cool, but… Quem usa Canva, reconhece os templates. As publicações patrocinadas sem personalização parecem todas iguais. O melhor será mesmo investir num plano PRO. Vale bem a pena quando tem edições de imagem para fazer.

STABLE DIFFUSION

Prompts para imagens. Um Pixabay evoluído. 

Para os/as criadores/as de conteúdo: quando os bancos de imagens não respondem aos objetivos, estas plataformas de IA respondem. 

Cool, but… Não tem uma usabilidade intuitiva. 

DALL-E

Uma imagem que parece um desenho, uma obra de arte! É espantosa a qualidade das imagens criadas por esta ferramenta. A nova versão altera o tamanho e formato das imagens, conseguindo assim usar a mesma imagem. Pode usar um formato quadrado e pedir para expandir para um formato retangular. Há espaço para preencher? A Dall-E trata do assunto. 

Para os/as criadores/as de conteúdo: permite a geração automática de imagens altamente personalizadas e criativas com base em descrições de texto. Estas imagens altamente personalizadas e criativas podem ser usadas para uma variedade de fins, como ilustrar histórias, criar anúncios ou gerar conteúdo de marketing.

Cool, but… É só cool. Irá ser usada para ilustrar livros infantis? Fazer poster de filmes? Talvez. 

Ever wish the “Mona Lisa” was a bit bigger? The image generator DALL-E can handle that. The outpainting feature expands images, using AI to expand the edges of an image. 

SOUNDRAW

Quem diz criar imagens, diz criar música. 

Para os/as criadores/as de conteúdo: acabaram-se as stories bloqueadas por causa dos direitos de autor. Pode ser um auxílio para muitos músicos com menos recursos, tal como o YouTube. Pode criar o jingle do seu podcast

Cool, but… Ficará tudo demasiado computadorizado? 

UNREALPERSON

E se imagens não reais criassem pessoas não reais? E gatos? A internet adora gatos. #thispersondoesnotexis 

Os rostos são o resultado de imagens criadas por IA, pelo que se pode certificar de que esta pessoa não existe. É semelhante em funcionalidade a um cérebro humano enquanto tenta lembrar e imaginar a rapariga ou o rapaz que viu no mês passado.

Para os/as criadores/as de conteúdo: perfeita para quem não se quer expor. Carlos, já pensaste nisto? 

Cool, but… Não faz lembrar aquele filme?

Fonte: Filme Her

CapCut

À imagem do Canva, este editor de vídeo parece básico, mas… cria legendas automáticas. Não perfeitas, mas quase lá. Faz mil e uma outras coisas, mas esta funcionalidade tão importante está à distância de um click (perdoem-me o clichê). Torna tudo logo tão mais inclusivo. 

Para os/as criadores/as de conteúdo: é o editor de vídeo perfeito para dummies. 

Cool, but… Será que sou a única a precisar muito mais de uma formação para edição de vídeos do que para usar o ChatGPT?

MURF

Já temos imagens e música artificiais, agora temos vozes. Este serviço sofisticado pode criar um discurso com sons muito naturais a partir de texto em 120 vozes e 20 línguas. A mais recente atualização é o Voice Cloning, onde o serviço irá tentar clonar vozes humanas.

Para os/as criadores/as de conteúdo: uma grande ajuda para a locução de vídeos. 

Cool, but… É importante que tenha qualidade. Caso contrário, o sentimento que um computador está a falar connosco pode arruinar as métricas de um ad

linguagem e comunicação inclusiva Fonte: Pexels

DeepL

Apresenta-se como o melhor tradutor do mundo. Bem… é de facto melhor que o Google Tradutor. 

Para os/as criadores/as de conteúdo: facilita o acesso à informação.  

Cool, but…ter um/a amigo/a tradutor seria o ideal. 

Para pesquisar mais tarde:

Análise de hashtags no instagram e Twitter: Hashtagify – mas vou só criar aqui o pânico com a ideia que o uso de # não afeta o alcance. 

Testar e avaliar títulos: Headline Studio 

Correcção gramatical e ortográfica: Grammarly 

Na vertente da comunicação inclusiva, podemos usar a NaturalReader para ler textos em fotografias, pdf e até e-books.

O que têm em comum todas estas ferramentas? Elas evoluem através do deep learning

Deep learning é uma área da IA que se concentra no desenvolvimento de algoritmos capazes de aprender a partir de grandes conjuntos de dados e, em seguida, aplicar esse conhecimento para realizar tarefas específicas.

Estas redes neurais profundas são projetadas para imitar a forma como o cérebro humano funciona, aprendendo e ajustando os seus parâmetros à medida que se processam grandes quantidades de dados. Com o tempo, a rede neural é capaz de identificar padrões e características em dados complexos, permitindo que ela faça previsões ou classificações precisas em novos dados.

Agradecemos ao deep learning, ou redes neutrais, pela Siri, pelo reconhecimento de vozes, pelo reconhecimento facial e por todas as aplicações e ferramentas mencionadas neste artigo.

ligações do cérebroFonte: TechTalks

Cool, but…
O Facebook nasceu com o objetivo de unir pessoas, aproximar estudantes, melhorar as relações humanas através de uma rede no computador. Ninguém imaginou, na altura da sua criação, que iria ser usado como disseminador de fake news. Se não somos cautelosos ao introduzir os inputs e prompts em sistemas de tradução e criação de textos, o resultado pode ser catastrófico.

Para uma reflexão inquietante, mas cómica, sugiro que veja este vídeo na sua pausa de almoço.
Alguns parágrafos deste texto foram escritos pelo ChatGPT. Desafio a descobrirem quais.

Estratégia de SEO & SMO para TikTok: um “must-have”

Raquel Reis
Digital Marketing Strategist & Content Manager

Que uma estratégia de SEO é a nossa grande amiga para otimizar e posicionar websites e blogs no Google, isso nós já sabemos. E para as redes sociais será relevante?

Os dados não enganam e a verdade é que quase 40% dos jovens, quando procuram um restaurante não utilizam nem a opção de pesquisa nem o Google Maps, mas sim redes sociais como o Instagram e o TikTok.

Raquel Reis
Digital Marketing Strategist & Content Manager

Que uma estratégia de SEO é a nossa grande amiga para otimizar e posicionar websites e blogs no Google, isso nós já sabemos. E para as redes sociais será relevante?

Os dados não enganam e a verdade é que quase 40% dos jovens, quando procuram um restaurante não utilizam nem a opção de pesquisa nem o Google Maps, mas sim redes sociais como o Instagram e o TikTok.

Estes serviços do Google são atualmente “ameaçados” por uma preferência crescente pelas redes sociais como a primeira paragem na procura, seja de um produto, marca ou lugar.

Os utilizadores hoje em dia tendem a procurar informação de uma forma mais imersiva através de vídeos, esquecendo um pouco a pesquisa pelas famosas keywords.

Está a ficar claro onde queremos chegar?…

O digital está sempre a mudar e não podemos ficar parados. Os social media managers sabem disso; estão inclusive a perceber a importância do SEO na estratégia de redes sociais e, claro, a implementar. Segundo o Global Social Media Trends Report, 89% afirmam que a pesquisa nas redes sociais é importante para a sua estratégia.

Se poucas dúvidas haviam, agora ainda menos: otimizar os conteúdos para a pesquisa nas redes sociais deixou de ser nice-to-have e passou a ser must-have.

Em que consiste uma estratégia de SEO para TikTok?

Assim como fazemos para as páginas de web, esta estratégia passa por otimizar os vídeos no TikTok, através de keywords, para que estes surjam em primeiro lugar nos motores de pesquisa.

Qual a importância do SEO, se o TikTok nem é um motor de pesquisa? 

Sim, é uma rede social de entretenimento e não um motor de pesquisa, mas os utilizadores utilizam-na como tal através da barra de pesquisa da própria plataforma.

O TikTok tem vindo inclusive a acrescentar mais opções para melhorar a pesquisa de vídeos: expandiram o campo de descrição de vídeo de 300 caracteres para 2.200 e os utilizadores podem editar as legendas (algo anteriormente impossível).

Também com a atualização do Google que nos permite ver TikToks nos resultados de pesquisa, conseguimos aumentar o tráfego para as nossas contas.

Fonte: Google search

O que é isto do SMO?

Quando nos referimos a otimizar conteúdos especificamente para as redes sociais o termo correto não é SEO, mas sim SMO Social Media Optimization.

No entanto, dada a nova opção do Google que permite a pesquisa de vídeos do TikTok, é possível cruzar as duas – SEO & SMO -, e otimizar os conteúdos tanto para o Google como para a própria rede social. As duas estratégias são aliadas e complementares.

Não há dúvidas de que é uma grande vantagem para viralizar os nossos vídeos e, consequentemente, alcançar mais seguidores.

O caminho para implementar uma estratégia de SEO & SMO para o TikTok

Criar esta estratégia pode parecer um processo difícil e para ajudar, simplificámos este processo em 5 passos.

Tudo começa por compreender o público e a sua intenção de pesquisa

Como em qualquer estratégia, a base é entender o nosso público e o que ele procura.

Comece por analisar os vídeos no TikTok com os quais os seus seguidores estão a interagir, quais as hashtags que estão a utilizar e os comentários e mensagens que estão a deixar. Cruzando estes dados, consegue identificar os principais interesses.

Imaginando que tem uma marca de cosméticos capilares e que o objetivo é atrair um público que procura pelos melhores produtos de champô indicados para o seu tipo de cabelo. 

Este público pode estar à procura, por exemplo, de “melhores produtos cabelo”. Para o ajudar a compreender qual a intenção de pesquisa dos utilizadores poderá usar ferramentas como o AnswerThePublic e fazer uma lista de possíveis opções.

Passando ao próximo passo…

Escolher as keywords certas para os vídeos

Arriscamo-nos a chamar a este passo o centro da estratégia de SEO & SMO: selecionar as palavras-chaves certas, aquelas que vão atrair o nosso público.

Para selecionar as melhores keywords poderá seguir 3 pontos-chave em SEO:

  • Volume de pesquisa – quantas pessoas estão a pesquisar pela palavra-chave
  • Relevância – quão relevante é o seu conteúdo para a palavra-chave a ser pesquisada
  • Dificuldade da palavra-chave – esforço necessário para que o conteúdo seja bem classificado para um determinado termo de pesquisa

São várias as ferramentas que ajudam na escolha das melhores keywords como: Google Ads Keyword Planner, Semrush, Ahrefs, Ubersuggest, entre outras. Mas estas estão essencialmente orientadas para o Google e não para o TikTok. 

Como a implementação de uma estratégia de SEO para o TikTok é algo recente, não existem atualmente ferramentas especificamente orientadas para esta plataforma. Mas há uma grande novidade: o Keywords Insights criado pelo próprio TikTok que ajuda a inspirar na criação de anúncios e que pode vir a ser uma ajuda para SMO. Vale a pena testar!

Fonte: Keywords Insights on TikTok

Enquanto vamos testando esta nova ferramenta, o ideal é aplicar o processo de pesquisa como exemplificamos a seguir, imaginando mais uma vez que somos uma marca de cosméticos capilares:

Fonte: TikTok search

Ao fazermos uma pesquisa por “melhores produtos cabelo”, a própria plataforma forneceu várias combinações de palavras-chave relacionadas, que os utilizadores estão interessados ou que procuram ativamente: “melhores produtos cabelo loiro”, “…encaracolado”, “…liso”.

A partir deste tipo de pesquisa conseguimos reunir várias keywords relevantes para a nossa estratégia.

Incorporar as palavras-chave nos vídeos

Chegámos à fase de incluir as palavras-chave no vídeo. Devem ser adicionadas nos títulos, descrições, legendas, capas e ditas em voz alta.

O algoritmo do TikTok favorece os vídeos onde as palavras-chave são realmente ditas. Uma dica é mencionar logo nos primeiros 3 segundos.

Estas devem estar ainda em hashtags para que, numa fase de pesquisa, os nossos vídeos sejam mais facilmente encontrados pelos utilizadores. Assim, como numa estratégia de SEO para o Google, poderá utilizar a palavra-chave principal e variações da mesma. 

Resumindo, são cinco as formas de incorporar as palavras-chave nos vídeos do TikTok:

    • Texto in-video
    • Discurso
    • Legenda
    • Hashtags
    • Legendas fechadas automatizadas 

O ideal é unir todas estas opções para que o vídeo esteja realmente otimizado. 

Determinar uma estratégia de hashtags

A expressão “quanto mais melhor” não é a melhor estratégia quando se trata de hashtags.

Uma boa estratégia implica ter hashtags que correspondam ao conteúdo abordado no vídeo e que combinem long-tail keywords com short-tail

O que é que as diferencia? As long-tail keywords são mais específicas, têm menos volume de procura, mas a taxa de conversão é superior. Numa estratégia de SEO & SMO para TikTok sugere-se a utilização dos dois tipos de keywords.

Fonte: Semrush

Mais uma vez, utilizando como exemplo a marca de cosméticos capilares… #melhoresprodutoscabeloloiro” é um hashtag utilizando uma long-tail keyword. O objetivo seria atingir um público com interesse em conhecer produtos específicos para cabelo loiro. Utilizar uma short-tail como #produtoscabelo, o objetivo é alcançar o maior número de utilizadores com interesse neste tema em geral.

A indexação é também uma boa forma de utilizar hashtags e impulsionar a descoberta de séries/rubricas. Por exemplo, ao criar uma série de conteúdos sobre cuidados a ter com o cabelo no verão, podia incorporar o hashtag #[nome da conta]cuidadoscomcabelonoverão e, assim, agrupar vários vídeos que abordem este tema.

Analisar, aprender e rever a estratégia 

O último passo não é de todo o menos importante. É, na verdade, um dos mais importantes em qualquer estratégia: analisar dados.

Uma estratégia de SEO & SMO para o TikTok não é exceção. 

Analisar os dados dos vídeos dar-lhe-á uma visão do seu desempenho. O algoritmo tem em conta o número de visualizações, likes e comentários que um vídeo obtém, bem como o que outros utilizadores estão a procurar.

Se os seus vídeos viralizaram, pode reutilizar hashtags e criar uma segunda série de um determinado tema ou fazer testes A/B com hashtags semelhantes.

Analisar, aprender e reajustar. Mas se correr bem… repita!

 

Agora que chegou ao fim, lembre-se que mais do que garantir a relevância dos conteúdos para o algoritmo, a otimização dos mesmos permite oferecer valor e fortalecer a relação com os utilizadores. 

Não comunicamos para os algoritmos, mas sim para as pessoas.

Hybrid e-commerce: o fim da exclusividade

Sandra Caravana
Copywriter

Comprei umas sapatilhas* num site de desporto multimarca. Quantos quilómetros irão fazer as minhas sapatilhas até chegar a minha casa?

*ler sapatilhas ou ténis, dependendo da zona do país onde vive.

Como consumidor/a (ou shopper – para efeitos deste texto, iremos juntar os dois sentidos), tradicionalmente, desloco-me a uma loja e escolho as sapatilhas.

Sandra Caravana
Copywriter

Comprei umas sapatilhas* num site de desporto multimarca. Quantos quilómetros irão fazer as minhas sapatilhas até chegar a minha casa?

*ler sapatilhas ou ténis, dependendo da zona do país onde vive.

Como consumidor/a (ou shopper – para efeitos deste texto, iremos juntar os dois sentidos), tradicionalmente, desloco-me a uma loja e escolho as sapatilhas.

Fonte: Pixabay

Porque vou eu a essa loja? Pelo preço e pelas marcas. E deixemo-nos do discurso da ‘marca branca’ – é desprestigiante para marcas que já se afirmaram no seu nicho. Veja-se o caso da Quechua. Os escuteiros não comprar tendas da marca branca da Decathlon, mas sim tendas da Quechua.

Sapatilhas escolhidas – experimentadas com mais ou menos originalidade por parte da loja – e siga para a caixa de pagamento. Estão prontas a usar.

Se comprar as sapatilhas online, não tenho a experiência do consumidor – calçar as sapatilhas antes de a comprar e conversar com um vendedor que também usa as mesmas sapatilhas. Mas, regra geral, há mais opções online. As lojas físicas têm um espaço limitado (por maiores que sejam) e é por isso que se fazem escolhas de gama.

Sei, comprando online, que tenho de esperar que as sapatilhas façam a viagem da loja (ou armazém/fábrica) até à minha casa. E se eu não estiver em casa no momento de entrega, as sapatilhas fazem mais uma viagem até algum armazém, onde terei de a ir buscar. No problem, o que interessa é que as sapatilhas chegaram.

O desafio para hoje é colocarmo-nos no lugar das sapatilhas.

Qual é o grande dilema? As sapatilhas não escolhem o seu percurso. Elas querem ir para casa – consumidor final – mas até lá, podem ter várias casas. Ou famílias de acolhimento temporário, será aqui o termo mais correto?

A marca H e as sapatilhas SUPER

Eu represento a marca H (vamos ser inclusivos e deixar de usar sempre o X ou Y). Criamos umas sapatilhas que, além do design futurista, tem uma tecnologia que permite ao pé respirar, evitando que o seu usuário fique com os pés transpirados no final do dia. Até batizamos este modelo: SUPER.

As sapatilhas SUPER são fabricadas (não vamos aqui entrar em detalhes sobre em que parte do mundo) e são expedidas para onde nós quisermos. Esta escolha está relacionada com o modelo de negócio escolhido pela minha empresa.

Falaremos aqui de modelo de negócio no sentido da transação da compra/venda.

Fonte: Pixabay

Breve introdução aos modelos de negócio

As siglas desta parte dos negócios de vendas são intuitivas, mas tome nota:

  • B2C (business to consumer | da empresa para o consumidor/a): Clássico. Venda direta. A relação comercial ocorre entre a empresa e o consumidor final (ou shopper) e não envolvendo nenhuma ação de terceiros.
  • B2B (business to business | de empresa para empresa): a relação de consumo é entre empresas, não envolvendo o consumidor final. A venda/compra tem a finalidade de suprir uma necessidade da empresa – que pode chegar, ou não, ao consumidor final.
  • B2E (business to employee | da empresa para o funcionário): ocorre quando a empresa fornece descontos ou formas de pagamento que não são aplicadas para o mercado. Desta forma, os funcionários podem comprar os produtos/serviços da empresa na qual trabalham de forma diferenciada.
  • B2G (business to government | da empresa para o governo): é a relação comercial entre empresas que vendem, ou prestam serviços, para o governo – seja para municípios ou a nível nacional. São empresas com um histórico de resposta a concursos públicos. Este modelo não precisa de ser exclusivo. 
  • B2I (business to investor | da empresa para o investidor): a relação comercial acontece entre a empresa e o futuro investidor e funciona como uma prestação de contas, onde a empresa que está a vender apresenta os seus projetos, dados e informações. Muito utilizada no ramo imobiliário.
  • D2C (direct to consumer | da indústria para o consumidor/a): é um modelo de negócio que se assemelha com o B2C. Aqui a diferença está na fonte provedora do produto – em vez de ser uma empresa que vende, a comercialização dá-se diretamente pela indústria fabricante. É fácil de identificar com a etiqueta ‘preço de fábrica’.
  • B2B2C (business to business to consumer | de empresa para empresa para o consumidor)

Bem, já percebemos. 

Portanto: para onde vão as SUPER?

A escolha de um modelo B2B ou B2C está intimamente ligada ao storytelling do produto, à sua estratégia de marketing, à forma como a marca decide comunicar com o shopper e com o consumidor final.

Quero fabricar as SUPER e vender diretamente ao consumidor final: significa vendas rápidas. A marca está a falar com quem usa o produto. Segue o modelo mais tradicional e abre loja física e online, com o nome da própria marca: H. Vai estar presente em centros comerciais e no comércio tradicional – OU em exclusividade num deles. Essa escolha está relacionada com a persona criada/escolhida pela marca (o consumidor/a ideal).

Quando escolhemos um B2C, o mais comum é não ter encaixe financeiro para ter uma loja/armazém, um grande espaço com corredores e mais corredores de produtos, lineares alinhados e organizados por preços. Mais conhecido como comércio a retalho.

Estas lojas/armazéns são construídas de raiz (preferencialmente) por modelos de negócio B2B – ATENÇÃO: isto não é tão taxativo assim, mas é sim o mais comum. Para este exemplo, estamos a falar das tais lojas multimarcas: a loja MM vende sapatilhas da sua marca, mas também de outras marcas, pelas quais não tem nenhuma influência na construção do produto, ou na história deste. A loja MM pode, se assim a marca H o permitir, inserir as sapatilhas SUPER na sua gama e vender em loja. Mas a decisão está no lado da marca H: B2C, B2B ou D2C.

No mundo digital, a escolha do negócio também apresenta diferenças.

São muitas decisões a serem tomadas:

  • Vendemos em exclusivo no nosso site?
  • Vendemos em exclusivo no site de lojas multimarcas?
  • Vendemos em ambos?
  • Vendemos em ambos, com preços diferentes? – Sim, a lei do mercado assim o permite, até porque…

o preço do produto também depende da viagem que este faz.

Qual é a grande vantagem de vender online?

Além de aumentar o volume de negócios?

Sabemos quem compra o nosso produto (shopper) e sabemos quem usa o nosso produto (consumidor/a). Comprar e usar são coisas diferentes. O melhor exemplo são as lojas de brinquedos. Quem compra? Os adultos. Quem usa? As crianças. Portanto, temos aqui dois públicos para analisar.

Queremos saber tudo, TUDO, sobre eles. Fica tudo registado, como um histórico, como a pegada digital. Maravilhas do e-commerce.

SÓ QUE…

se eu só vendo as SUPER nas lojas multimarca, eu não sei quem é o meu consumidor final. Abdico desses dados. Mas esses dados são os que nos possibilitam ter produtos que vão ao encontro das necessidades e interesses dos clientes.

Escolhas, escolhas, escolhas…

Fonte: Pixabay

No B2C, o processo de vendas é focado nas necessidades individuais do cliente, sendo o ciclo de vendas curto, com uma grande (ou média) componente emocional.

No B2B, expandimos o nosso ciclo.

Temos mesmo de escolher um dos modelos?

Sim e não. No típico português, depende.

Mas podemos ter um modelo de negócio híbrido.

Um modelo híbrido permite reunir, numa única plataforma, toda a estrutura digital: bases de dados dos clientes, informação sobre o produto, conteúdo, artes gráficas, preços, margens de lucro… bem, toda a informação que quiserem cruzar. Portanto, o modelo híbrido tem uma única plataforma de e-commerce. E quem vai analisar estes dados, será também uma única equipa – equipa reforçada, claro está. Pois aqui, o trabalho de data analysis exige criar e analisar vários perfis de clientes.

Tudo isto para uma melhor…

optimização do negócio. Óbvio. Está tudo num único sistema, até a estratégia de marketing. Aliás, estratégias. No plural. Para o mesmo produto, podemos ter imagens e copas diferentes, dependendo do local da venda.

Este modelo híbrido terá uma vantagem sobre a sua concorrência: é possível criar produtos personalizados e estratégias de marketing diferentes para shopper e consumidores.

Fonte: Business Webstars

E sobre o merchandising?

Ah, quem não adora uma oferta de uma totebag, uma caneta… um bloco de notas!

Negócios cujas trocas comerciais são B2B em exclusivo, não apostam muito em merchandising. Faz sentido: porquê investir se não somos nós a vender diretamente ao consumidor/a? Podem, e normalmente fazem, construir no ponto de venda um layout para o seu produto. Um bom exemplo disto são os enormes e coloridos móveis cheios de bolachas, igualmente cheias de açúcar, nas pequenas mercearias. Não existe loja da marca dessas bolachas, mas está investe em criar expositores compatíveis com o pequeno negócio que comercializa essas bolachas.

Já num negócio híbrido, o merchandising é importante e está tudo escolhido e descrito na tal única plataforma, com um budget bem definido.

Concluindo:

Um modelo de negócios híbrido é um crossover. Sim, como quando as personagens de Grey’s Anatomy fazem uma viagem até ao mundo de Station 19. Esta analogia faz todo o sentido: no primeiro episódio de Grey’s Anatomy não existiam plataformas de streaming. Tínhamos de esperar que a RTP2 comprasse a série e só tínhamos direito a visualizar um episódio por semana. Hoje, podemos ver Grey’s Anatomy online, no nosso pc, tablet, smart TV. É a evolução natural das coisas para o mundo digital.

A frase chave deste modelo híbrido é EXPANDIR: mais clientes, maior base de dados, maior volume de negócios. E por outro lado, POUPAR: uma única plataforma de e-commerce.

É tudo um mar de rosas. Só que não.

São escolhas, acima de tudo.

Ao alterar o seu negócio, os clientes irão ser mais exigentes.

Vamos falar da Nespresso? What else?

A Nespresso está entre os projetos mais lucrativos na Nestlé com crescimento constante há duas décadas, embora o início da sua história remonte a 1970. Podem ler mais sobre este longo caminho aqui.

A Nespresso chega a Portugal com uma loja física no Chiado, Lisboa, em 2003. Loja não – Boutique. Então, eu que sou de Coimbra tinha de ir a Lisboa comprar a máquina e as cápsulas de café? Não. O site disponibilizava essa opção. Principalmente, pelas cápsulas. Decidem abrir em 2007 nova boutique no Norteshopping. A marca já não está somente em locais nobres, também chega aos centros comerciais. Em 2009, abre nova boutique no Porto, e a partir daqui foi-se normalizando estas boutiques – pequenas lojas onde as cápsulas estão expostas para venda e consumo, numa lógica de experiência do cliente. Mas até chegarmos a este ponto, o consumidor Nespresso de Coimbra tinha de comprar as cápsulas de café diretamente no site da Nespresso. Porquê? Porque a Nespresso não vende em grandes superfícies comerciais, não vende aos pequenos negócios nem ao comércio a retalho.

Em 2022, a Nespresso continua a não comercializar as cápsulas para outras superfícies comerciais venderem, mas as máquinas de café da marca Nespresso estão ao nosso alcance em qualquer loja de electrodomésticos.

É de facto um exemplo interessante que mostra escolhas diferentes, sem exclusividades.

Será que viveremos ainda para ver as cápsulas de café Nespresso à venda nas grandes cadeias de supermercados? Aquela vermelha? Ou aquele verde… Baby steps, sem nunca fugir ao conceito original da marca.

Fonte: Pixabay

E a Nike? A Nike avançou para a opção híbrida: podemos comprar pelo site da Nike, nas lojas da Nike e nas lojas multimarcas. E nos sites das lojas multimarcas.

Assim, a troca comercial preferida da Nespresso é a D2C: direct to client. A Nike é B2B, D2C, B2C…

Num D2C, as minhas sapatilhas SUPER até podem ter um preço mais baixo, porque não têm muitos quilómetros a fazer. Mas se a marca H decide vender também ao comércio a retalho, tem o direito de aumentar o seu valor, porque há mais trabalho de logística. Para igualar o valor, a loja multimarca tem de baixar a sua margem de lucro. Contas fáceis de fazer.

A este modelo híbrido, decidimos dar um nome em siglas: B2E – business to everyone.

Fará mais sentido? Ou é populista demais para o mundo dos negócios?

Não terminaremos este artigo sem mencionar a troca C2C – client to client. Sim, também podemos vender a nossa máquina Nespresso num OLX desta vida. A internet possibilitou o e-commerce e as redes sociais desenvolveram o C2C. E aqui, não há impostos, taxas nem legislação e controlo das trocas.

KPIs que medem o sucesso das marcas

Pauliny Zito
Planner, copywriter e copydesk

Os Indicadores-chave de Desempenho ou KPIs (Key Performance Indicators) são uma maneira muito comum de medir como uma empresa está a crescer num todo. 

Os KPIs estão intrinsecamente ligados aos objetivos e aspectos do negócio, geralmente definidos e revistos a cada trimestre. Eles ajudam a acompanhar a saúde do negócio, por isso mesmo também são chamados de health metrics (métricas de saúde, em português).

KPIs relevantes que, de facto, medem o sucesso das marcas são indicadores de resultados, e não simplesmente medidores de atividades.

Como disse (e bem) Noelia Fernandez, diretora de vendas de grandes clientes do Google para o norte da Europa: “Em última análise, o sucesso é comprovado quando os comportamentos mudaram”.

Pauliny Zito
Planner, copywriter e copydesk

Os Indicadores-chave de Desempenho ou KPIs (Key Performance Indicators) são uma maneira muito comum de medir como uma empresa está a crescer num todo. 

Os KPIs estão intrinsecamente ligados aos objetivos e aspectos do negócio, geralmente definidos e revistos a cada trimestre. Eles ajudam a acompanhar a saúde do negócio, por isso mesmo também são chamados de health metrics (métricas de saúde, em português).

KPIs relevantes que, de facto, medem o sucesso das marcas são indicadores de resultados, e não simplesmente medidores de atividades.

Como disse (e bem) Noelia Fernandez, diretora de vendas de grandes clientes do Google para o norte da Europa: “Em última análise, o sucesso é comprovado quando os comportamentos mudaram”.

Fonte: Fauxels

Como definir os KPIs 

Ao iniciar o processo de definição de KPIs, o profissional deve questionar-se:

  • Que informações desejo obter? 
  • Qual é o resultado desejado e porque é importante?
  • Quem é responsável pelo resultado?
  • Como vou conseguir o resultado?
  • Qual será a frequência de reavaliação da meta e do progresso?
  • Como medir o sucesso?

É fundamental alinhar os indicadores de acordo com os objetivos do negócio.

Um bom KPI possui certas características básicas: está disponível para ser medido; é importante e relevante para a base do negócio; ajuda em escolhas inteligentes e tem periodicidade, isto é, precisa ser acompanhado e medido constantemente.

Em resumo, um bom KPI mostra como o seu objetivo está a trazer mais negócios ou oportunidades de negócio para a sua empresa.

KPIs para as marcas

Durante o processo de análise da sua marca, deve considerar o comportamento de compra e informação, publicidade e pontos de contacto, promessas e associações da marca, digitalidade da marca e respetivas perguntas individuais.

Para uma marca ter sucesso, é fundamental conhecer as necessidades e desejos dos consumidores, do seu público-alvo, ter uma visão ampla de mercado e concorrência e perceber como sua marca pode tornar-se mais relevante e atraente ao longo do tempo.

Os principais tipos de KPI são de vendas, marketing e produtividade e as suas principais categorias são:

  • Indicadores de produtividade

Medem a quantidade de recursos que a empresa utiliza para gerar um determinado produto e/ou serviço.

  • Indicadores de qualidade

Auxiliam na análise da qualidade do produto e/ou serviço ao longo do processo produtivo.

  • Indicadores de capacidade 

Analisam a capacidade de resposta de um processo através da relação entre as saídas produzidas por unidade de tempo.

  • Indicadores estratégicos

Fornecem um comparativo do cenário atual da empresa relativamente às metas definidas anteriormente.

Os KPIs também podem ser classificados em três categorias básicas:

1. KPIs primários

São os principais para o seu objetivo, nomeadamente: leads (potenciais clientes), tráfego, custo de aquisição por lead, taxa de conversão, receita total, receita por compra, entre outros.

2. KPIs secundários

Mostram que os testes e a gestão da estratégia estão a correr bem. Os KPIs secundários devem justificar os primários, mostrando como aqueles resultados estão a ser conseguidos. Alguns exemplos: custo por lead em cada etapa do funil, assinantes da newsletter, assinantes do blog, visitas recorrentes no blog, custo por visitante, origem do tráfego (orgânico, pago, médias sociais, direto, e-mail e outros), preço médio por transação.

3. KPIs práticos 

Visitas e visualizações de páginas, taxa de rejeição, melhores landing pages, page rank (ranking da página), palavras-chave mais pesquisadas (de acordo com o seu negócio), conteúdos mais lidos/visitados, tráfego, visitantes (novos versus recorrentes), interações sociais.

O responsável de Marketing deve avaliar periodicamente todos os KPIs escolhidos, no entanto, os KPIs mais interessantes para a direção são os que trazem lucro para a empresa.

KPIs versus métricas

KPIs e métricas não são a mesma coisa. Enquanto os KPIs são indicadores de desempenho da empresa, uma métrica é apenas algo a ser quantificado ou medido, que gera relatórios e insights

Entretanto, uma métrica pode tornar-se um KPI quando ajuda nas decisões internas da empresa e/ou guia a empresa nos seus propósitos, já que, para ser um KPI, tem de ser valioso para o negócio e auxiliar os gestores a tomar decisões inteligentes.

Tenha sempre em mente que o KPI deve ser relevante para o objetivo. Indicadores de vaidade, isto é, que não mostram nenhum resultado, não são bons indicadores-chave de desempenho, como, por exemplo, número de seguidores e quantidade de likes no Instagram.

KPIs que medem o sucesso das marcas

Existem milhares de KPIs, que podem ser números ou percentuais, e o desafio é descobrir quais são os mais importantes para o seu negócio tendo em conta também a indústria ou sector de atuação da sua empresa.

Quantidade de Leads

Lead é uma oportunidade de negócio, ou seja, uma pessoa interessada pelo produto ou serviço, um potencial cliente. Para atrair visitantes e convencê-los a deixar o contacto, é necessária uma campanha de Inbound Marketing estratégica e focada. Este indicador é relevante tanto para a equipa de Vendas como para a equipa de Marketing, basta identificar o total de leads geradas no negócio em determinado período.

Quantidade de Prospects

Prospect é uma lead numa fase mais avançada, quase pronto para adquirir o produto. Quando uma lead evolui para prospect, a equipa de Vendas irá perceber o melhor momento para fazer a abordagem, como fazê-la e quais são as ofertas mais interessantes para esse futuro consumidor.

Custo por Lead (CPL)

O CPL é o custo para gerar uma lead. É preciso medir cada canal e meio de aquisição para perceber qual deles gera mais leads e respetivo custo, e assim otimizar os investimentos e aumentar a geração de leads. Fórmula para calcular o CPL: custo total de ações de marketing ÷ número de leads geradas em determinado período.

Custo de Aquisição do Cliente (CAC)

O CAC está relacionado tanto à área de Marketing quanto às Finanças. É o gasto médio da empresa para a aquisição de um cliente. Pode ser calculado através da fórmula: total das despesas com vendas e marketing ÷ total de clientes adquiridos.

Custo por Clique (CPC)

O CPC é o custo determinado por plataformas de publicidade online por cada clique num anúncio patrocinado. É o valor propriamente dito que o anunciante pagará pelo clique no seu anúncio. Cálculo: custo total da campanha ÷ número de cliques que o anúncio recebeu.

Taxa de Churns

A taxa de churns é o total de cancelamento, isto é, quanto a empresa perdeu de receita ou clientes. Cálculo: quantidade de clientes perdidos ÷ total de clientes ativos no início do período de análise × 100.

Taxa de Conversão de Leads

É a percentagem de leads que se tornaram clientes, ou seja, leads geradas versus leads convertidas, muito útil para analisar o desempenho da estratégia de Marketing Digital, calculada por meio da fórmula: total de leads ÷ total de visitantes × 100.

Taxa de Cliques ou Click Through Rate (CTR)

A CTR é um dos indicadores mais importantes a ser acompanhado numa estratégia de Marketing Digital. É a taxa de cliques de um e-mail ou anúncio, que indica a percentagem de pessoas que clicaram na ligação após visualizá-la. É calculada através da seguinte fórmula: número de cliques que o anúncio recebeu ÷ total de vezes que o anúncio foi exibido × 100.

Taxa de Retenção do cliente 

A taxa de retenção do cliente é o número de clientes que continuam fiéis à empresa após uma conversão ou compra. Quanto mais tempo mantiver um cliente, maior será o valor da vida útil dele. 

Leads qualificadas mensais

Existem alguns fatores que podem mostrar quando as leads estão prontas, isto é, qualificadas para a equipa de Vendas agir: a necessidade que a lead demonstra pela solução; a adequação entre o produto e a lead (fatores geográficos, de disponibilidade etc.); o orçamento da organização da lead (poder de compra); a autoridade do contacto (poder de decisão); o timing da venda e do interesse.

Ticket médio

O ticket médio é a média de quanto cada cliente gasta na empresa, uma ótima métrica para avaliar o desempenho das vendas. O cálculo do ticket médio é o volume de vendas no período dividido pelo número de vendas no mesmo período.

Receita 

A receita representa as entradas de capital que resultam da atividade de uma empresa ao vender produtos ou serviços: quantidade de produtos ou serviços vendidos × preço.

ROI (Return on Investment)

O ROI (retorno sobre investimento) é o valor faturado subtraído dos custos, dividido por esses custos.

Tráfego 

Número de visitas ao website, que pode ser medido e acompanhado diariamente ou mensalmente: DAU (Daily Active Users) e MAU (Monthly Active Users). O tráfego mostra se os esforços de e-mail, SEO e redes sociais estão a gerar bons resultados e indica os canais (origem do tráfego) e as palavras-chave de melhor desempenho na campanha.

Visitantes que retornaram / Total de visitantes

Do total de visitantes do website, quantos retornaram.

Tempo médio na página

Duração média da sessão dos visitantes do website ou blog.

Taxa de Conversão do website

Do total de visitantes, quantos deles convertem uma ação, nomeadamente: descarregam um e-book, fazem uma compra, preenchem um formulário. É a conversão de visitantes do website em leads, sejam qualificadas para Marketing, sejam para Vendas.

Taxa de Conversão de um CTA

Dos visitantes de uma página, quantos deles clicam num botão (CTA: Call to Action).

Taxa de Cliques em páginas 

Dos visitantes de uma página, qual a percentagem que clica nalguma ligação.

Páginas por visita

Quantas páginas são visualizadas por visita ao website ou blog.

Quantidade de backlinks 

Quantas ligações em outros websites (de relevância) direcionam para o seu website.

Autoridade da página

A autoridade da página é a medida da qualidade do conteúdo e da relevância da página, fornecida por ferramentas analíticas.

Google pagerank

Ranking da página no Google, calculada pelo Google a partir do uso de vários algoritmos para determinar a importância das páginas.

Palavras-chave no TOP 10 SERP

Número de palavras-chave do website que o fazem ser apresentado entre os 10 primeiros resultados do Google.

Taxa de Conversão por palavra-chave 

Percentagem de visitantes atraídos pela palavra-chave que converteram ações no website.

Taxa de Rejeição (Bounce Rate)

Dos visitantes do website, quantos deles acessam uma página e após poucos segundos vão embora.

Tráfego gerado nas redes sociais

Visitantes do website que vieram de ligações nas redes sociais.

Custo por Mil (CPM)

CPM no marketing digital é uma sigla para a métrica de desempenho “Custo por Mil Impressões”, ou seja, qual valor está sendo cobrado quando os anúncios são impressos (exibidos) mil vezes.

Click to Open (CTO)

O CTO é o número de cliques dividido pelo número de aberturas do e-mail.

Engagement Social

Envolvimento das pessoas com a marca através de partilhas, comentários e menções nas redes sociais.

Net Promoter Score (NPS)

O NPS mede a satisfação dos clientes. Pergunta-se “de 0 a 10, qual a probabilidade de indicar a nossa empresa aos amigos?” A fórmula para calcular o NPS é a percentagem de clientes promotores (notas 9 e 10) menos a percentagem de clientes detratores (notas de 0 a 6).

Customer Lifetime Value ou Valor da Vida Útil do Cliente (CLTV)

O CLTV é a previsão da quantidade total de dinheiro que um cliente gastará durante o relacionamento com a marca, ou seja, o valor que um cliente gera para uma empresa ao longo do seu ciclo de vida.

Tempo do Ciclo de Vendas

Quanto tempo demora para concluir uma venda.

Tempo Médio de Conversão de Vendas

Quanto tempo, em média, a equipa de Vendas demora para converter uma venda.

Taxa de Crescimento de Clientes

Percentagem de crescimento de clientes de um mês para o outro, a cada trimestre, semestre ou ano.

Brand Equity (Valor da Marca)

Brand Equity é o conjunto de associações e comportamentos da parte de clientes, membros do canal e empresa controladora da marca que permite à marca ganhar maior volume ou maiores margens do que conseguiria sem o nome da marca e que lhe dá uma vantagem forte, sustentável e diferenciada sobre os concorrentes. (Fonte: Marketing Science Institute)

O valor da marca é a força de uma marca a partir dos ativos financeiros envolvidos nela. Um efeito diferenciador intangível, que, se positivo, confere-lhe uma vantagem competitiva no mercado. O valor da marca pode ser determinado a partir dos resultados financeiros de um produto em relação aos seus preços; do valor da marca ao introduzir novos produtos; e do valor da marca com base nos pensamentos, sensações e hábitos dos clientes em relação ao negócio.

Nesse contexto, também contribuem para o sucesso de uma marca, tornando-a valiosa, as variáveis: Conhecimento, Lembrança, Imagem, Reconhecimento e Coerência da Marca, para além de Satisfação com a Marca.

O Conhecimento de Marca é o nível de familiaridade dos consumidores com o produto ou serviço e a chave para o Brand Equity pois gera a resposta diferenciada, podendo ser caracterizado em dois componentes: Lembrança e Imagem de Marca.

A Lembrança de Marca é a capacidade de os consumidores se lembrarem da marca sem ajuda. Já a Imagem de Marca é como os consumidores vêem a marca, como eles percebem o que ela representa, as associações que fazem à marca, os sentimentos deles após interações com a marca.

Marcas com alto Reconhecimento são vistas como tendências, populares, de destaque.

A Satisfação dos consumidores com determinada marca é uma consequência dos sentimentos e pensamentos em relação à experiência que tiveram com a marca e está diretamente ligada à Coerência de Marca, isto é, a diferença entre as promessas da marca e a perceção real dela.

Um cliente satisfeito pode tornar-se um defensor da marca, indicando-a para outras pessoas.

Data-driven Marketing e Vendas

Data-driven é uma estratégia de coleta, armazenamento e processamento de dados, com o objetivo de gerar insights, tendências e informações sobre o próprio negócio e o mercado. A gestão desses dados ajuda a transformar conhecimento em ações e decisões mais inteligentes. (Fonte: Blog HubSpot)

Os departamentos de Marketing e Vendas da empresa devem analisar os dados com inteligência e tomar as melhores decisões. Para tanto, devem fazer um planeamento inicial para identificar todos os pontos de conversão.

Os KPIs mais importantes para quem analisa os dados são:

  • Click Through Rate (CTR) = taxa de cliques de um anúncio/e-mail;
  • Connect Rate = taxa de conectividade, que indica quantos cliques realmente tornaram-se sessões;
  • Taxas de Conversão no funil de Marketing: Visitantes → Leads → Oportunidades → Clientes;
  • Custo por Lead (CPL);
  • Custo de Aquisição do Cliente (CAC).
Fonte: olia danilevich

As equipas devem verificar também se o público está a aceder ao website por telemóvel ou portátil; qual a performance de conversão por cada tipo de navegador; e se há um canal que traz mais de 50% dos resultados.

Outros indicadores relevantes são:

  • Tempo Médio de Sessão no website e Taxa de Rejeição;
  • Tempo de conexão com um servidor;
  • SEO (Search Engine Optimization): avaliar o tráfego e a integração com o Google Search Console para comparar os resultados por períodos e identificar palavras-chave específicas utilizadas para chegar a cada conteúdo.

Relativamente à equipa de Vendas, os cinco principais KPIs a serem vistos são:

  • Valor da Vida Útil do Cliente (CLTV); 
  • Taxas de Conversão: desde o que entra no funil até o que sai dele;
  • Percentual da equipa que está a alcançar a meta;
  • Número de vendas por vendedor;
  • Movimentação do pipeline de vendas.

Fortaleça a sua marca através dos KPIs

Os KPIs possibilitam acompanhamento e melhor gestão do nível de desempenho e sucesso das estratégias da empresa porque monitoram a saúde da empresa, medem o progresso, analisam padrões ao longo do tempo, auxiliam o gestor a fazer ajustes e a manter-se no caminho certo, a resolver problemas e a aproveitar oportunidades.

Assim, os KPIs oferecem um diagnóstico da companhia, para que ela possa atuar no problema e posicionar-se melhor no mercado.

Vantagens de uma marca forte

 

✔ Melhor perceção do desempenho do produto ou serviço;
✔ Maior fidelidade;
✔ Menor vulnerabilidade a ações de marketing da concorrência;
✔ Menor vulnerabilidade a crises;
✔ Maiores margens;
✔ Resposta mais inelástica do consumidor a aumentos de preços;
✔ Resposta mais elástica do consumidor a reduções de preços;
✔ Maior cooperação dos intermediários;
✔ Maior eficácia de programas de comunicação e marketing;
✔ Oportunidades de licenciamento;
✔ Oportunidades de extensão de marca.

(Fonte: Brand EquityBrand Equity baseado no cliente, de Thiago Carneiro) 

O fortalecimento do valor da marca só será possível, primeiramente, percebendo bem o comportamento do público, depois medindo KPIs relevantes e fazendo recomendações de ações derivadas deles.

Como criar uma audiência através do copy

Pauliny Zito
Planner, copywriter e copydesk

Copy não é “só” para artigos de blog, sites ou legendas de redes sociais.

O facto é que, com as redes sociais, passamos a escrever muito mais e tornamo-nos todos “escritores” ou “redatores”, como queira.

Escrever sempre fará parte do processo, quer na criação de vídeos, de podcasts, de apresentações dinâmicas ou de jogos. Afinal, planear é preciso.

Não importa o formato ou a media, o desafio é escrever bem ao ponto de criar uma audiência fiel ao longo da jornada de compra.

Perceba como neste artigo.

Pauliny Zito
Planner, copywriter e copydesk

Copy não é “só” para artigos de blog, sites ou legendas de redes sociais.

O facto é que, com as redes sociais, passamos a escrever muito mais e tornamo-nos todos “escritores” ou “redatores”, como queira.

Escrever sempre fará parte do processo, quer na criação de vídeos, de podcasts, de apresentações dinâmicas ou de jogos. Afinal, planear é preciso.

Não importa o formato ou a media, o desafio é escrever bem ao ponto de criar uma audiência fiel ao longo da jornada de compra.

Perceba como neste artigo.

O que é o Copy

Copywriting ou simplesmente Copy é a escrita persuasiva, uma técnica para convencer a audiência a realizar uma ação.

Por isso, o copy, seja de conversão, seja de conteúdo, está totalmente ligado a uma persona (representação do cliente ideal).

Um bom copy

Nunca é uma cópia de outro.

Não faz generalizações.

Não é agressivo.

Não recorre a clichês.

Um bom copy é criativo e sempre original, alinhado com a estratégia de marketing digital e direcionado para a persona.

Um bom copy contextualiza, tem uma certa profundidade.

Metodologia Inbound

Para um copy de sucesso, aplique a Metodologia Inbound.

Inbound = Conteúdo + Contexto (para quem está a criar).

Em poucas palavras, é a informação certa para a pessoa certa no momento certo, em todas as interações.

O Inbound Marketing trabalha para criar relacionamentos individualizados que causem um impacto duradouro na sua audiência e na sua marca. Ou seja, o foco é sempre o cliente.

Essa metodologia deve abranger todas as equipas (Marketing, Vendas e Atendimento) e, basicamente, possui três fases:

  1. Atrair (Attract)
  2. Envolver (Engage)
  3. Encantar/Fidelizar (Delight)

Alguns autores identificam essas três fases assim:

  1. Atração
  2. Consideração 
  3. Decisão

Storytelling

Há quem goste de contar histórias. Há quem goste de ouvir histórias. Mas de uma coisa temos a certeza. Uma boa história é capaz de chamar a atenção e cativar muitas pessoas.

Por esse motivo, o método do storytelling – ou contar histórias – está muito presente na produção de conteúdo em geral. E, claro, também no copywriting.

As histórias ligam pessoas a pessoas, geram identificação, e por isso são uma excelente estratégia de aproximação entre marcas e clientes.

Envolva a persona ao relatar a sua história. A identificação acontece consoante a situação, a jornada e a emoção.

Para além disso, o storytelling é uma boa técnica para conteúdo com potencial viral, podendo ser aplicado pontualmente no conteúdo ou como parte de sua estrutura.

Jornada do Herói

  • Introdução
  • Problema (Dor)
  • Recusa ao chamado (momento de tensão)
  • Mentor
  • Desafio (Clímax)
  • Resolução

Gatilhos mentais

Gatilhos mentais são motivadores psicológicos ou facilitadores para o cérebro que ajudam a despertar a emoção, sendo amplamente aplicados no copy.

Robert B. Cialdini, em As Armas da Persuasão, faz menção a seis gatilhos mais usados na publicidade:

1) Reciprocidade

Reciprocidade é entregar valor para que a persona retribua.

2) Compromisso e Coerência

Cumprir o combinado e ser coerente em todos os momentos.

 

3) Aprovação Social

“Como 95% das pessoas são imitadoras e apenas 5% iniciadoras, elas são convencidas mais pelas ações dos outros do que por qualquer prova que possamos oferecer.”

– Roberto Cavett

4) Afeição

Afeição é criar vínculo, conexão com a persona.

5) Autoridade

A empresa como uma especialista em determinado assunto. É o princípio de reputação.

6) Escassez

A escassez pode ser de tempo, de bónus, de vagas, de acesso.

Como criar a sua escrita mais fácil, acessível e divertida 

Existe um método chamado Estrutura do GPS de Escrita (Writing GPS Framework, termo original em inglês) que coloca o leitor no centro do seu trabalho e possibilita a si publicar com confiança.

Esse método leva o escritor ou copywriter de uma ideia inicial a um conteúdo completo.

A Estrutura do GPS de Escrita tem três etapas:

1) G: para ir (Go)

Antes de começar efetivamente a escrever, o primeiro passo é pesquisar e planear, pois, assim, a escrita deverá fluir com mais facilidade e naturalidade.

Mas antes disso, identifique a sua meta, isto é, o objetivo do conteúdo. Olhe para esse objetivo e reformule-o da perspetiva do cliente, pensando no benefício para ele e porque ele deverá converter após ler o seu conteúdo.

Depois, reúna dados ou evidências, nomeadamente estatísticas, factos, números, pesquisas, citações de especialistas e depoimentos de outros clientes.

Finalmente, organize as suas ideias, pensando no formato do seu conteúdo.

2) P: para empurrar (Push)

Chegou o momento de escrever e reescrever.

Primeiro, escreva um primeiro rascunho sem se preocupar com erros ou incoerências, pois o ponto aqui é colocar as suas ideias no papel. 

A seguir, reescreva o seu conteúdo para uma pessoa (a persona, por exemplo), mantendo as partes boas, eliminando as partes ruins e reescrevendo o conteúdo. Ao fazer isso, a sua escrita terá um tom mais natural, focado, amigável e acessível.

Com o tempo, e algumas técnicas, conseguirá desenvolver a sua própria voz, conquistando a sua audiência: note o que se repete no seu conteúdo, o tamanho das suas frases, o seu vocabulário, a sua pontuação, o seu estilo descritivo, o seu diferencial relativamente a outros escritores. 

Uma dica extra é testar novos estilos e novas ideias, especialmente técnicas de pessoas que admira.

3) S: para brilhar (Shine)

Nesta última etapa, deverá rever o conteúdo e publicá-lo.

Para isso, pode recorrer a ferramentas de edição de Inteligência Artificial, como as aplicações Grammarly ou Hemingway. Mas cuidado! A IA não deve substituir um bom editor ou revisor humano. 

Por fim, leia o seu conteúdo em voz alta para identificar onde/se está confuso, para além da fluidez e do ritmo da escrita.

Pergunte a si mesmo: esse conteúdo faz o leitor querer avançar até ao final?

Como criar um plano de conteúdo a longo prazo

Para criar uma audiência através do copy, terá de criar necessariamente um plano de conteúdo a longo prazo. 

Como fazer isso? Considere as três etapas a seguir:

Etapa 1: Definir metas de marketing

Defina as metas de marketing com base na Meta SMART: Specific (Específica), Measurable (Mensurável), Attainable (Alcançável), Relevant (Relevante), Timely (Tempo determinado).

Etapa 2: Avaliar as iniciativas e os ativos da sua organização

Avalie as iniciativas e os ativos da sua organização por meio de auditoria de conteúdo, auditoria baseada em eventos, como projetos, prioridades ou eventos futuros.

Etapa 3: Identificar a jornada do cliente para as suas buyer personas

Nessa etapa, lembre-se de que a jornada do cliente está sempre a evoluir.

Como utilizar o copywriting 

Copy nas diferentes fases do funil:

Topo do Funil: Descoberta

No topo do funil, um gatilho mental que funciona bem é o da Reciprocidade. Nesta fase, ofereça conteúdos ricos para a sua audiência.

Meio do Funil: Solução

No meio do funil, utilize os gatilhos mentais Prova Social e Storytelling a fim de fortalecer o relacionamento com a sua persona.

Fundo do Funil: Tomada de Decisão

No fundo do funil, trabalhe com os gatilhos mentais Autoridade e Escassez valendo-se da persuasão.

Copy em materiais ricos

Use uma linguagem atemporal no material rico.

Explore comparações. 

Coloque-se como referência, autoridade, e apresente algo relevante, com um diferencial.

Escreva títulos persuasivos, com indagações ou promessas – e cumpra-as no material rico (num e-book, por exemplo).

E não se esqueça de interagir com a persona.

Copy em conversões (vendas)

Chame a atenção da persona. 

Explore a dor dela. Apresente a solução. Desperte a emoção por meio dos gatilhos mentais. 

Mostre o caminho para a tomada de decisão. 

Escreva uma frase de impacto e uma chamada para ação (CTA) clara e direta, sem ser agressiva e com frases curtas e simples (de 5 a 7 palavras).

Escaneabilidade

Escaneabilidade é o mesmo que otimizar o conteúdo para melhorar a experiência do utilizador, isto é, um recurso para facilitar a leitura dinâmica do conteúdo.

Tais recursos podem ser:

  • negrito
  • itálico
  • intertítulos
  • listas numeradas
  • imagens 
  • ligações

Um copy otimizado para motores de pesquisa utiliza:

  • palavra-chave assertiva
  • conteúdo autêntico
  • texto de qualidade
  • escrita pensada em SEO

Como criar um copy irresistível

Se conseguiu chegar até aqui, parabéns! 

Está realmente empenhado em criar copies irresistíveis!

Técnicas

Abaixo, partilho algumas técnicas a considerar na sua cópia:

3 Cs

Claros | Concisos | Convincentes

Fórmula 1-2-3-4

O que é que eu tenho para si? Escreva tudo sobre a oferta, produto ou serviço.

O que é que farei por si? Escreva sobre as vantagens e benefícios do produto ou serviço.

Quem sou eu? Demonstrar autoridade. Escreva sobre a sua empresa (ou sobre si próprio, já agora).

Quais são os Próximos Passos? Coloque o CTA.

Fórmula PAS

Dor | Agitar | Resolver

4 Ps de Persuasão

Promessa | Imagem | Provas | Push

Tom da escrita

Entretanto, para um copy ser, de facto, irresistível, combine essas técnicas com um elemento-chave importante: o tom da escrita.

Tão importante quanto o que você diz (ou escreve) é o tom que você escolhe para o dizer (ou escrever). No fundo, é o seu modo de expressão

Dessa forma, o tom da sua escrita é obtido pela escolha das palavras, pela história contada e pela conotação pretendida

Ironias demais, recursos de menos comprometem a escrita e podem fazer a sua audiência abandonar o conteúdo. E, pior, desistir da compra, se o copy é de conversão.

Uma história boa, eficaz e memorável nem sempre será um êxito garantido, pois depende de como será narrada. E esse ‘como’ vai depender do ‘quem’ está a ouvir (ou a ler).

Assim como palavras rebuscadas ou muito técnicas podem afastar a audiência por considerá-las elitistas.

Percebeu porque é que a persona importa tanto?

A alma do copy

Um copy de sucesso é aquele que interage com a persona e toca nas emoções dela. 

Um copy de sucesso é aquele que emprega um tom na escrita que se conecta com a persona.

Mostre à sua audiência os benefícios do que está a vender. 

Mova-a, induza-a, conduza-a para uma solução.

Ajude os seus clientes a crescer. 

Crie relacionamentos duradouros através de três vertentes:

  1. Resolvendo problemas.
  2. Ajudando-os a atingir metas.
  3. Excedendo expetativas, com recomendações adicionais, instrução e serviço de alto nível.

Encerro esse artigo com algumas dicas para escrever um copy com alma

✔ Coloque-se no lugar da sua buyer persona.
✔ Monitorize as redes sociais para ver o que os seus clientes têm falado sobre a sua marca.
✔ Meça e acompanhe as interações.
✔ Realize sondagens com os seus clientes.
✔ Faça perguntas abertas.
✔ Beneficie a Regra 80/20: 80% ouvir | 20% falar
✔ Tenha reciprocidade.
✔ Utilize dados e pesquisas.
✔ Estabeleça interações (grandes ou pequenas) constantes.
✔ Escreva variações do mesmo copy.

E lembre-se: as empresas que melhor educam serão as mais bem-sucedidas.

Rebranding: como a imagem influencia o sucesso da marca

Inês Tito
Copywriter

As marcas são entidades vivas. São dinâmicas. E estão em constante mutação. 

Na verdade, a sobrevivência de uma marca está intimamente relacionada com a sua capacidade para adaptar-se aos desejos dos consumidores.

Inês Tito
Copywriter

As marcas são entidades vivas. São dinâmicas. E estão em constante mutação. 

Na verdade, a sobrevivência de uma marca está intimamente relacionada com a sua capacidade para adaptar-se aos desejos dos consumidores.

Contudo, para seguir em frente, por vezes é necessário um corte abrupto com o passado. Uma rutura desta ordem pode revitalizar uma marca e fazê-la crescer. Ou, pelo contrário, pode acarretar consequências irreversíveis. Posto isto, como saber qual o caminho a seguir?

O reposicionamento do Instagram é um exemplo de como o risco calculado resultou numa estratégia de sucesso.

Fonte: Vecteezy

Revitalização da marca através do rebranding

O rebranding, ou estratégia de reposicionamento, é um processo utilizado para alterar os elementos que definem uma marca. Contudo, não significa que estamos a criar uma marca nova. Na verdade, estamos apenas a dar-lhe uma “renovação de visual”. O objetivo é apresentar aos consumidores uma nova identidade com que possam relacionar-se.

Os motivos (certos) para o rebranding

Alterar a imagem da marca pode ser uma ideia tentadora quando há pouco envolvimento dos consumidores ou quando as vendas estão em declínio. 

No entanto, antes de avançar com uma estratégia de reposicionamento, é importante compreender o motivo desses resultados. Por vezes, basta criar uma nova estratégia de marketing e apresentar o produto numa perspetiva diferente.

Se, por outro lado, a imagem da marca está desatualizada ou não reflete a missão e valores da empresa, talvez o rebranding seja a solução. Porém, existem outros motivos igualmente válidos:

  • Nova missão, visão e valores

À medida que uma marca evolui, a sua missão, visão e valores podem alterar-se. Por isso, é importante rever o modelo de negócio e de que modo este se reflete na imagem transmitida aos consumidores.

  • Fusões e aquisições

No mundo dos negócios, as aquisições e fusões entre empresas são comuns. No entanto, para o consumidor pode ser confuso diferenciar a nova marca das pré-existentes. Por isso, é importante apresentar a nova identidade da marca através de uma imagem renovada. 

  • Reposicionamento no mercado

O reposicionamento da marca pode decorrer da criação de produtos e serviços, para alcançar um novo público-alvo. Neste caso, apesar da missão, visão e valores da empresa manterem-se inalterados, é necessário atualizar a imagem da marca.

  • Novos mercados

Quando o objetivo é a expansão internacional, é natural que os novos consumidores não tenham qualquer relação com a atual imagem da marca. Assim, para promover a identificação com a marca, pode ser necessário alterar o logótipo ou até o nome da empresa, ou do produto.

Estratégias de rebranding

O sucesso de um plano de reposicionamento de marca depende de um estudo de mercado exaustivo. Sem conhecermos o nosso público-alvo, os nossos concorrentes e a perceção da marca nos consumidores, como podemos definir os próximos passos?

Além disso, é necessário avaliar a missão, visão e valores da marca. Estarão alinhados com a mensagem que a marca pretende transmitir?

Uma vez clarificados estes aspetos, é tempo de tomar decisões.

Rebranding total

O reposicionamento total resulta numa mudança completa da imagem da marca, que pode incluir a missão e valores da empresa. 

Nesta estratégia, é comum a criação de um novo logótipo. Além disso, pode ser alterado o nome da marca, slogan, esquema de cores e tipo de letra. O resultado é uma imagem totalmente distinta da original. 

Com esta estratégia, a identidade da marca é posta à prova. 

No caso de marcas consolidadas no mercado, esta abordagem pode trazer danos irreparáveis. Os consumidores fidelizados podem ter dificuldade em associar a marca ao produto e, para os investidores, isso significa perdas avultadas. Em última instância, resta reverter todo o processo e voltar à imagem original

Rebranding parcial

Através do reposicionamento parcial são feitos pequenos ajustes à imagem da marca. Em muitos casos, é apenas necessário alterar o logótipo e manter o esquema de cores original. Noutros, a imagem mantém-se. O que muda é a voz da marca.

Esta estratégia é utilizada por marcas maduras que pretendem apenas renovar a sua imagem e reter os clientes fidelizados. Desta forma, o consumidor reconhece a marca e os seus produtos, através de uma imagem melhorada.

Instagram: O sucesso de um rebranding arriscado 

A primeira revolução instituída pelo Instagram foi o seu aparecimento. 

A segunda foi o rebranding de 2016.

Fonte: Unsplash

Em 2010, a rede social Instagram surpreendeu devido ao seu conceito inovador: uma plataforma dedicada a conteúdos visuais, criados a partir de dispositivos móveis. Rapidamente, qualquer pessoa, em qualquer lugar, poderia publicar e partilhar fotos com amigos e familiares.

Esta ideia simples transformou-se numa receita de sucesso. Passados seis anos, o Instagram contava com 400 milhões de utilizadores. Por esta altura, era claro que a rede social tinha crescido o suficiente para ser necessário rever a comunicação da marca. 

A necessidade de mudar

Habitualmente, os processos de reposicionamento surgem para solucionar um problema. 

No caso do Instagram, o “problema” é o cenário de sonho de qualquer executivo: uma marca que cresceu naturalmente, além da sua própria identidade. Este tipo de crescimento obriga a rever a imagem da marca para que esta se mantenha atualizada e acompanhe a sua própria evolução.

O propósito dos utilizadores do Instagram mudara desde o aparecimento da plataforma. Em 2010, a aplicação era essencialmente utilizada para partilhar fotos entre amigos. Contudo, em 2016, eram as empresas que expandiam o seu negócio, apostando em anúncios na plataforma.

Durante este período, a rede social investiu em vários serviços para acompanhar as necessidades dos utilizadores. Entre eles estão as mensagens diretas, os vídeos, os anúncios ou as ferramentas para empresas, como a subscrição de newsletters e compra de produtos.

Além disso, o Instagram apostou na melhoria da experiência do utilizador. Desenvolveu uma interface mais simples e intuitiva, focada na criação e publicação de conteúdos.

Neste sentido, um logótipo inspirado numa máquina fotográfica Polaroid, que nos remete para a nostalgia dos anos 80, dificilmente será associado a uma rede social de última geração.

A transformação de um ícone

O primeiro logótipo do Instagram foi desenvolvido por Kevin Systrom, o cofundador da rede social. Inspirado pela máquina fotográfica Polaroid dos anos 80, o seu intuito era recordar a infância e os momentos passados em família. 

Considerando que o objetivo inicial do Instagram era facilitar a partilha de fotos com amigos e família, este logótipo não poderia ser mais adequado. Por este motivo, nos anos seguintes, o pequeno ícone foi ajustado, para apresentar uma versão atualizada da máquina fotográfica, sem esquecer as suas origens.

Fonte: 1000logos

Assim, quando o novo logótipo foi anunciado em 2016, as reações não se fizeram esperar. Se por um lado houve quem adorasse a nova imagem, do outro estavam os utilizadores fidelizados à imagem original. 

O Instagram simplificou a imagem da antiga máquina fotográfica através de um design minimalista. Além disso, o traçado branco do diafragma da máquina contrasta com o gradiente de cores quentes, inspirado no arco-íris da imagem original. 

A interface também foi atualizada para tons branco e preto. Para Ian Spalter, o responsável pelo rebranding do Instagram, o ícone serviria como uma “porta colorida” para uma aplicação onde “as cores devem surgir dos conteúdos publicados pelos utilizadores”.

Esta mudança drástica gerou grande debate no mundo online. Quer fossem bons ou maus comentários, a controvérsia alimentou a popularidade da aplicação. Assim, apesar da resistência inicial, a mudança revelou ser um sucesso. Em 2018, o Instagram registava um bilião de novos utilizadores em todo o mundo.

A singularidade do rebranding do Instagram

A sociedade moderna vive a um ritmo mais acelerado do que as gerações anteriores. Como consequência, focamos a nossa atenção no que é percetível mais depressa. Não temos tempo a perder e queremos perceber rapidamente o que os nossos sentidos detetam.

Por este motivo, as últimas tendências do design gráfico apresentam elementos em comum que visam facilitar o reconhecimento das marcas. Contudo, no que respeita ao rebranding do Instagram, algumas características são únicas.

  • Simplicidade

Em suma, quanto mais depressa o consumidor perceber do que se trata uma imagem, mais rapidamente associará à marca. Assim, na lógica de “menos é mais”, o novo logótipo do Instagram representa de forma simplificada os elementos-chave da identidade da marca: a partilha de foto e vídeo.

  • Relevância

Para que uma estratégia de reposicionamento seja bem-sucedida, é vital que o logótipo seja relevante para o público-alvo. Ou seja, que informe o público sobre o que se trata aquela imagem. O gradiente de cores e o traçado claro do logótipo do Instagram relevam uma marca de personalidade amigável, onde a imagem, seja em fotografia ou vídeo, é o elemento principal.

  • Memorável

Apesar dos inúmeros estudos conduzidos sobre a memória humana, em muitos aspetos esta permanece um mistério para os investigadores. No entanto, uma coisa é certa: o nosso cérebro simplifica a informação complexa para reter e criar memórias. 

Para uma estratégia de reposicionamento, isto significa que uma imagem com pouco detalhe visual promove o reconhecimento da marca.

Foi esta a aposta do Instagram. Ao apresentar um logótipo limpo e simples, a rede social deixa a sua impressão na memória do utilizador. Além disso, consegue, em simultâneo, comunicar os aspetos mais importantes da personalidade da marca.

  • Intemporal

Num processo de rebranding, é importante pensar a longo prazo, evitando apenas seguir as últimas tendências do design. Com esta estratégia, a marca pode definir qual o caminho a seguir e deixar uma porta aberta para o futuro.

O Instagram alcançou o objetivo da intemporalidade na perfeição. Desde o seu aparecimento, a rede social alterou o foco na fotografia para incluir também o vídeo. Assim, a nova imagem sugere a versatilidade da marca, independentemente do caminho a seguir.

Em 2022, o Instagram continua a reinventar-se. O novo algoritmo trouxe mudanças na apresentação de conteúdos, existindo um maior foco nos conteúdos de vídeo. Como resultado, a plataforma atualizou o gradiente de cores, criou um tipo de letra personalizado, e desenvolveu um novo formato para celebrar a criatividade e autoexpressão.

O que podemos aprender com o rebranding do Instagram?

A mudança é o elemento essencial de qualquer estratégia de rebranding. Na verdade, a mudança faz parte do processo de melhoria contínua que permite a evolução das marcas. 

O Instagram decidiu arriscar e mudar totalmente a imagem a que o mundo já estava familiarizado. Contudo, foi um risco calculado, sustentado por pesquisa e testes exaustivos. Assim, o que podemos aprender com este rebranding?

Conhecer o impacto da marca nos utilizadores e pensar numa estratégia de mercado a longo prazo é importante para apresentar uma nova imagem intemporal, que seja bem aceite pelo público. Durante um ano, a plataforma pesquisou e analisou os dados recolhidos antes de aplicar uma mudança tão drástica.

Além disso, é essencial testar a nova identidade junto de funcionários e consumidores. Através da inquirição a grupos de teste, o Instagram obteve informação vital que conduziu a equipa de rebranding à versão final da nova imagem da marca. 

Por último, é importante aceitar que é impossível agradar a todos. A mudança gera ansiedade e cria resistência ao que é novo. Porém, é essencial para avançar. Este princípio sustentou o processo de rebranding do Instagram, que reconheceu os comentários negativos e, nem por isso, deixou de recolher feedback.

O rebranding do Instagram demonstra a importância de manter uma imagem de marca ajustada às necessidades do utilizador. O que começou como uma mudança chocante, transformou-se num sucesso. Considerando o padrão evolutivo da plataforma, é possível que, no futuro, o Instagram nos surpreenda cada vez mais.